Al-Bashir e a toalha-na-cabeça: genocida da mesma linhagem de Hitler, Pol Pot, Milosevic...
Tony Pacheco
Um genocida de nome Omar Hassan Ahmad Al-Bashir (sim, os homens-de-toalha-na-cabeça) governa o Sudão desde 1989 e na semana passada teve uma ordem de prisão decretada contra ele pelo Tribunal Penal Internacional, sediado em Haia, acusado de ter ordenado a morte de 300 mil sudaneses negros, da região de Darfur, de 2003 até agora.
O TPI só se esqueceu que este Idi Amin Dada sudanês também foi responsável pela morte de mais de 600 mil negros sudaneses no Sul do país, até que aceitou, pela força das armas do Exército Popular de Libertação do Sudão (SPLA), a autonomia da região que tem maioria cristã e animista (crenças tradicionais).
Este homem e os interesses islâmicos e não-islâmicos que representa, tem em sua conta de morticínio, quase 1 milhão de seus compatriotas, a maioria negros retintos. Ele, embora para o padrão de qualquer sociedade ocidental, seja um "negão", se considera "árabe" e, por isso mesmo, persegue os negros retintos em seu país numa espécie de nazismo de comédia bizarra. Porque os 300 mil que mandou matar numa limpeza étnica de fazer inveja a Josef Stalin, são negros retintos, mas são tão muçulmanos quanto o próprio Al-Bashir. Mas há que se considerar aqui o racismo árabe contra os negros, que é histórico. Os árabes islamizaram as elites negras da África Ocidental e a maioria dos comerciantes de escravos (que geraram as populações negras do Brasil e do resto da América) era de negros islamitas. A história, quando pesquisada seriamente, é dura, mas tem que ser revelada: eram negros islamitas vendendo negros animistas para brancos cristãos, só porque alguns negros acreditavam em Alá e os outros eram considerados animais por acreditarem em seus deuses ancestrais.
Dos 38 milhões de habitantes do Sudão, espalhados numa área equivalente a cinco estados da Bahia, 3 milhões moram em tendas arruinadas, em campos de refugiados, sem água potável e com parcos recursos vindos do exterior, principalmente dos EUA e União Europeia.
Os medicamentos, alimentos e vestuário chegam, mas boa parte é roubada pelos comandados de Al-Bashir.
Ele, depois da condenação do TPI de Haia, está ameaçando expulsar as entidades internacionais que socorrem precariamente os 3 milhões de refugiados, principalmente na região de Darfur, a oeste, perto do Chade. Se fizer isso, será uma calamidade de proporções só vistas na extinta União Soviética e na Alemanha Nazista.
APOIO CHINÊS
Aí o internauta há de perguntar: e por que este tiranete ridículo está no poder há 10 anos sem que a comunidade internacional o retire de Cartum aos tapas, se por menos que isso um Milosevic da vida foi varrido dos Balcans?
É, é a dúvida que não quer calar...
O problema é a China Comunista, a nova China moderna que encantou o mundo com as Olimpíadas ao mesmo tempo que massacrava o povo islamita (quantos paradoxos...) uigur no Sinkiang e os budistas lamaístas do Tibet.
Pequim, na sua sanha por comprar matérias-primas em todo o planeta, compra mais de 80% do petróleo do Sudão e não permite que o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) adote nenhum tipo de boicote ou sanção ao ditador Al-Bashir. O genocida ainda tem a colaboração luxuosa da Rússia de Vladimir Putin, que é o maior vendedor de armas para o Sudão. Os russos também não permitem sanções contra Cartum. E tome-lhe negros morrendo de fome, bala ou tédio.
Por fim, vários ditadores árabes (aliás, isso é redundância, todo país árabe é ditatorial) apóiam Al-Bashir, pois temem que sua queda resulte no esfacelamento do Sudão em, pelo menos, quatro países: Darfur, onde Bashir mandou matar 300 mil até agora; Sudão Meridional, onde a maioria é cristã ou animista; Sudão Oriental, que tem apoio da Eritreia; e ficaria apenas o desértico norte para os 39% de autoproclamados árabes muçulmanos que governam o país inteiro com mão de ferro.
Tem jeito? Tem jeito não.
A única luz no fim do túnel é o plebiscito que acontecerá no Sul do Sudão, que poderá levar esta parte do país, que não é mais controlada pelo governo central, à independência. Como no Sul está todo o petróleo, Al-Bashir ficará sem o "combustível financeiro" para sua ditadura e, aí, com certeza ele cairá. Mas a pergunta é: será que ele fará mesmo o plebiscito que acertou com o SPLA em 2005? Hummmmmmmmmmmmm!!!
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