quarta-feira, 24 de junho de 2009

Alguns mistérios desvendados - 1


(Neojornalismo: uma só imagem ilustra dois temas - casal heterossexual tatuado tentando "brincar de casinha")


toNy PacheCo
(Ph.D. pela Universidad de Ciencias Alternativas de la Información, en Navarra, Euskhadi)

Por que todo mundo está tatuado?

Pesquisas da Universidade de Nuuk (Kalaallit Nunaat) indicam que anteriormente os jovens ocidentais tinham a certeza de que estudando e perseverando teriam acesso aos patamares maiores da escala social. A mobilidade social existia para todos. E todos acreditavam, também, nas instituições do Estado: Polícia, Exército, Justiça, Escola.
Por isso mesmo, todos temiam tatuar-se e, um dia, cair nas mãos do Estado e ficar marcado para sempre. Aliás, Polícia e Exército não aceitavam em suas hostes os tatuados. E tatuado que caísse nas mãos da Polícia logo recebia a alcunha referente à sua “tatoo”: Jimmy “Cabeça de Touro”, João “Escorpião”, Marcel “Índia nua” e por aí vai. Os jornalistas da mídia controlada faziam a festa quando descobriam tatuagens em marginais e davam um tratamento especial a essa galera - batiam com a mídia e os policiais batiam com os cassetetes.
Aí chegaram os tempos modernos, onde ninguém mais acredita nas instituições do Estado, todas voltadas para o bem-estar das classes dominantes e dos seus servos, os servidores públicos.
Ninguém acredita mais em futuro, pois futuro não há, segundo os estudos acadêmicos da Universidade de Nuuk. Daí para ninguém mais temer ter marcas definitivas na pele (tatuagens) foi um pulo. Se não há mais famílias para nos reprimir (os homens “sartam fora” ao primeiro sinal de gravidez) ou pessoas “respeitáveis” do Estado para nos controlar, cobrimos de tatuagens o corpo todo e quem não gostar “que se lenhe”. Damos uma sonora banana (tem banana musical, os Bananas de Pijama).

Por que os relacionamentos não duram mais?

Estudos da Universidade de Bandar Seri Begawan, em Brunei Darussalam, indicam que o que ficou impraticável não é pensar num relacionamento “até que a morte os separe” nem tampouco a revolução sexual que colocou a mulher no mapa do gozo.
O problema, fundamental, segundo os estudiosos de Brunei, é que “é muito caro brincar de casinha”. E o que querem dizer com isso: os casais (falamos aqui dos casais heteros, nos quais sonha-se que um homem irá bancar a brincadeira) formam-se, pagam a cerimônia em 18 meses, compram os móveis em 96 prestações, a casa em 35 anos, o carro em 80 meses e têm logo o primeiro pimpolho (também chamado “filho”). Ora, estudos da Universidade de Kota Kinabalu (em Sabah) confirmam que não se consegue levar um pimpolho do berço até o diploma universitário numa fábrica de diplomas com menos de US$175 mil (R$350 mil, ao câmbio de hoje). A "Tribuna da Bahia" publicou estudo semelhante por aqui.
Diante disso, principalmente a parte masculina dos casais que tentam “brincar de casinha” no Ocidente, raciocina (sic): “Será que não é melhor ter todas as mulheres do mundo e (por que não?) alguns moleques de aperitivo, comprar uma pick-up Mitsubishi e frequentar as melhores festas do que pagar 80 meses por um Celtinha 1.0 para levar Dona Encrenca pra todo lado?"
A resposta todos vocês já sabem, mesmo sem cursar a Universidade de Bandar Seri Begawan: segundo estimativas da Igreja Católica Apostólica Romana (a única cristã, o resto é tudo heresia, pois Jesus Cristo disse – “Tu és pedra e sobre ti erguerei a minha Igreja”), seis de cada 10 matrimônios realizados no Ocidente terminam antes de 12 meses.
É, a galera não aguenta mesmo o tranco. “Brincar de casinha” é caro demais.

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Na próxima semana: Por que as bandas estrangeiras resolveram incluir o Brasil em suas turnês? Y Por que há 40 anos drogas só eram para iniciados e hoje todo mundo fuma, cheira, bebe e o escambau?
Não percam! Ou percam e se arrependam.

Um comentário:

  1. Ao mesmo tempo que você deixa bem claro que aqui so serão aceitos os que respeitam a leis eu me pergunto quais leis .. as suas? pois ao ler a sua postagem sinto um certo machismo, preconceito, e descrença nos jovens. Sou jovem, tenho uma familia, marido, filhos, e principalmente SOU TATUADA. Pode ser que eu tenha me equivocado ao ler sua postagem, mas o que você me passou foi uma total falta e conhecimento. Garanto para você e qualquer outra pessoa que minha familia é normal como qualquer outra, tenho uma vida conjugal perfeita, porque somos quem realmente queremos ser, da forma que queremos! Eu e meu marido somos straight edge e vegans, nosso filho esta crescendo e convivendo com nossa postura, e garanto que ele sera um homem correto, mas o futuro dele so ele vai poder decidir, a questão dos pais deles serem novos e terem o corpo coberto por tatuagem jamais vai influenciar em nada.Eu tenho orgulho de ser diferente de todos, de ter as marcas que tenho, pois isso mostra minha coragem, e nessas marcas eu carrego comigo as melhores fases da minha vida e ate o ultimo dia da minha vida se eu puder vou continuar me tatuando sem nenhum arrependimento, não por uma questão de dar uma banana para a sociedade. Espero que os leitores deste blog procurem conhecer a vida dessa população alternativa que cresce cada vez mais neste país.

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