sexta-feira, 19 de junho de 2009

drops de fel & mel (III)



Gilmar Mendes em montagem da Internet: dando língua, muito bem dada, para as fábricas de diplomas. Jornalismo é liberdade e liberdade não precisa de diploma. Parabéns, Gilmar Mendes!
ToNy PaCHeco (jornalista porque escrevo, não porque cursei faculdade)

Diploma de quê?
O Supremo Tribunal Federal acaba de extinguir a exigência de diploma de nível superior para o exercício do jornalismo. Muito bem feito. Este diploma era autoritário, elitista, excludente e inimigo da liberdade.
Só me lembro de meu amigo Alex Ferraz em greve de fome, enquanto era aluno da Escola de Comunicação, porque o falecido líder sindical dos jornalistas, Anísio Félix, queria impedi-lo de continuar na Chefia de Reportagem da “Tribuna da Bahia” enquanto fosse aluno da faculdade, mas não estivesse formado.
Alex já era jornalista desde a pré-adolescência, no Colégio São Bento. Não tinha nada a aprender na faculdade.
Sou formado em Jornalismo pela UFBa e, em verdade vos digo, a única coisa que aprendi na faculdade foi a diagramar jornal. Isto porque Heloisa Sampaio, a professora, era diagramadora e ensinava a nós como ensinava aos não-formados na Redação de “A Tarde” (lá, só diagramava quem não era formado em nada).
Quer dizer, só aprendi na faculdade o que qualquer aluno de Primeiro Grau podia fazer.
Aprendi jornalismo com Alex Ferraz fazendo, junto com ele e Edmundo Sento-Sé, Eduardo Nunes, Hilda Braga, Sebastião Santa-Rosa, Ricardo Líper, o jornal “O Inimigo do Rei”, quando ainda era aluno de... Economia. Ou seja, eu já era jornalista quando estudava Economia na UFBA.
Diploma de jornalista? Já vai tarde.

Elite baiana x populacho
A briga das classes dominantes baianas pela manutenção de um símbolo de sua superioridade sobre o resto dos mortais, nós, o populacho, é sintomática: eles acham, mesmo, que não são cidadãos comuns. Podem ocupar terras da União (toda a beira-mar do Brasil pertence à União; é lei) e ficar por isso mesmo.
Mas, deveriam ter um pouquinho mais de inteligência e fazer a defesa em outra linha: o Yacht Club da Bahia (notou que o nome é em inglês?) construiu, sim, sobre a lâmina d’água, mas, e os Alagados?
Há uma invasão de pobre junto do Yacht, na Contorno até a Vila Brandão. O populacho construiu durante décadas sobre a lâmina d’água da belíssima Enseada dos Tainheiros (Alagados) e nunca a União se importou com isso. Pelo contrário, quando se incomodaram, construíram casas à beira-mar, gratuitas, e entregaram aos antigos moradores.
Se o Yacht tem que sair dali, então, vamos tirar todos os pobres e os ricos da beira d’água, inclusive o Hotel Pestana e os pescadores de todas as ZPs.
Esta seria a defesa ideal, para botar fogo neste País, que é o que ele está precisando.
Tem que botar fogo nesta josta pra ver se a gente sai desta República de Acomodados, a República dos Conformados.

Pensamento vivo (I)
Nosso líder incontestável das massas, o presidente Lula, disse em Astana, em seu passeio pela Ásia Central, depois de ver os jardins primaveris de Ekaterimburgo, que a manifestação de 1 milhão de pessoas em Teerã contra a suposta manipulação da eleição presidencial pelo virtual ditador do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, era tudo “choro de perdedor”.
Fiquem atentos, este é o pensamento vivo de Lula. Eleição para ele é isso: pode ser manipulada à vontade.
Segundo a mídia européia, na verdade, Ahmadinejad ficou em terceiro lugar. Eu disse, terceiro lugar. Pobres iranianos, pobres seguidores de Lula!

Pensamento vivo (II)
Em outro momento revelador de sua verdadeira índole, o presidente Lula disse que o senador José Sarney, que dispensa qualquer comentário a respeito de seu caráter, “não pode ser tratado como uma pessoa comum”.
Isto é um recado para aqueles que pensam em, um dia, vasculharem o tempo em que Lula foi presidente (se ele decidir, realmente, sair do poder no ano que vem).
Lula investe em seu próprio futuro: não quer Sarney, um ex-presidente, sendo perseguido pela minoria honesta da Nação. Ele quer, também, no futuro, que o esqueçam e aos seus atos controversos, pois, para ele, presidente está acima dos cidadãos “comuns”.
Vou manter a elegância e não vou dizer “comum é a ponte-que-caiu”, mas, direi: o fundamento da República é a igualdade absoluta de todos os cidadãos perante a lei.

PTbrás
Estamos assistindo, absolutamente indiferentes, a um dos maiores escândalos de toda a História do Brasil: o governo federal (Executivo), os congressistas (Legislativo) e os supremos juízes (Judiciário) participam de uma manobra para que a CPI da Petrobras não seja instalada.
Quer dizer, se tanta gente quer que essa CPI não investigue nada, é óbvio que HÁ MUITO O QUE SER INVESTIGADO.
Isto é lógica elementar. É cartesiano. É meridianamente claro.
Quem vai pra rua exigir o fim da CPI está dando um recado claro: “TEMOS MESMO MUITO A ESCONDER. SOMOS UMA MÁFIA, NÃO SE METAM CONOSCO”.

Impagável
“Jesus entrou na passarela ao som de Madonna”; “Jesus desfila ao lado de Gisele no São Paulo Fashion Week”... É, realmente, totalmente demais o nome do namorado brasileiro de Madonna.
Só pelo deboche que é ver o nome de Jesus misturado com moda, vida mundana, vida sexual de uma estrela, enfim, é muito muito muito revolucionário.
Nem a atual campanha milionária dos ateus europeus nas ruas do Velho Mundo tem um efeito tão devastador sobre a religião.
Agora, imaginem se ele se chamasse Maomé!!! O presidente Ahmadinejad do Irã já teria mandado um comando iraniano meter bala no rapaz. Kkkkkkkkkkkkk!

Wanessa ou Shakira?
Wanessa Camargo não quer mais ser filha de Zezé di Camargo. Lançou um CD com nome de Wanessa, mas mudou o cabelo e ficou igualzinho ao de Shakira, a colombiana de voz grave e, pior, está cantando uma música com Ja Rule, o rapper americano arroz-de-festa.
Vi na MTV: ela está cantando igual Shakira, tem o cabelo igual ao de Shakira e está tentando dançar igual a Shakira.
Deixou de ser Wanessa Camargo para ser Wanessa Shakira.
Nada mais digo.

Um comentário:

  1. É um presente receber comentários como estes. Nem tudo está perdido. Não estou só nesse planeta estranho. OBRIGADO TONY

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Se vai acusar alguém nominalmente, identifique-se e anexe as provas. Não vamos pagar indenização na Justiça por acusações que não fizemos.