Tão igual aos outros que ficou pior

Alex Ferraz

Um dos maiores grileiros deste país (quem disse isso foi o próprio Lula, que o chamou de "grileiro do Maranhão",em 1983), pessoa diante da qual "Maluf não passa de um trombadinha" (novamente afirmativa de Lula, desta feita em 1987), José Sarney, dono do Maranhão e senador pela filial Acre, homem que governa com mão de ferro seu (seu, mesmo!) estado, mesmo não sendo mais governador (mas é a filha, portanto Capitania Hereditária), senhor que teve atuação pífia na Presidência da República, assumida por conta de misteriosíssima morte de Tancredo Neves antes de tomar posse, encheu o Senado de parentes e amigos.

Cometeu e comete os mais escancarados desmandos, ao lado do seu aliado não menos acusado de feitos semelhantes Renan Calheiros.

No meu tempo de estudante, revelações de tamanha corrupção seriam motivo para as ruas estarem entupidas de jovens, protestando e pedindo a imediata saída de Sarney (algo simbólico, porque também não resolve, já que, como a mosca de Raul Seixas ao contrário, ou seja, para o mal, "você mata e vem outra em meu lugar"). Mas, o que vemos? Nada! Os estudantes, hoje mais do que nunca alienados e, pior que isso, feito cãezinhos amestrados que só agem sob o comando do seu treinador, se calam.

A UNE, como já disse aqui, está totalmente mancomunada com o poder de Lula, Lula este que defende Sarbey com unhas e dentes, assim como o faz a sua ministra-ditadora Dilma Rousseff (esta mulher vai trazer um mal tremendo ao País,no que tange à democracia, se eleita. Podem crer. É uma ACM de saias!).

No meu tempo, os trabalhadores da Petrobras estariam nas ruas, clamando por imediata investigação das inúmeras falcatruas denunciadas em relação às ações financeiras da empresa. Mas as centrais sindicais... Estão mancomunadas com o governo Lula!

Essas entidades, dos estudantes à UNE, recebem muito dinheiro para ficar caladas.

E eu,cá, me envergonho pela posição pífia, acovardada, cretina, hipócrita e oportunista que os comandantes dessa massa viciada em comando lhe impõem.

A QUEM RESTAR

Fiquem atentos, porque Lula e sua turma vão fazer tudo, eu disse tudo, para se manter no poder. Não porque queiram "fazer a revolução social" (só idiotas podem acreditar nisso), mas porque não querem largar um osso que já rendeu bilhões de reais aos chefões do poder. O negócio, gente, é dinheiro! Puro e simples (eu disse simples?!) dinheiro. E só. O resto é papo furado, com o qual só concordam os alienados e o grupelho que está mamando nas tetas do governo ou ainda tem esperança de vir a mamar.

E antes que e digam, eu mesmo falo: não foi diferente em governos anteriores.

Essa é a maior desgraça do governo Lula: tão igual aos outros que ficou pior.

MAIS SARNEY

Para quem não sabe, até a morte de ACM só existiam dois estados no Brasil onde falar mal do coronel era correr risco de ser perseguido, apanhar ou coisa pior. Eram Bahia e Maranhão. Criticava-se (no caso baiano) e critica-se (no caso maranhense), sim, mas pelos cantos, em cochichos, como eu e meus companheiros (iclusive do PCdoB,à época)fazíamos no auge da ditadura militar, tendo eu ainda parcos 14 aninhos, mas já militando, sem deixar de ouvir Pink Floyd, Led Zeppelin e Rolling Stones, além de Mutantes, Caetano e Luiz Gonzaga. Voltemos ao presente: morto ACM, só resta agora uma ditadura de extrema direita neste país: a da família Sarney, no Maranhão.
E Lula obriga (eu disse obriga? Hum...) o PT e sua candidata Rousseff a defenderem esse homem.
Lenhou!

SE HOUVER...

Se ainda houver estudante e trabalhador sério neste país (não duvido!), que corram imediatamente para organizar-se de forma INDEPENDENTE em outras entidades. Quem tomar essa atitude, aliás, provavelmente amargará o gosto da feroz reação dos encastelados no poder, será chamado de "elite", "reacionário" e outras baboseiras usadas para intimidar qualquer ação realmente independente. Mas não esmoreçam. Unam-se! Lembrem-se:o povo, unido, jamais será vencido. E Lula e sua troupe não são mais povo.

Aliás, ajam antes que os espertinhos criem eles mesmos entidades "independentes" para alimentar ainda mais o teatro em que se transformou o exercicio do poder no Brasil.