segunda-feira, 29 de junho de 2009

A alucinada maneira de ser da humanidade

Presos filipinos dançam em homenagem ao cantor morto

Ricardo Líper

O ser humano já perdeu a capacidade de me surpreender há muito tempo. Sei como é e o que esperar dele. As circunstâncias que Michael Jackson morreu foram dramáticas. Qualquer pessoa que morre à beira de retomar a carreira e de ganhar muito dinheiro com shows com ingressos esgotados nos faz ter muita pena. Além disso, os artistas quando morrem eu lamento muito e já tive oportunidade de dizer isso noutra ocasião. Eles só nos fizeram felizes, ao contrário de muita gente que só nos fez e faz infelizes.
Bem, mas sou radicalmente contra a morte, inclusive a pena de morte. Acho esse um dos absurdos da nossa existência. Mas, o surpreendente foi a repercusão da morte de Michael Jackson. Ele estava esquecido, era malhado por todos que o criticavam por sua aparência, androginia, supostos ataques sexuais a menores. Enfim, o achavam excêntrico demais. Não era de se esperar tamanha euforia no mundo todo diante de sua morte. De repente, discos dele esgotam, prisioneiros reunidos, que possivelmente antes o chamavam de veado, fazem coreografia com suas músicas. Enfim, todos choram, dançam, fazem presepadas. Acho bom, até porque, ele merecia. Mas, nessa festa toda vejo a falta de caráter de todos. Tem gente que gosta de celebridades sejam quem forem. Que fica histérica só de ver todos reverenciarem alguém. Repare: são quase as mesmas pessoas que vão ver o Papa, o presidente do Irã, um cientista famoso qualquer, um escritor, um artista de cinema. É capaz de chegar à histeria em qualquer um desses momentos. Estou convencido que se Deus existe, quando projetou o ser humano estava cochilando ou tinha bebido.

Um comentário:

  1. Os presos dançam thriller desde 2007, e ficaram mundialmente famosos naquele ano graças é coreografia.

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Se vai acusar alguém nominalmente, identifique-se e anexe as provas. Não vamos pagar indenização na Justiça por acusações que não fizemos.