sábado, 4 de julho de 2009
A realidade e o lero lero dos espertalhões
Brasil, Brasil, terra de sucuri, se o inferno existe, o inferno é aqui
Ricardo Líper
Eu só acredito no que vejo. Possuo um casamento eterno com a realidade. E nunca deliro. Não gosto de nada metafísico. Em todos os terrenos, quanto mais a realidade desmonta a ideologia para mim é melhor.
Muito bem! Conheço uma moça negra e magrinha que vive pagando os celulares que compra no cartão de crédito. Já comprou 3, que não usou. Sistematicamente é assaltada e tomam o seu celular no Estação da Lapa. Domingos e feriados, aqui em Salvador, não se pode mais sair andando pelas ruas, o sacizeiro, como é chamado o usuário de crack associado a outros miseráveis, atacam a todos. Acabou esse negócio de passeio de domingo, caminhadas para diminuir o colesterol.
O brasileiro vive apavorado sem poder andar de ônibus nem a pé nem de carro. Esta é a realidade. O resto é ideologia.
Não estamos nem vamos bem. Se o inferno existe, o inferno é aqui. Agora quem está mamando, quem está no poder pode e deve achar, e acham mesmo, porque deliram, que estão fazendo a revolução, o socialismo, seja lá o que quiserem imaginar dentro de seus carros blindados, dos seus aviões e helicópteros. Nós, que estamos andando pelas ruas brasileiras, sendo ameaçados pela denque hemorrágica, meningite e tuberculose, é sabemos que estamos de fato vivendo no inferno.
E tem mais, não acredito que os outros que querem mamar e substituir os atuais no poder irão resolver nada. O inferno veio para ficar. Ou a gente se ajusta a viver nele ou vai embora. Agora pelo menos, eu me reservo o direito de saber que estamos vivendo no inferno, em um dos piores países do mundo, com uma das piores qualidades de vida que existe.
Ah! mas a temperatura de Salvador é parasidíaca quase o ano todo. Mas é a única coisa que presta.
ÚLTIMA HORA - fico sabendo, agora à noitinha, que a senhora de 60 anos que vende o jornal "A Tarde" em minha rua há décadas, foi para o São João no interior e quando chegou em sua casa na Fazenda Grande do Retiro, os vagabundos sacizeiros tinham arrombado e levado tudo. Uma senhora idosa que sustenta filhos e netos vendendo jornal.
Quer dizer, ir para o interior também é esparro, pois quando se volta, seja o barraco ou a mansão, estará tudo limpo pelos sacizeiros.
E ainda querem trazer turistas para visitar este inferno. Isso é maldade!
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Meu caro Ricardo Liper, como diz meu compadre companheiro de bebedeiras homericas nas ruas de Feira de Santana, pois só bebado mesmo para andar na madrugada dessa terrinha provinciana e correr menos risco de ser abordado pelos sacizeros do Crack, é a crise: AC/DC - Antes do Crack e Depois do Crack. Creio que a frase é do RAPer Yanque Tupac, que também já se fudeu nessa.
ResponderExcluirDeixa eu lhe contar uma história tragicomica, venho eu andando pelo fundos do SAC em Feira quando sou abordado por um jovem que nao tinha seus 20 anos, que me diz: Bora, passa o célular! Exito, mais com o argumento do seu berro engatilhado lhe entrego meu celularzinho veinho. O margina reclama da qualidade e o do estado do aparelho e me leva mais R$ 20,00, para uso do Crack. Na saída eu viro para a criatura e falo sem chamar a atenção, meu chip velho; e ele tira o chip do celular e me devolve. É a Crise e nós vamos tomar dentro nessa!
Luis Antonio www.imprensalivrefsa.blogspot.com