domingo, 29 de novembro de 2009

Papai Noel existe!

Alex Ferraz

E aí, vocês viram? O governador de Brasília, o DEMoníaco José Arruda, disse que a propina que a gravação de vídeo mostra ele recebendo era dinheiro para comprar panetone para os pobres!

Olha, sabem do que mais: viva os mensaleiros!

E que todos continuem roubando à vontdade.

Tchau e bênção!

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Boas novas da Boa Terra

tony PACHECO


Na Bahia de Todos Nós, os problemas, realmente, são de todos nós.
Vejam estas duas pérolas:

1. O sujeito é funcionário da Coelba em Salvador, vai fazer um serviço na rede elétrica e toma vários tiros e morre, porque os vagabundos pensaram que ele era um policial disfarçado de funcionário da companhia de distribuição de eletricidade.

2. O reitor da Universidade do Estado da Bahia (Uneb, pertencente ao Governo do Estado) suspendeu as aulas no Campus de Camaçari, Região Metropolitana do Salvador, onde está, entre outras, a fábrica da Ford, porque a violência está incontrolável.

Aviso aos turistas, urbi et orbi: venham a Salvador, conheçam toda a Bahia. Só aqui você poderá participar ou assistir a "Temporada de Caça ao Polícia", com um plus - a vagabundagem também atira em quem parece com Polícia. Você pode se fantasiar de Polícia, colocar um revólver de brinquedo na cintura e testar o seu... jogo-de-cintura, para escapar do tiroteio. E mais, você poderá ver, também, os módulos da Polícia abandonados porque a Polícia não está muito disposta a participar, como alvo, da "Temporada de Caça". Por exemplo, entre outros módulos evacuados, está o do Forte da Capoeira, no bairro histórico de Santo Antônio Além do Carmo. Você aproveita, vê o forte, corre daqui p´r´ali, para escapar das balas, e quando voltar à Europa, comunica à UNESCO que o Patrimônio Histórico da Humanidade hoje é palco da "Temporada de Caça ao Polícia".
Aproveite e comunique à UNESCO (que cuida de Educação e Cultura na ONU), que aqui na Bahia o Governo do Estado resolveu que em vez de dar segurança pública para que o processo educativo se faça, deu férias aos alunos para eles não participarem da "Temporada de Caça ao Estudante e ao Professor", que sucederá à "Temporada de Caça ao Polícia".

É por isso que eu digo: QUERO MORAR NA PROPAGANDA DO GOVERNO DO ESTADO. Lá tudo é perfeito.

Vá no YouTube e digite: "Quero morar na propaganda do Governo da Bahia". Você vai se surpreender.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Intelectuais e o Poder

Ricardo Líper
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Na minha humilde opinião, artistas, acadêmicos e pensadores ao entrar em contato e/ou praticar arte e lerem tantos filósofos, cientistas, deveriam ser pessoas sensatas, cordiais, justas e amigas de seus colegas. O que ocorre, entretanto com eles é serem o oposto. Em geral, arrogantes, maquiavélicos e se com poder, seja qualquer besteira, como chefe de departamento, uma banca de seleção para doutorado em uma universidade, perseguem, humilham os próprios colegas. O maior inimigo do professor universitário é o próprio colega que ocupa cargos em instituições acadêmicas e perseguem os seus pares. E, suprema falsidade, leram ou dizem que leram grandes pensadores, alguns deles libertários. Em geral, quando ocupam o poder massacram, como uma aristocracia absolutista, todos os demais. São bestas feras que posam de pessoas progressistas. Os artistas e, no Brasil, pegou um violão e cantou qualquer coisa, é gênio, filosofa, opina sobre tudo e todos e não assume nada, seguem esse mesmo padrão. Portanto, eu, pessoalmente, tenho muito cuidado com essa gente porque os acho extremamente autoritários, arrogantes e fingindo, com frases de efeito, serem o oposto. E tem mais, convivo com eles de perto. Os conheço desde pequenos. Alguns, precocemente, em fazer maldades com os semelhantes. As exceções são raríssimas. Mas muito raras mesmo. Milagre até, intelectuais não terem esse perfil. E quando ocupam o poder, em geral fazem misérias contra seus semelhantes. Digo todos, não só os colegas, mas o povo em geral. Alías, Hitler era pintor, homem culto, que adorava música. E, sim, vegetariano. Levantem o currículo acadêmico desses ditadores que a história já suportou e os compare com suas posturas alienantes e perversas. Falar nisso, por onde anda aquela que tomou a poupança de todo mundo?

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Tudo por dinheiro

Alex Ferraz

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, que inocentou Hitler do holocausto; que reprime, espanca, apedreja e executa homossexuais; que "venceu" um eleição suspeitíssima e que gerou protestos reprimidos à bala, inclusive cerceando absolutamente a saída de informações do país, veio ao Brasil, posou sorridente ao lado do mais sorridente ainda Lula (que também já tem na sua galeria de fotos flagrantes de namoro com Sarney e Collor), e foi embora.

A UNE se manteve calada. Os sindicatos, idem. As entidades ditas representativas da imprensa e dos jornalistas, também.

Deduzo, para ser curto e grosso: a UNE, os sindicatos, a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), a ABI, os sindicatos dos jornalistas de todo o país e os políticos ditos de esquerda, petistas ou não, concordam com a perseguição, apedrejamento, chicoteamento e execução de homossexuais; concordam que Hitler não matou seis milhões de judeus e, portanto, é inocente; apoiam a repressão aos mais comezinhos direitos individuais.

Nada mais digo, nem me foi perguntado.

Arena Salvador e atualidade do Anarquismo

TonY PachecO

Muito se escreveu sobre a decadência do pensamento socialista depois da globalização. Mas, ao ver o andar da carruagem, sinto que nunca, como atualmente, o Anarquismo se mostra uma mundividência absolutamente atual.
Parto de uma coisa local para chegar ao universal. O anúncio de dois projetos de estádios para Salvador. O primeiro, a recuperação da Fonte Nova, dotando-a de equipamentos modernos. E outro, o projeto da Arena Salvador, obra a cinco mãos que envolveria os clubes Vitória e Bahia, o artista-empresário Durval Lélis, uma empresa portuguesa e a Prefeitura de Lauro de Freitas.
O que é isso? Uma capital com dois timecos fraquíssimos, terá quatro estádios de futebol (Barradão e Pituaçu já estão prontos)?
Aí entra a denúncia que o Anarquismo faz da manipulação das massas através da sociedade do espetáculo. Valia para a análise do Circus Maximus do Império Romano e vale agora para os dois estádios, o da Fonte Nova, em Salvador, e o Arena Salvador, em Lauro de Freitas. Não por acaso, ambos os estádios iniciativas de governos do PT, a Fonte Nova, do governo estadual, e a Arena Salvador, com a ajuda luxuosa da Prefeitura de Lauro de Freitas.
A crítica anarquista do Estado passa por aí: não importa que o Estado seja ocupado por partidos de direita ou de esquerda, o Estado tem sempre uma lógica própria que é servir aos interesses das classes dominantes e manter domesticadas as classes populares. Não se montam imensos parques esportivos para que as massas pratiquem esportes que aprimorem sua saúde, com quadras, piscinas, pistas de atletismo etc. Não. É tudo na base do circo: o povo tem que ir ver meia-dúzia de atletas milionários, representando interesses milionários, e aplaudir, aplaudir, aplaudir.
Para quê tanto estádio numa região só? Porque, justamente, diante da exploração capitalista cada vez mais cruel, é necessário manter as massas distraídas com espetáculos.
Não há dinheiro para investir em infraestrutura, não há dinheiro para investir em saúde, não há também para melhorar a educação no País. Mas sobra dinheiro para o circo. Neste governo circense, onde o espetáculo vale mais do que a vida real, já se realizaram Jogos Panamericanos e agora o presidente-torcedor nos promete Copa do Mundo e Olimpíadas. Nunca falta dinheiro para manter o povo distraído de seus verdadeiros problemas, alienado de sua vida miserável, sem emprego digno, sem segurança, humilhado por vagabundos e por prepostos do Estado.
E estamos falando de um governo autoproclamado de esquerda, onde até a defesa de atos terroristas é feita por ministros de Estado.
Pura manipulação das massas, que sempre será denunciada pelos anarquistas. Não importa o que digam nossos inimigos, sempre gritaremos do meio da multidão: o rei está nu!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Mais notícias da Terra da Felicidade

Fazendo um pouco o papel de observatório de imprensa, algumas coisas me chamaram a atenção nos últimos dias.

Numa emissora local, um radialista auto-identificado como “integridade do rádio baiano”, defendeu ardentemente o direito de os dirigentes de futebol comprarem resultados de jogos se isso favorecer seus times. No caso, ele defendeu o dirigente do Esporte Clube Bahia por ter, supostamente, levado uma mala de dinheiro para um time do Rio Grande do Norte forçar um resultado favorável ao Bahia.
Explico para os neofitos. Antigamente, chamava-se “mala preta”. Posteriormente, por causa do politicamente correto, chamou-se “mala branca” à prática de oferecer dinheiro a dirigentes e jogadores de algum time para forçar um resultado que favoreça a equipe do dono do dinheiro.
Isso, além de ser absolutamente antietico, tão claramente quanto a luz do Sol, é também a antítese de qualquer esporte que vise a vitória do melhor, como é o caso do futebol. Lembra o caso da Seleção Brasileira quando Ronalducho deixou de entrar em campo por um "mal-estar súbito". A partir dali eu nunca mais acreditei em jogos de futebol, pois sei que o resultado final poucas vezes representa a vitória do melhor.
Aí eu me pergunto: como é que se pode criticar o “mensalão” num País onde os homens da mídia defendem a compra de resultados de jogos de futebol?
Como criticar juizes que vendem liminares e vereditos se defendemos que o resultado de jogos de futebol não se deem nos campos e, sim, nas agencias bancárias?
Ficam as perguntas no ar.

E VÃO CAINDO NO ESQUECIMENTO

Depois dos assassinatos do líder ambientalista Nativo de Itapoan e do funcionário da Secretaria de Saúde da Prefeitura do Salvador, no famoso “Caso Neylton”, passamos pelo assassinato do professor da UFBA, Lamarck, por homofobia.
Mais recentemente, o jornalista Jorge Pedra também foi morto por homofobia e, finalmente, a pobre menina de 11 anos, atleta de natação que morreu nas dependencias do Colégio da Policia Militar sem que se saiba em que circunstancias.
E a pergunta que fica no ar é: por que a Policia baiana nunca chega aos culpados de assassinatos?
E a outra pergunta, pior ainda: por que a midia baiana (com as honrosas exceções de Alex na coluna "Em Tempo" e do grupo de Mário Kértesz) tem a memoria tão curta que não cobra a solução dos crimes?

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

O inferno são os outros



Ricardo Líper

Foi Sartre quem disse na sua peça Entre Quatro Paredes (Huis Clos) que o inferno são os outros. A peça é muito conhecida e se você ainda não leu, procure ler. Já foi montada aqui, há algum tempo, por João Augusto, no antigo Vila Velha. A peça é passada no inferno e a tortura principal é você ser obrigado a conviver com as pessoas sem nenhuma interrupção. Não há como escapar delas para toda a eternidade... Você, se fica preocupado com solidão, pense sobre isso. Solidão, às vezes, pode ser sinônimo de paz e de uma paz profunda...
Sartre escreveu "Huis Clos" em 1943, quando o nazismo ocupava grande parte da Europa. Entretanto, ele se refere mesmo às pessoas comuns que têm, devido à sua maneira de existir, o prazer de torturar o próximo. A frase exagerou. Nem todas as pessoas são infernais. Umas poucas que cruzam nossos caminhos e nossas vidas não o são. Cinco por cento, talvez? Eu colocaria que em modestos 2,5 por cento são muito boas e nos dão uma grande alegria de conhecê-las. Pode ser até um anônimo transeunte, um parente adorável, uma mãe ou pai que jamais serão esquecidos. Ou também um amigo fiel que só nos dá prazer de o encontrar. Acho ser uma grande sabedoria compreender que pessoas demoníacas estressam a gente, envenenam nossas vidas. Saber se desvencilhar delas, não permitir que atravessem a linha de proteção que todos devem ter em torno de si é uma das regras de saber viver. Não, que o inferno são os outros, mas muitas pessoas são infernais. Elas, com habilidade, precisam, sim, ser afastadas, ignoradas, deixadas lá onde vivem. Em geral, todas os dias antes de sair, faço um pedido a todos os deuses, ao universo infinito que me livre de cruzar com elas. Que sejam muito felizes, que tenham tudo que desejem, mas não apareçam diante de mim em momento algum. Vale para o motorista alucinado, os confusos, os amalucados, oportunistas, desequilibrados emocionalmente, sem caráter, que existem aos milhões à nossa volta. Essas pessoas, na sua mesmice, antes de mais nada são chatas e nos cansam, se muito frequentes. Nos esgotam, nos agridem, nos levam a viver no inferno.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Notícias da Terra da Felicidade

tony Pacheco


A REPÚBLICA DO REGGAE VIROU TIROTEIO

Eu não li em lugar algum e se estiver enganado, por favor, me corrijam. O show República do Reggae, um dos mais pacíficos eventos de música que são realizados em Salvador, sucumbiu ao faroeste em que se transformou a Bahia.
Embora ninguém tenha noticiado, a República do Reggae do último sábado, no Wet´n Wild, teve brigas monumentais no espaço interno e tiroteio no lado de fora. Mas, se não teve tiro dentro, teve revólver sacado para ameaçar as pessoas em várias ocasiões, como testemunham amigos que foram ao show e ficaram me ligando apavorados para me avisar, ainda no sábado, que eu não me deslocasse para o Wet´n de jeito nenhum, pois o "bicho estava pegando".
Tinha planejado ir ao show e, graças a estes amigos, não pisei lá. Um casal amigo meu ficou tão assombrado que a esposa e o marido foram unânimes ao sair correndo do Wet´n: "Tony, a gente só vai a show aqui em Salvador de agora em diante se for no TCA."
É a Terra da Felicidade, do povo pacífico e cordial, da gente hospitaleira...


MENINA MORTA NO COLÉGIO DA PM: VIXE!
Realmente, a Polícia Militar da Bahia tá precisando mesmo é de uma mãe-de-santo poderosa que submeta todas as suas instalações a um banho de folhas, pois depois dos módulos da PM alvos de tiroteio da bandidagem, agora, o interior do Colégio da Polícia Militar vira palco da morte de uma menina de apenas 11 anos de idade.
E o desencontro das informações são de estarrecer.
O pai da menina Jéssica Silva Araújo, soldado PM Lourival Souza de Araújo, teria declarado que não sabia se a filha sabia ou não nadar.
Já os primeiros policiais ouvidos pela mídia na semana passada diziam que ela teria se "afogado".
Mas como uma menina INSCRITA NUMA PROVA DE NATAÇÃO das Olimpíadas Escolares do Colégio da PM pode morrer afogada numa piscina?
E, finalmente, funcionários do colégio disseram ter feito uma vistoria na piscina logo que a menina desapareceu, no dia 4 de novembro, mas não viram nada de extraordinário.
No dia seguinte o corpo da menina é encontrado na piscina. Quer dizer, é a maior piscina do mundo, quase um oceano. A piscina é inspecionada e... nada. Depois, é inspecionada de novo, aparece um corpo.
É a Terra da Felicidade, do povo cordial e hospitaleiro...
Pois sim!

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Este post sumiu. Não sei por que. Como eu tinha uma cópia, agora ele volta.

domingo, 15 de novembro de 2009

O apagão mental do Brasil

Alex Ferraz

Da série: Luís Inácio Lula da SELVA (a selva é o nosso paizote, gente fina!)

Os grandes coroneis deste país sempre mantiveram o povo na ignorância absoluta para que pudessem manipulá-lo ao seu bel prazer. E, é claro, eles (os coroneis) e seus cupinchas sempre rejeitaram a crítica e desdenharam da opinião pública, quando simplesmente não a baniram a bala, como se fez na ditadura militar e em outros episódios anteriores da história deste país.

FHC, o intelectual letrado, sorbonizado, sociólogo (imagina!), esculhambou com o povão, pôs tanques em refinarias contra grevistas da Petrobras e vendeu metade do país a preço de banana.

ACM dominou a Bahia com mão de ferro, criando até uma polícia especial, bem apelidada de Savak, e que perseguia a todos os que ousavam discordar publicamente dele. Enquanto Sarney, hoje unha e carne com Lula, fazia o mesmo no Maranhão (e ainda faz!)

Ai, veio o Messias, Luís Inácio Lula da Silva, sindicalista espertalhão que alcançou a presidência e não quer mais largar. Arrumou um esquema populista patético que é engolido pelos tolos (e pelos muitos espertos, que na verdade não engolem, mas fingem crer para continuarem mamando nas tetas do governo). O esquema é dar esmola oficial à multidão ignorante, meia dúzia de geladeiras, incentivar a natalidade (um crime, numa sociedade que só cometeu injustiças nos últimos 509 anos), desdenhar para as políticas de segurança pública, criar escolas profissionalizantes (fábricas de operários) e tentar eternizar-se no poder, montando uma milícia armada chamada MST e comprando meia dúzia de safados que dirigem a UNE e se vendem, por alguns milhões (uau!). E tachando os que o criticam de "direita", enquanto beijam os pés do ESQUERDISTA Sarney e recebem elogios públicos e afagos do GUERRILHEIRO de extrema esquerda Delfim Neto. Kkkkkkkkkkk...

Mas como é tudo gente incompetente (a política econômica que está funcionando é dirigida por um representante explícito da direitona, Henrique Meirelles. Quem quiser que pense que é o Manteiga Derretida, Lula ou Dilma. Kkkkkk!), na hora H ficam se borrando e dizem, claro, coisas desencontradas.

Foi o caso do último apagão. A situação, em si, convenhamos, pode ocorrer em qualquer país. Já aconteceu nos Estados Unidos, não faz muito tempo, e, embora atingindo áreaa bem menor, durou bem mais que poucas horas.

Não quero aqui usar o incidente como arma contra ninguém. Gostaria - se me permitem os cães de guarda do messias do Planalto - de registrar, isto sim, a forma irresponsável e desrespeitosa com que o próprio presidente e seu ministro Lobão Mau trataram o assunto. Em vez de terem a dignidade de respeitar a inteligência (eles não querem, mas ainda existe quem pense neste Brasil) que resta neste país, e virem a público dizer que estão aguardando laudos técnicos, vão apurar as causas etc, apressaram-se em afirmações peremptórias (!), minutos após o fato, a culpar Iansã, deusa dos raios e trovões, pelo apagão, no que foram e vêm sendo prontamente desmascarados pelos mais conceituados técnicos. O próprio Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), referência mundial em pesquisas sobre fenômenos atmosféricos, mostrou o mapeamento dos raios na região e provou que nenhuma descarga elétrica enviada pelo suposto Deus concorrente de Lula caiu a menos de 30 quilômetros da estação que o governo disse ter sido atingida por...Raios! Ou será que todos os técnicos, o Inpe etc. foram comprados pela oposição para denegrir a imagem de Lula???

Enfim, tem sido assim em todas as crises neste governo: ou não sabia, ou não viu, ou não vai acontecer mais. Tudo dito na tampa, de forma a impressionar os pobres coitados que, se já não pensavam antes, agora seguem cegamente o Messias - como fazem os evangélicos da Universal ou outras igrejas - em busca de trocados para morrer de fome no dia seguinte.

Se é este o País que Lula, Sarney, Collor UNE e MST (hoje todos no mesmíssimo barco!) querem, estamos no caminho certo. Se não, também não sei qual a alternativa, porque voltar à FHC e sua trupe é suicídio. Então, anarquicamente, para desespero dos raros leitores que se dão ao trabalho de ler o que escrevo, concluo que NÃO SEI O QUE QUERO. MAS, COM CERTEZA, sei exatamente o não gostaria mais de ver nesta droga de país.

AH, SIM, PARA QUE OS LEITORES NÃO SE QUEIXEM DE FALTA DE BOM HUMOR, REPRODUZO ALGO ENGRAÇADÍSSIMO, A SEGUIR, PUBLICADO PELA AGÊNCIA SENADO EM 21 DE JANEIRO DE 2008 (confiram via Google, antes de dizerem que é "invenção" minha):

"Ao dar posse ao novo ministro de Minas e Energia, o senador licenciado Edison Lobão, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, garantiu que só haverá um novo apagão elétrico no país 'se o mundo acabar' ou 'se não chover nunca mais'. De acordo com o presidente, se faltar água, o país estará preparado para utilizar todas as suas reservas de gás como fonte de energia.
- É uma decisão do governo. Queremos fornecer gás para ônibus, termelétrica, indústria. A prioridade é garantir a energia. Se for preciso, até o gás que a Petrobras usa para achar petróleo nós vamos usar - disse ele."

Quiá-quiá-quiá-quiá!! Meu saudoso avô chamava esse tipo de gargalhda, gostosa e galhofeira, de GAITADA. Só boas gaitadas mesmo para não ter um enfarte.



LEMBRANDO CAETANO VELOSO

"Eles

Em volta da mesa
Longe do quintal
A vida começa
No ponto final
Eles têm certeza
Do bem e do mal
Falam com franqueza do bem e do mal
Crêem na existência do bem e do mal
O porão da América
O bem e o mal
Só dizem o que dizem
O bem e o mal
Alegres ou tristes
São todos felizes durante o Natal
O bem e o mal
Têm medo da maçã
A sombra do arvoredo
O dia de amanhã
Eis que eles sabem o dia de amanhã
Eles sempre falam num dia de amanhã
Eles têm cuidado com o dia de amanhã
Eles cantam os hinos no dia de amanhã
Eles tomam bonde no dia de amanhã
Eles amam os filhos no dia de amanhã
Tomam táxi no dia de amanhã
É que eles têm medo do dia de amanhã
Eles aconselham o dia de amanhã
Eles desde já querem ter guardado
Todo o seu passado no dia de amanhã
Não preferem São Paulo, nem o Rio de Janeiro
Apenas tem medo de morrer sem dinheiro
Eles choram sábados pelo ano inteiro
E há só um galo em cada galinheiro
E mais vale aquele que acorda cedo
E farinha pouca, meu pirão primeiro
E na mesma boca senti o mesmo beijo
E não há amor como o primeiro amor
Como primeiro amor
Que é puro e verdadeiro
E não há segredo
E a vida é assim mesmo
E pior a emenda que o soneto
Está sempre à esquerda a porta do banheiro
E certa gente se conhece no cheiro
Em volta da mesa
Longe da maçã
Durante o natal
Eles guardam dinheiro
O bem e o mal

Pro dia de amanhã"

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Línguas Sarcófagos


Faulkner com livro inédito em Portugal

Ricardo Líper


Não sei se já disseram que o português é o túmulo do pensamento, mas o que faz uma língua ser um sarcófago das idéias são os países que a falam e escrevem não terem influência econômica. Some-se a isso uma população pequena falando uma língua pouco conhecida. Mas, depois disso, tem um fator muito importante, que é não ser traduzido e publicado o que outros povos escrevem, condenando-se a população que a fala à ignorância ou ter de aprender as línguas que mais produzem e publicam para podermos nos educar.
William Faulkner não é um autor desconhecido ou exótico. William Faulkner levou dez anos para concluir A Fábula. Com esse livro ganhou um prêmio Pulitzer e o National Book Award; 55 anos depois de seu lançamento nos Estados Unidos, dia 5 de novembro deste ano, foi lançado em Portugal. Não foi esse o caso, mas muitas obras são publicadas com mais frequência depois que os direitos autorais do autor já estão em domínio público, o que ocorre, a depender do país, depois de 50 ou 70 anos a contar da morte do escritor. Por isso, nós encontramos tantos livros de Machado de Assis e outros, até em bancas de revista. Um dos critérios importantes para a grande parte das editoras é não precisar pagar ao autor pelo seu trabalho.
É assim, país pobre, mentalidade empresarial pobre, povo na pobreza cultural.
"A Fábula", que editores vampiros não permitiram aos portugueses lerem durante 55 anos, é uma ode ao pacifismo. Narra um motim liderado por um soldado francês na Primeira Guerra Mundial, que organiza, com 12 companheiros, uma revolta contra a guerra e os soldados inimigos, diante disso, desistem de lutar.
Cinquenta e cinco anos para entrar em contato com obra de tal magnitude...

terça-feira, 10 de novembro de 2009

O fim dos eventos em Salvador


Nós, os otários, dançando, e os vagabundos roubando e ameaçando todo mundo no Wet'n.



Iran Teixeira
igtvox@hotmail.com


Shows e eventos em Salvador são considerados por algumas pessoas locais propícios para a prática de roubos e brigas.
Eu fui ao evento República do Reggae, que foi realizado neste último final de semana no Wet'n, na Avenida Luiz Viana. Foi um fracasso, pois o local onde foi realizado não tem a mínima infraestrutura para a realização de um encontro como aquele.
Estacionamento desorganizado e sem segurança, bebidas quentes e com filas enormes, policiais disfarçados batendo com algemas nas pessoas (se essas pessoas estavam erradas, por que não levá-las presas ao invés de espancá-las?), briga generalizada com armas apontadas para o público, falta de seguranças como tínhamos nos shows de Baiano de Tênis, Espanhol. Havia pessoas usando drogas ao ar livre como crack e cocaína.
Pra quê as mensagens como amor e paz da República do Reggae nos fundos dos ônibus? Lá dentro e só pau puro: eventos como esse não podem mais ser realizados em Salvador.
Será que Salvador ainda pode ter aquelas festas que havia nos tempos antigos, onde havia paz e amor, onde se podia ir tomar uma cerveja, dançar com as namoradas e curtir um final de semana ao som de uma bela banda?
Não, Salvador virou uma cidade abandonada e com muita violência e desrespeito generalizado.
Depois as pessoas reclamam que as grandes festas são realizadas longe da capital, como em Praia do Forte, Sauípe e em outros locais de difícil acesso para a vagabundagem.
Que venha a Copa de 2014...


Iran Teixeira escreveu a convite de Tony Pacheco.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Um dos melhores filmes deste ano


O duelo entre a canalhice e a honra

Ricardo Líper


Código de Conduta surpreende. Ficamos até sem saber ao certo se é uma brincadeira ou é a sério. É a sério. É uma das maiores denúncias contra a corrupção, o carreirismo, a safadeza generalizada daqueles que querem poder e dinheiro passando por cima dos que se julgam fracos e incapazes de se defenderem. É um filme de vingança. Um dos meus gêneros prediletos. Este filme não perdoa nada.
Pode-se ser de qualquer cor, mulher ou homem, gostar de homem ou de mulher, o importante é o caráter. Se se tem escrúpulos ou não. No meu entender, o último degrau da libertação de quem é oprimido é não fazer com os outros, quando se tem poder e dinheiro, o que fizeram com ele. Se isso não ocorrer, falhamos. Não valemos nada e pronto. O ser humano só pode ser avaliado pelo caráter, principalmente quando quer atingir o poder e adquirir dinheiro. Não que seja errado ter dinheiro. Mas o abominável é a falta de caráter e respeito ao próximo.
No filme, um indivíduo é assaltado e perde sua mulher e filha. Comum demais se fosse no Brasil. Ocorre quase todos os dias. No filme, os assassinos são presos. Promotores e juízes ambiciosos fazem acordo na condenação. Depois de dez anos a vingança começa. É espetacular. Exagerado até. O vingador parece um super-herói. Eu só não gostei do final. Nada denuncia mais um sistema jurídico do que esse filme. Quero comprar o DVD para assistir, em casa, de joelhos. Não percam em hipótese alguma. Repitam o filme. Estou pensando em decorar as frases ditas pelo personagem central e recitá-las, ocasionalmente, para me acalmar.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Bahia é o destino turístico número 1: MENTIRA!

TonY PachecO

É lamentável que a mídia baiana seja tão bairrista que “esqueça” a realidade estatística e comemore uma pesquisa de opinião. Destinos turísticos não se definem por pesquisas entre 2.500 entrevistados pelo Instituto Vox Populi e, sim, por estatísticas e as estatísticas do próprio Ministério do Turismo, que teria encomendado a pesquisa, não mentem: o primeiro destino turístico do Brasil é o estado de São Paulo, com 7.500.000 turistas que gastam, em média, R$505 por dia e conta com 1.409 hoteis e 74.224 quartos de hospedagem.
O segundo lugar é o Rio de Janeiro, com 7.150.000 turistas, R$430 de gastos diários pelo turista, 825 hoteis e 28.849 quartos.
O terceiro é que é a nossa querida Bahia, que não é por ser amada que deve levar-nos a esconder ou torcer a realidade: foram 5.635.000 turistas, os gastos diarios dos turistas apenas R$63, temos 724 hoteis registrados e 23.285 quartos.
Minas Gerais (que eu nem entendo como atrai tanta gente, pois embora tenha nascido lá, tenho isenção para dizer que aquelas montanhas não são atrações suficientes para atrair tanta gente, a não ser que se goste – como eu – de muita cachaça, docinhos e comidas à base de porco) é o incrível quarto lugar, com 4.200.000 de visitantes, só R$55 diários de gastos, 862 hoteis e 27.355 quartos.
Finalmente, o quinto destino, que no meu entender deveria ser o terceiro (Rio, Bahia, Paraná, seria a ordem para meu gosto, mas, como outros 192.997.500 brasileiros, não fomos ouvidos pelo Vox Populi), o Paraná, com 3.900.000 visitantes, R$128 diários, 344 hoteis e 18.908 quartos.

CIDADES MAIS VISITADAS

E se deixarmos as estatísticas sobre os estados mais visitados pelos turistas e formos para as cidades, a situação fica um pouco pior para a Bahia e Salvador.
Pela ordem, as cidades principais destinos turísticos DE NEGÓCIOS do Brasil são, 1º - São Paulo; 2º - Rio de Janeiro; 3º - Porto Alegre; 4º - Curitiba; 5° - Salvador.
Pela ordem, as cidades mais visitadas A LAZER, são: 1º - Rio de Janeiro; 2º - Foz do Iguaçu; 3º - São Paulo; 4º - Florianópolis; 5º - Salvador.
E, ao contrário da lenda, o Nordeste brasileiro (no qual se incluem Bahia e Salvador) não é o campeão em receber turistas A LAZER.
O Sudeste bate o Nordeste em 52,7% contra 29%. Uma lavada.
E o Sudeste dá uma surra no Nordeste quando se trata de NEGÓCIOS, 82,8% contra 5,8%.
Esta é a realidade do turismo brasileiro, ficar dando manchete e tecendo comentários em cima de uma pesquisa de preferência que ouviu 2.500 cidadãos num universo de 192 milhões de brasileiros, é, realmente, ser mídia amestrada, aquela que só vê e só comenta “release”, nem se dá ao trabalho de ir à Internet.

POBRES TURISTAS FRANCESES

A França é o oitavo país maior emissor de turistas para o Brasil. Foram 275.915 franceses aportando por aqui em 2006, diminuindo para 254.367 em 2007 e caindo mais, para 214.440 em 2008.
A Bahia tem contribuido luxuosamente para a fuga dos franceses. No final de 2008, na Ilha de Itaparica, um casal de idosos franceses foi atacado a pauladas por três ladrões. E, nesta semana, a Pousada Privilége (simples, mas elegante e com uma cozinha excelente), que pertence a um francês radicado na mesma Itaparica, só que, desta vez, em Cacha-Pregos, foi invadida por um bando de ladrões e um dos hóspedes franceses, um senhor de 64 anos, teve a orelha decepada a faca por um dos bandidos.
A Bahia recebeu, em 2005, 5.358 turistas franceses, mas em 2008 este número caiu para 5.050.
Pelo visto, vai cair muito mais, com ou sem este bairrismo pueril da mídia baiana, que em vez de soltar fogos para uma pesquisa, deveria se perguntar por que não há segurança para o turista na Bahia? Por que o turista aqui gasta infinitamente menos que no Rio e em São Paulo? Por que sendo o terceiro maior destino turístico do Brasil, a Bahia tem menos hoteis e quartos que Minas, que não é um destino turístico por excelência?
Mas, como não querem melhorar a realidade e só querem aplaudir, aplaudam!

Assassinatos no país do desconforto


Não vacile o inferno é aqui

Ricardo Líper

Jorge Pedra foi assassinado brutalmente em um hotel do centro da cidade do Salvador, Estado da Bahia, Brasil. Turistas franceses foram assaltados brutalmente, um com a orelha decepada, na Ilha de Itaparica, Estado da Bahia, Brasil. O espaço de tempo para essas duas desgraças foi de poucos dias. Vivemos, portanto, em um país degraçado. No primeiro caso, pode dar em nada. Até hoje esperamos a solução de casos semelhantes. Um homem leva outro para casa ou hotel e é assassinado para ser roubado. Culpam a vítima de ter levado um estranho para casa. Mas o estranho não pode, ao ir a casa ou quarto de hotel com alguém, matar para roubar e ficar por isso mesmo. Ou homicidio, roubo, latrocínio, não são mais crimes no inferno chamado Brasil?
Portanto, vamos fazer algumas considerações. Esse fatos ocorrem como consequencia de alguns fatores combinados. O primeiro é a absoluta miséria de quase todos devido a anos de opressão e exploração, levando os brasileiros à condição de animais com a falência da economia e a ausência de empregos decentes, escolaridade e abundância da alienação generalizada. E, se isso foi resultado de anos de opressão de governos oligárquicos e capitalistas, a elite atual, até agora, nada fez para resolver o problema. Como tudo é degradado, a impunidade é a regra. Matar em Salvador ou roubar tem muitas chances de não dar em nada para o assassino e para o ladrão. O professor Lamarck, da UFBA, assassinado a poucos metros do local de assassinato de Jorge Pedra, já foi esquecido. O assassino nunca foi encontrado.
A impunidade gera o crime.
Sobre os turistas, cabe se perguntar o que alguém vem fazer aqui? Eles não estão sabendo a quantidade imensa de turistas mortos e assaltados aqui? Será que não sabem ler? Neste caso, a prisão dos responsáveis vai contribuir para diminuir os assaltos sistemáticos na ilha. Quer dizer, não sei. O crime aqui é endêmico. Não acredito que tenha mais jeito. Se você quiser ir à meia-noite a uma lanchonete, será assaltado. Se for andar a pé à noite na Barra ou Barbalho ou Nazaré ou no Centro é quase certo ser assassinado ou assaltado. Ou você está errado de querer fazer um lanche às 24 horas? Aqui em Salvador isso não pode ser mais feito. Você acha isso natural? Acha que é uma boa qualidade de vida? Que é o melhor governo que já existiu? E a solução, uma vez que não acredito que vá melhorar: se defenda. Você está no inferno. Tome consciência disso. Ande em grupo de pessoas conscientes disso tudo e dispostas a se defenderem como feras. Não saia altas horas horário. A Av. Joana Angélica, no centro da cidade, é intransitável depois da 23 horas. Se, de carro, vá com velocidade. Precisamos de uma campanha para permitir o uso indiscriminado de armas pelo cidadão comum. Faça essa campanha. Não acredite em ninguém. Toda cara de anjo pode esconder seu carrasco. Se gosta de sexo anônimo, contrate um segurança pessoal e deixe na porta do quarto, atento. Se não pode gastar, leve o estranho, que é sempre em potencial seu carrasco, para as saunas.
Quem mora no inferno só sobreviverá se for mais diabólico e feroz do que o diabo. Reveja o filme Turistas, para mim um cult...

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

A favor da legalidade

Alex Ferraz

Quando eu era adolescente e militante do PCdoB, nossa luta era, lembro-me muito bem, pela legalidade. Os ditadores militares de plantão eram contraventores de toda a lei consticucional, editando atos após atos para adpatar a lei a si próprios.

Quando me tornei adulto, lembro-me, iniciante que era no jornalismo, da luta dos ditos de esquerda, entre eles o líder maior, Lula, o Metalúrgico, a favor da legalidade. Brilhante. Lula ascendeu ao parlamento e, lá, brigou perla Constituição de 1988. Bilhantíssimo!

Hoje, ele mudou. Mas eu, não. Sou a favor da legalidade. Sou a favor da Constituição, que TEM QUE SER RESPEITADA, que determina o máximo de uma reeleição consecutiva para o presidente da República.

Mais do que isso: estou do lado do Tribunal de Contas da União (TCU), na sua investigação das verbas públicas aplicadas em obras do PAC. Estou totalmente do lado do Ibama, festejado pela dita esquerda que hoje está no poder quaNDO CRIADO, E QUE FISCALIZA O MEIO AMBIENTE NO PAÍS. ENFIM, ESTOU DO LADO DA LEGALIDADE. LEGALIDADE ESTA QUE O SR. lULA, JOGANDO SEU GLORIOSO PASSADO NO LIXO E VISANDO ÚNICA E EXCLUYSIVAMENTE TER O PODER ETERNO, refuta.

O presidente, que lá fora discursa a favor da ecologia e do combate ao efeito estufa, aqui dentro reclama da fiscalização sobre os atos que contribuem para a devastação do meio ambiente, alegando que é "excesso de fiscalização." Na verdade, Lula quer mesmo é desmoralizar, perante o seu erudito público do Bolsa Família, todas as instituições que poderiam travar seu caminho fanático pelo poder eterno, transigindo a lei.

Não existe excesso de fiscalização, não existe existe excesso de liberdade, senhor Lula!

Só se for para o senhor e sua trupe de ditadores disfarçados, como Hugo Chávez, por exemplo.

E mais nada tenho a dizer.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Nordeste? Nunca mais! 2, A Missão

tony pachecO

Uma semana depois de postar aqui conclamando ao boicote do Nordeste como destino turístico pelos gays, lésbicas e simpatizantes do Sul e Sudeste do Brasil, por conta do "homocausto" nordestino, eis que o apresentador Jorge Pedra é morto a facadas no Hotel Democrata, no Largo 2 de Julho, local já frequentado por 10 entre 10 homens que amam homens na Bahia.
O tragicômico em toda esta situação em que nos deixam o Governo do Estado da Bahia e sua Secretaria de Segurança Pública é que o próprio Grupo Gay da Bahia recomenda numa cartilha que se use os hoteis para encontros, pois sendo espaços públicos, a homofobia homicida não se manifestaria por causa da possibilidade imediata de prisão.
Que nada, acabamos de ver que o maior e mais movimentado de todos os hoteis para este tipo de encontro, e, também, para encontros de homens com mulheres e outras variações, também não é um lugar seguro.
Na verdade, enquanto o Governo do Estado e sua SSP não implementarem na Bahia o programa lançado pelo PRESIDENTE LULA chamado "Brasil Sem Homofobia", ficaremos nesta selva de homicidas homofóbicos. Grifo o nome de Lula para que o governador saiba que quem lançou o programa é o Presidente da República, que é do PT, mesmo partido do nosso governante local.
Cadê o assassino de professor Lamarck, da UFBA, por exemplo?
Não se prendem os assassinos homofóbicos. E, quando prendem, não são julgados. E quando são julgados, as penas são pífias.
Volto a dizer: quem mora de Salvador até São Luís e puder se mudar para o Sul, que mude já.
E gays, lésbicas e simpatizantes que morarem no Sul, não visitem os estados da Bahia até o Maranhão. É suicídio!

O Caim de Saramago


Saramago é uma das consciências do século

Ricardo Líper

Saramago é um sal amargo para a mitologia católica. Depois de ter mostrado as contradições dos evangelhos em "O Evangelho Segundo Jesus Cristo", volta agora com "Caim". A questão é simples. Ele percebe os absurdos das crenças religiosas e denuncia. Isso cria imensas polêmicas, principalmente no país beato em que ele vive. Passando o verão em Lanzarote, afastado de pessoas e lugares infectos, mas perfumados, ele reabilita, nesse romance, Caim.
Caim é aquela figura terrível da mitologia judaica e depois cristã. Saramago declarou, em entrevista na sede da sua editora, sobre o livro "Caim": “O Deus da Bíblia não é de fiar. O trabalho do intelectual, do escritor, se quisermos, é olhar o que há por trás ou debaixo do edifício que se apresenta como perfeito."
“Deus é uma invenção do homem: primeiro inventa-o e logo é escravizado por ele: isto é realmente digno de reflexão."
“As religiões são e têm sido fontes de conflitos: aos confrontos clássicos, por fronteiras, culturas, políticas diversas, há que acrescentar o fator religião. Hoje mesmo a religião está presente em alguns dos grandes conflitos que a humanidade vive. O fundamentalismo religioso existe e não se pode ignorar alegando que na sua origem existem motivos econômicos. A religião é a origem de alguns dos focos de tensão mais graves do momento”.
Sem comentários.

domingo, 1 de novembro de 2009

E.C. Bahia - Decadência de um campeão - I


Paulo Maracajá Pereira: nos seus 22 anos, o Bahia foi campeão 17 vezes e trouxe o título nacional de 1988. Já tem muita gente com saudade!

Marinaldo Mira

O tema nas rodas esportivas é a decadência do Esporte Clube Bahia, o “Bahêa”, como gritam os torcedores. A situação é crítica, preocupante mesmo. Quando conheci a estrutura do Bahia, foi no início dos anos 90, escalado pelo saudoso Genésio Ramos, então editor de Esportes de A Tarde, para fazer a cobertura do clube. O Bahia era um clube vencedor. Quem o enfrentava na Fonte Nova, vinha pensando em pelo menos levar o empate, e, era um bom negócio! Hoje é diferente. O mundo mudou, e no futebol as mudanças são rápidas também. Não adianta ser campeão e não ter competência para jogar contra “pequenos” ou médios, e vencer.
Primeiro clube brasileiro a ganhar um torneio nacional, a Taça Brasil em 1959, ano em que venceu, na final, o Santos de Pelé, o Bahia é o primeiro clube brasileiro a disputar a Taça Libertadores da América , em 1960. É o primeiro clube nordestino a possuir maior média de público no Campeonato Brasileiro, aliás, foram três vezes: 1985, 1986, e em 1988, quando foi campeão nacional. O Bahia é o primeiro clube nordestino a estabelecer recorde de público em todas as divisões do Brasileiro: em 2007, o clube estava na Série C, quando colocou em média 40.700 torcedores na antiga Fonte Nova, ano do desabamento de parte da arquibancada.

Porém, nada disso adianta agora, pois pela segunda vez em sua história, o clube mais tradicional do Nordeste encontra-se à beira da Série C, a famigerada Terceirona, ou o “fundo do poço” do futebol brasileiro. As redes de TV ignoram a Série C. As partidas simplesmente não são transmitidas. Os gols nem passam nos programas de esportes nacionais, aparecem apenas os resultados, no rodapé da telinha. É dureza mesmo!!! Pagamento de cotas de TV, nem pensar. Se rolar pagamento, são somente migalhas.

Como explicar essa situação do clube mais querido dos baianos? A rigor, a decadência do Bahia completa 12 anos em 2009. Em 1997, o Tricolor “caiu” para a Segunda Divisão, mas por meio de uma “virada de mesa”, em 2000, dirigentes rasgaram o regulamento e recolocaram o Bahia e o Fluminense, também rebaixado, de volta à “elite” (Primeira Divisão ou Série A) para disputar o Brasileiro, a chamada Copa Havelange, na época. Em 2001, o time chegou a se classificar para as finais do Brasileiro. No ano seguinte, nova queda de produtividade e, em 2003, acabou rebaixado, novamente. Um golpe duro para a fiel e apaixonada torcida.

Em 2005, o Bahia e o rival Vitória foram mais para baixo ainda, rebaixados para a Terceira Divisão. Em 2006, sem sucesso, permanece na Terceirona. Em 2007, o Bahia foi vice da Terceirona, após boa campanha, perdendo o título na última rodada, já classificado, e retornou à divisão intermediária (Série B). Os torcedores sofreram literalmente outro duro golpe, em 2007. Infelizmente, o clube perde a Fonte Nova com o desabamento de parte do anel superior que resultou na morte de sete pessoas. Em 2008, permanece em 10º lugar na Série B. Sem a Fonte Nova, teve que jogar em Feira de Santana, sem apoio da torcida.

A decadência de um campeão – II (ou De volta para o futuro no Fazendão)

Para a torcida tricolor, a responsabilidade pela situação do Bahia seria a incompetência administrativa dos dirigentes. Alguns atribuem a situação ao ex-presidente Paulo Maracajá, que – segundo argumentam - depois de ele ter deixado o clube, continuou “mandando” nos sete presidentes que foram eleitos na sucessão. Ora, ora, teria Maracajá tanta influência e poder para mandar na cabeça de sete presidentes, indicar contratações de jogadores, treinadores e nos destinos do clube? Para o torcedor sensato isso é discutível, muito discutível.

Amado por muitos e odiado por tantos outros, o ex-presidente Paulo Virgílio Maracajá Pereira, ou simplesmente Maracajá, volta a ser lembrado pela torcida, que atualmente sofre, com novo risco de ver o clube rebaixado para a Terceira Divisão. Acostumada a conquistas, a apaixonada torcida não aceita a situação atual do clube, que há mais de seis anos não ganha títulos, e ainda ‘passeia’ pela parte de baixo das tabelas de classificação das competições. “O Bahia era feliz com Maracajá e não sabia”, cita um torcedor.

Qual a razão da lembrança de Maracajá? Simples, mesmo com seu modelo de gestão, apontado por opositores como superado, e desgastado com o passar dos anos, o ex-dirigente, no período que presidiu o clube, não permitiu queda do time para divisões abaixo da chamada “elite”. Na era de Maracajá na presidência, o Bahia não amargou rebaixamento, embora chegasse até a ser ameaçado, mas reagiu e escapou. O dirigente da época romântica dos chamados ‘cartolas’ teve uma trajetória de conquistas, enfrentou crises administrativas, contudo em sua gestão de 1973 a 1994, ganhou o Brasileiro de 1988. Nos 22 anos, o Bahia foi campeão baiano 17 vezes, na categoria profissional, 17 vezes campeão no Junior. E, a marca do “cartola”, conseguiu, com “jogo de cintura” que o Tricolor entrasse no chamado “Clube dos 13”, entidade criada pelos ‘grandes’ clubes, e que não queriam admitir equipes consideradas de porte médio. Eram 12 clubes, do Rio, São Paulo, Minas e Rio Grande do Sul, que venderam a alma para as redes de televisão, que agora mandam e desmandam, até nos horários dos jogos.

Defensores de Maracajá recordam que ele, com um golpe de mestre, encaixou o Bahia, como o 13º clube. Para os opositores, o dirigente fez sucessores ao deixar a presidência “teoricamente” e continuou mandando. Outros, no entanto, acreditam que Maracajá de fato ajudava com sua experiência, mas, a rigor, quando era ele o presidente, os resultados eram outros.

O clube revelava jogadores, como a equipe de 1988, que tinha 90% do grupo formado no Fazendão. Como consequência, pela primeira vez, o tricolor teve três jogadores convocados de vez para a Seleção Brasileira, Charles, Bobô e Zé Carlos. Na era Maracajá, o Bahia revelou ainda Luiz Henrique, que surgiu na Catuense, e chegou à Seleção Brasileira. Nos últimos dez anos, o clube revela pouquíssimos jogadores, sendo Daniel Alves (atualmente no Barcelona), uma das exceções.

Mas existe uma “luz no fim do túnel” (que jargão!!!) para o Bahia de hoje? Existe sim, aplicar a velha fórmula de Maracajá, em 1988: recorrer à divisão de base, fazer investimentos na garotada, e buscar no Fazendão os seus craques e formar equipes fortes. “Vâmo salvar o Bahêea”.

P.S.: Marinaldo escreveu este artigo a convite de Tony Pacheco.