segunda-feira, 1 de junho de 2009

O Termômetro


Quem não tem termômetro não sabe de nada

Ricardo Líper

Os espertalhões criam ideologias e, portanto, mentem tanto que tentam iludir os outros com a mentira. Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade. Foi Joseph Goebbels quem disse. Aquele mesmo do nazismo. Estava certíssimo. E como podemos escapar a essa peçonha dos espetalhões para nos iludir e manipular? Precisamos ter um termômetro. E qual o termômetro para sabermos se eles estão mentindo ou não? A qualidade de vida. Não se pode sair de casa hoje no Brasil sem se arriscar a vida. Em Salvador, a qualidade de vida é zero. As escolas estão sucateadas. Pagam tão pouco aos professores que os alunos não têm mais aulas de física e química. Não há mais professores. Ninguém quer. Contratação provisória é para mendigos. Poucos são os que podem viver na miséria, estafados, dando aulas e mais aulas e fazendo bicos e mais bicos para sobreviver. Médicos, a mesma coisa. A maior prova de respeito ao trabalhador é pagar bem. Não fez, tudo degenera. Aqui, até o pessoal da limpeza de um escola não foi pago. Resultado, paralisação. Do pessoal da limpeza, repito.
Não sabemos se vamos ser assaltados quando sairmos de casa ou nela permanecermos. Consumidores de drogas, balas perdidas, lutas de quadrilhas, total exclusão social de todos leva aos assaltos sistemáticos e generalizados. Quer mais? Dengue, meningite, tuberculose, viroses. É assim nos outros lugares? É assim em Oslo? O termômetro é esse: a nossa qualidade de vida é zero. E a culpa, única, é de todos os partidos que nos governam. O resto é Goebbelismo. E vai piorar. Chegará o dia em que diremos: "que tempos bons aqueles", nos referindo aos dias de hoje.

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