quinta-feira, 18 de junho de 2009

Jornalistas sem diplomas


Será que eles tinham diploma de jornalista?

Ricardo Líper

A partir desta semana, o jornalista não precisa ter diploma para exercer a profissão. Até que enfim. Jornalismo é dar notícias e opiniões. Se se exigir diploma liquida-se a liberdade de expressão. E, na prática, muita gente escreve em jornais, faz jornais. Eu mesmo sou um deles e não sou jornalista. É preciso que se acabe com esse academicismo que quer botar as patas em todas as atividades humanas. Gente autoritária, grupistas, elitistas que há muito já deveriam estar respondendo CPIs. Os cursos só dão dinheiro, pompa e poder a eles.
Sou ardoroso defensor do autodidata. O diploma é um ritual que a gente se submete para poder exercer a profissão. Se não for, paralelamente, autodidata, se arromba. A maoria dos professores universitários nada ensina. Chegaram onde chegaram porque têm autodisciplina para decorar besteiras e puxar os sacos dos poderosos. O resto é papo. Por isso tenho tanto medo de ir aos médicos. Eles só aprendem com as enfermeiras e no prontos-socorros. E, claro, quando estudam por eles mesmos e gostam do que fazem. Até um sujeito com curso de ginásio pedindo exames para tudo e lendo bula de remédio cura doenças. Agora, os médicos mercenários cometem enganos absurdos. Imaginem as outras profissões!?
Cursos devem existir para quem quiser fazer para tentar aprender algumas técnicas. Agora, não se pode deixar de jeito algum que esses professores se transformem, como gostam, em uma nova aristocracia exigindo leis para que só exerçam as profissões aqueles que estudaram nas faculdades onde eles acham que ensinam. Excetuando medicina e engenharia, com todas as ressalvas feitas aos cursos dessas profissões, o resto, no meu entender, não precisaria de diplomas. Os cursos são bons para os professores e doutores divagarem, delirarem e ganharem dinheiro. E como já disse, para quem quiser delirar com eles. Agora, não se deve impedir que os que estudam de fato exerçam a profissão. Deveriam substituir mestrados e doutorados por notório saber. Ou deixar os mestrados e doutorados para quem é incapaz de poduzir conhecimento por conta própria e ficam produzindo coletâneas de opiniões de autores europeus ou norte-americanos sob a orientação desses cretinos.
Caetano Veloso, Rita Lee e outros já deveriam, há muito tempo, ter o doutorado de música assim como Jorge Amado o de Letras. E Nelson Rodrigues o de Letras e de Teatro também. Não sei se o Nelson tinha diploma de jornalista. Quá,quá,quá, quá, quá. E, se tinha, certamente não aprendeu a escrever na faculdade.

2 comentários:

  1. Oi...

    Ontem, e outros dois dias, eu estava numa das Igrejas do academicismo baiano, a UFBA... vi com meus próprios olhos como esse pessoal realmente existe mamando nas tetas do Estado... viajando prá cima e prá baixo às custas do erário público (do meu bolso, prá ser didático)...

    Teve dois dos palestrantes que se arvoraram ainda a afirmar que alguém que não tenha Curso Superior (e tb mestrado ou doutorado) não pode ser fiel à "ciência", sob o risco de não serem confiáveis as suas idéias... (puro neo-positivismo, prá xingar eles)...

    E pior é que inventam várias teorias (Análise do Discurso) e ficam brigando entre si, provavelmente prá saber quem vai receber mais grana da Capes... tsc, tsc...

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  2. Brasil sem terrorismo, Brasil sem comunismo, Brasil para os brasileiros. Estamos ao lado de nossas Forças Armadas e com ela combateremos o mal comunista. Pátria livre para os brasileiros.

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Se vai acusar alguém nominalmente, identifique-se e anexe as provas. Não vamos pagar indenização na Justiça por acusações que não fizemos.