segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Mais notícias da Terra da Felicidade

Fazendo um pouco o papel de observatório de imprensa, algumas coisas me chamaram a atenção nos últimos dias.

Numa emissora local, um radialista auto-identificado como “integridade do rádio baiano”, defendeu ardentemente o direito de os dirigentes de futebol comprarem resultados de jogos se isso favorecer seus times. No caso, ele defendeu o dirigente do Esporte Clube Bahia por ter, supostamente, levado uma mala de dinheiro para um time do Rio Grande do Norte forçar um resultado favorável ao Bahia.
Explico para os neofitos. Antigamente, chamava-se “mala preta”. Posteriormente, por causa do politicamente correto, chamou-se “mala branca” à prática de oferecer dinheiro a dirigentes e jogadores de algum time para forçar um resultado que favoreça a equipe do dono do dinheiro.
Isso, além de ser absolutamente antietico, tão claramente quanto a luz do Sol, é também a antítese de qualquer esporte que vise a vitória do melhor, como é o caso do futebol. Lembra o caso da Seleção Brasileira quando Ronalducho deixou de entrar em campo por um "mal-estar súbito". A partir dali eu nunca mais acreditei em jogos de futebol, pois sei que o resultado final poucas vezes representa a vitória do melhor.
Aí eu me pergunto: como é que se pode criticar o “mensalão” num País onde os homens da mídia defendem a compra de resultados de jogos de futebol?
Como criticar juizes que vendem liminares e vereditos se defendemos que o resultado de jogos de futebol não se deem nos campos e, sim, nas agencias bancárias?
Ficam as perguntas no ar.

E VÃO CAINDO NO ESQUECIMENTO

Depois dos assassinatos do líder ambientalista Nativo de Itapoan e do funcionário da Secretaria de Saúde da Prefeitura do Salvador, no famoso “Caso Neylton”, passamos pelo assassinato do professor da UFBA, Lamarck, por homofobia.
Mais recentemente, o jornalista Jorge Pedra também foi morto por homofobia e, finalmente, a pobre menina de 11 anos, atleta de natação que morreu nas dependencias do Colégio da Policia Militar sem que se saiba em que circunstancias.
E a pergunta que fica no ar é: por que a Policia baiana nunca chega aos culpados de assassinatos?
E a outra pergunta, pior ainda: por que a midia baiana (com as honrosas exceções de Alex na coluna "Em Tempo" e do grupo de Mário Kértesz) tem a memoria tão curta que não cobra a solução dos crimes?

Um comentário:

  1. denunciar as vilanias é um caminho louvável, mas esperar que o capitalismo encontre uma saída digna é sonhar com estórias da carochinha, onde sempre se conta com um final feliz para quem pratica sempre o bem!!

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Se vai acusar alguém nominalmente, identifique-se e anexe as provas. Não vamos pagar indenização na Justiça por acusações que não fizemos.