TonY PachecO
O Brasil está, novamente, nos jornais do mundo inteiro, como palco de violência contra homossexuais (somos campeões do mundo em assassinatos homofóbicos).
A violência contra pessoas que fazem sexo com o mesmo sexo (no Rio de Janeiro, jovem é alvo de tiros de um membro do Exército e, em São Paulo, cinco jovens fascistas espancam dois jovens adeptos da homoafetividade) nos leva a reflexões políticas: por que povos de tradição católica mais efetiva que a nossa, como Espanha, Argentina e a Cidade do México, legalizaram o casamento de pessoas do mesmo sexo e o Brasil não? E, no caso da Espanha, junte-se a isso, liberalizou o aborto nos mesmos patamares das democracias mais avançadas do mundo, como Suécia, Noruega, Dinamarca, Holanda etc.? E, enquanto isso, o Brasil fica cada vez mais homofóbico.
A questão nos remete a postulados da teoria marxista da História. Para Karl Marx, o voluntarismo, isto é, o desejo pessoal de algum líder político, conta pouco no avanço da História, que só se daria por necessidades econômicas.
A simples observação de muitos momentos históricos, contudo, nos mostram exatamente o contrário.
Vejamos a Espanha. Ali, o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE, o PT de lá), conseguiu chegar ao poder em 1982 sob o comando de um advogado trabalhista, Felipe González, que, tal como Lula, no Brasil, foi cedendo, cedendo, cedendo a imposições de grupos conservadores e conseguiu ficar no comando do Estado Espanhol até 1996. Manipulou sindicatos e grupos sociais e promoveu o paraíso para os empresários, até que caiu.
Depois de quase oito anos de governo nitidamente direitista, o PSOE voltou ao governo com o atual “premier” José Luís Zapatero, em 2004, e propostas socialistas de verdade.
Zapatero, ao contrário de González, tinha um ideário pessoal que viria a implementar e transformou a Espanha numa das mais modernas democracias do mundo.
Contra todas as religiões, mas, principalmente, contra a poderosíssima Igreja Católica, adotou legislação liberal para que mulheres possam abortar em qualquer fase da gestação se houver má formação do feto e até à décima quarta semana (3 meses e 2 semanas), por motivos pessoais.
Adotou também o casamento entre pessoas de mesmo sexo com direito à adoção de crianças, coisa só possível em países altamente avançados, como a Holanda.
E, aí voltamos ao caso brasileiro: Lula, no Brasil, não teve coragem de tomar uma iniciativa sequer neste setor, muito embora o PT tenha projetos de lei no Congresso a favor da união homoafetiva, da liberalização do aborto e pela criminalização da homofobia.
Lula foi o González brasileiro. Em nome do poder pelo poder, compôs com teses direitistas e chegamos ao cúmulo de nas eleições de 2010 as igrejas evangélicas terem ditado os rumos da campanha.
Aí, diante do recrudescimento da intolerância e da violência homofóbica no Brasil, pergunta-se: será que Dilma será o nosso Zapatero e mandará os padres pedófilos e os pastores-comerciantes para o espaço? Ou será que teremos mais do mesmo?
Quando galinha nascer dente.
ResponderExcluir+ do mesmo + piorado.
ResponderExcluirpra começar vcs gostariam que a mae de vcs tivesse abortados vcs - gostariammm??????????????
ResponderExcluirme respondaaammmmmmmmmmm ?????????
Toni vc é psicanalista e como é que ver esta homofobia do militar e dos garotos de S. Paulo?
ResponderExcluirRosália
CALMA AI GENTE
ResponderExcluirESTADO É ESTADO
IGREJA É IGREJA
SEPARE BEM AS COISAS
CASAMENTO É UMA BENÇÃO GRATUITA DA IGREJA.
A IGREJA DOS PEDÓFILOS VENDE SACRAMENTOS ENTÃO É UMA IGREJA "PROSTITUTA".
O ESTADO PODE FAZER A UNIÃO CIVIL.
SE EU NÃO ME ENGANO QUEM TEVE PRIMEIRO A IDEIA DO ESTADO FAZER "CASAMENTOS" FORAM OS NAZISTAS, ISSO OCORREU DURANTE A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL. MAS EU QUERIA INVESTIGAR MELHOR ESTE ASSUNTO PRA SABER BEM CERTINHO.