sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Três bombons e uma bomba – I




ToNy PacHeco


Tem umas amigas e uns amigos meus que acham (tolinhos!) que eu sou bom para indicar filmes. Já fiz isso em TV, rádio, jornal e num site. Agora, volto, porque o que gosto mesmo é de escrever (já deu pra notar?).

Então, toda semana, na sexta-feira, confiram aqui as dicas de filmes pra locar ou, por que não?, comprar no pirateiro.

Agora, um aviso: não me atenho a lançamentos. Geralmente alugo filmes que estão no catálogo, pois, normalmente, custam a metade da locação dos lançamentos.

Vamos lá:

1) “O Livro de Eli”, direção de Albert e Allen Hughes, com Denzel Washington e Gary Oldman, que dispensam apresentações. A história gira em torno de um livro que pode ajudar a reedificar o nosso mundo que foi devastado por um conflito nuclear neste nosso século XXI. Você que é inteligente, já deduziu que livro é. O problema central do filme é que todos os livros do mundo foram destruídos e só um resta e está nas mãos de Eli, a personagem de Denzel. O final é surpreendente, mas dá para antevê-lo nos últimos 20 minutos do filme.

Quem for ateu vai achar o filme uma babaquice. Mas eu, que sou um ateu que me benzo e acredito em anjos e orixás, gostei da mensagem que permeia o filme: o homem, realmente, tende a destruir o planeta ou morrer tentando e só a cultura pode salvar-nos do desastre total.

Cotação: **** (quatro de possíveis cinco estrelas).

2) “Os Guerreiros”, é um filme espanhol e você vai se surpreender, porque apesar de parecer uma cópia de “Guerra ao Terror”, que ganhou o Oscar 2010, é “Guerra ao Terror” que copiou a idéia básica de “Os Guerreiros”, que é um filme de 2002. A mensagem central é sobre o “non sense” de todas as guerras. No caso do conflito do filme, um grupo de soldados do Exército Espanhol está em Kossovo, na antiga Iugoslávia, enfrentando o genocídio de albaneses muçulmanos por sérvios cristãos ortodoxos e vice-versa. Não é diversão hollywoodiana. É reflexão pra gente inteligente como você.

Cotação: **** (4 de 5 estrelas possíveis)

3) “Crimes em Oxford” (“The Oxford Murders”), 2008, direção de Alex de la Iglesia, com Elijah Wood e John Hurt. O menino de “O Senhor dos Anéis” (Elijah) mostra que já não é mais um menino e, sim, um grande ator. Hurt vive um professor-cientista-filósofo que tem como primado provar que não há esperança para nossa espécie nem para o mundo num pano de fundo que tem as lutas acadêmicas numa universidade inglesa. Aliás, prestem atenção, pois a guerra de vaidades entre acadêmicos é pior que briga de lavadeiras. É pura baixaria, mas com verniz intelectual. Thriller inteligente, instigante, fascinante.

Cotação: ***** (5 de cinco estrelas possíveis)

UMA BOMBA

“Vício Frenético” (“Bad Lieutenant”, que é, “Tenente Mal”), direção equivocada de Werner Herzog, que só agrada uma minoria de gente que gosta de filme chato. No elenco, Nicolas Cage e Eva Mendes, perdidos numa trama que mostra um tenente da Polícia de Nova Orleans, no sul dos EUA, que usa mais cocaína do que os traficantes que procura para prender. Como nada no mundo é totalmente imperfeito (nem perfeito), o filme só vale como denúncia de como podem ser, na realidade, os “agentes da lei”.

Cotação: ** (2 de 5 estrelas possíveis)

2 comentários:

  1. gosto e c... cada um tem o seu.
    eu gostei de Vicio Frenetico.

    ResponderExcluir
  2. Olá td bom estou divulgando este documentário se puder assistir, vale a pena. Obrigado

    http://nosolhosdaesperanca.blogspot.com/

    Resenha:
    Jânio é um rapaz de vinte anos que foi preso na orla da praia da Cidade de Praia Grande confundido de fazer parte de um grupo de jovens que promoveram um arrastão. Mesmo sem provas ficou preso durante 11 meses. Leide e Francisco a mãe e o pai de Jânio precisaram lutar para provar a inocência do filho, enfrentando a principal dificuldade que esbarra num problema social ainda não resolvido no Brasil.

    "Ser pobre é ser culpado até que se prove ao contrário?"

    ResponderExcluir

Se vai acusar alguém nominalmente, identifique-se e anexe as provas. Não vamos pagar indenização na Justiça por acusações que não fizemos.