
Isolados estamos todos nós
Ricardo Líper
"Isolados" (Long Weekend) é um filme. Australiano. Vou comentar por sua reflexão sobre a natureza e o homem. Bem, a história é simples. Um casal que se odeia. Tentam ficar a sós em um fim de semana acampando em um local deserto, para tentar se odiar menos. Na Austrália, e na maioria dos países civilizados, pode-se fazer isso. Aqui seriam trucidados por marginais, uma vez que não se tem segurança nem nas cidades quanto mais no mato.
O relacionamento deles é desgastante, refletindo a vida real e não a propaganda católica feita pelos meios de comunicação do casamento feliz . Mas o x da questão é que ele é um típico sujeito politicamente incorreto em relação à natureza e faz tudo que não se deveria fazer em um passeio desses. Atira em tudo, joga cigarros e provoca incêndios, dirige bebendo e mata animais, o que inclui cangurus, animais que simbolizam a Austrália. Então a natureza se vinga. Eis aí a questão. Claro que destruir a natureza é crime. A gulosidade capitalista para lucrar destruindo tudo é absurda. Entretanto, e botemos entretanto nisso, a mãe natureza é muito mais madrasta do que mãe. Vá para o mato sem nenhuma proteção ou armas e notará que será, facilmente, não objeto de afagos dela, mas de perseguição, risco de vida e sofrimento atrozes.
Acho natural isso. A natureza não tem nem lógica nem o sentido que queremos que ela tenha, que é um sentido humano. Pode ser bonitinha em algumas paisagens, pode ter seres muito engraçadinhos, mas tudo isso é aleatório e sem lógica. Nós mesmos somos sem sentido. Uma consciência em meio a um mundo inconsciente fonte de uma imensa angústia diante do mundo e da vida. Agora, se você acredita em Deus, facilmente acredita que ele fez a natureza com sentido e lógica e, portanto, boa, e o homem a sua imagem e consciência. Estou falando do Deus judaico-cristão. Eu prefiro os Deuses da Antiga Grécia...
Que felicidade, ver pela primeira vez na telinha de meu computador uma edição do (INIMIGOS DO REI), eu fui um dos primeiros revendedores deste jornal, e o fazia com alegria. Vendia na minha monótona e bucólica pequeniníssima cidade mieura de Eugenópolis. Fazia por amor mão só à liberdade,mas tamb´´em por amor ao meu grandioso amigo Pacheco ( depois que virou baiano passou a ser o meu AMIGO TONY ). O jornal hoje tem outra extritura, mas a verdade, o respeito e a vontade de que a liberdade reinei nesta terra de ninguém, continua sendo sua principal função social. Além do mais, meu amigo Tony está muitíssimo bem na compania do Alex e Ricardo. Parabéns para vocês. Temos que fazer chegar ao povo a verdade que sempre lhes fora roubada por todas as autoridades deste pais. Vamos lá amigos. conte comigo. Beijos para vocês e muito obrigado pelo presente que me deram enviando-me via e-mail o meu querido e saudoso Inimigos do Rei. Perdoe-me por chamá-lo de meu saudoso, mas me sinto também como se fosse meu, afinal fez parte de minha adolescência.
ResponderExcluirAté breve.
Anderson