sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Vamos deixar de hipocrisia: Apartheid na Bahia

Ricardo Líper
As fotos falam por si


Um fenômeno brasileiro é que o que outros povos se livram continua existindo aqui




Umas das coisas que aprendi é que o neo-nazismo não é apenas uma ideologia de pequenos grupos de jovens que raspam a cabeça. Ele está presente em pessoas que, às vezes, estão perto de nós e são nossas conhecidas. Se negros e brancos se agrupam em locais ou organizações, estamos, querendo ou não, diante de um fenômeno que a África do Sul imortalizou como apartheid. E, é nazismo. É um ideal nazista. Entretanto a forma brasileira de ser alguma coisa é fingir que não é. Durante o carnaval observa-se blocos de gente mais clara e os chamados blocos afros. Ao que se sabe, não sei se é lenda urbana, um conhecido negro baiano quis sair no carnaval em um bloco de brancos e foi impedido e, então, fundou um bloco de negros. Agiu certo. Reagiu contra o racismo mas, nossa cidade explicitou o carnaval do apartheid. Um mancha. Os únicos blocos que gosto de ver ainda são os afros. Mas eles só saem muito tarde. Uma pena. A Bahia precisa assumir que faz o carnaval do apartheid. A criancinhas que estão presentes e vêem isso, preocupação de pastores e beatas católicas com os olhos do que as criancinhas vêem, já crescem imaginando que negros e brancos devem ficar separados cada um no seu devido lugar...

Um comentário:

  1. NIETZSCHE:

    "Tudo vai, tudo volta; eternamente gira a roda do ser. Tudo morre, tudo refloresce, eternamente transcorre o ano do ser. Tudo se desfaz, tudo é refeito; eternamente constrói-se a mesma casa do ser. Tudo se separa, tudo volta a se encontrar; eternamente fiel a si mesmo permanece o anel do ser. Em cada instante começa o ser; em torno de todo o "aqui" rola a bola "acolá ". O meio está em toda parte. Curvo é o caminho da eternidade".

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Se vai acusar alguém nominalmente, identifique-se e anexe as provas. Não vamos pagar indenização na Justiça por acusações que não fizemos.