domingo, 12 de abril de 2009

Somos um povo pacífico. E só levamos ferro!

Alex Ferraz

No bar, enquanto uns almoçavam e outros apenas bebiam, a TV bradava os conflitos na Tailândia, em prol da renúncia do premiê Abhisit Vejjajiva.
Tiros, bombas gás, carros virados, enfrentamento com a polícia, o cenário clássico, enfim.
Ai, um cidadão claramente humilde, trabalhador da Limpeza Pública, engole o último trago da cachaça, vira-se para o povo no bar e brada, orgulhoso:
- Ainda bem que isso não acontece no Brasil.
Festeja o fato de sermos um povo pacífico, que só vai às ruas se o time for garfado na final do campeonato.
Ah, sim: um povo pacífico em cujo país são assassinadas 50 mil pessoas por ano.
Pano rápido!

2 comentários:

  1. o sócrates mandou perguntar:

    como o ‘pensamento’ pode chegar à ‘ação’, se as pessoa cresceram de joelhos diante de um oratório pedido ao deus-pai (ausente) por um prato de comida ou então ouvindo “e lá, e lá, e oh!” na voz - que lembra uma taquara rachada - da ‘tia/ dinda’ xuxa???

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  2. ... para os que estão no poder, é crucial controlar, em primeiro lugar, o discurso. Pois o discurso controla mentes e mentes controlam ação. E isto está demonstrado nas formas de abuso de poder - manipulação, doutrinação e desinformação - que resultam em desigualdade e injustiça sociais.

    consultem o livro “DISCURSO E PODER”, de Teun van Dijk

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Se vai acusar alguém nominalmente, identifique-se e anexe as provas. Não vamos pagar indenização na Justiça por acusações que não fizemos.