O radialista suspeito

tony pachecO

Olhe o que ouvi hoje, 23/09, às 6h13 (da manhã, muito cedo, não?): "Morre quem deve e quem não deve"; "a responsabilidade pela segurança pública não é só do governo do estado, é da população também". Isso ao comentar a morte de pessoas inocentes nos tiroteios entre supostos marginais e supostos policiais...

Na primeira assertiva, o radialista defende a pura e simples pena de morte: "quem deve morrer". Ao dizer isso, ele diz que tem gente que tem que ser fuzilada mesmo. Seriam os negros pobres, Sr. radialista?

Na segunda assertiva, como se estivesse defendendo sabe-se lá quem, sabe-se lá por quais motivos, ele tira do governo suas responsabilidades, "esquecendo-se, de modo muito suspeito", que no Brasil foi proibido ao cidadão honesto e pagador de impostos de ter uma arma para defender sua vida e sua propriedade.
Se as armas são privilégio da Polícia, então, a violência é ÚNICA E SOLITARIAMENTE responsabilidade do governo.

E olhe que vivemos num País onde o povo deu a vitória, no plebiscito sobre armas de fogo, à tese de que o povo podia ter armas e munições. Mas o governo Lula/PT simplesmente desconheceu o resultado do plebiscito e continuou proibindo o acesso da população às armas.