Tony pacheco
Hoje vou lhes apresentar três filmes que são visões diferenciadas sobre eventos totalmente conhecidos: a guerra contra o “Império do Mal” (termo que o presidente Ronald Reagan, dos EUA, usava para definir a então União Soviética, a Rússia atual); a guerra contra o islamismo radical (como se houvesse outro...), que os EUA desenvolvem atualmente no Iraque e no Afeganistão; e, a cereja-do-bolo, a Primeira Guerra Mundial, quando o mundo aprendeu a odiar os alemães com grande intensidade que chegou ao ápice durante a II Guerra, quando nossos avós amavam odiar os alemães.
1) “Jogos do Poder”/”Charlie Wilson’s War”, direção de Mike Nichols, com Tom Hanks e Julia Roberts, absolutamente perfeitos. Como sempre. A história é real e conta o momento da vida do deputado americano do Texas que influenciou de maneira monumental a História recente dos EUA, do Ocidente e do Islam. Para destruir o “Império do Mal”, a União Soviética marxista-leninista, o deputado americano não se importou de fazer uma aliança tenebrosa com ninguém menos que o Talibã, aquela rapaziada islâmica que deu em Osama Bin-Laden, logo depois, com sua Al-Qaeda. Você verá como uma pessoa, pode sim, pelo voluntarismo puro e simples, alterar os rumos da História. Um americano financiando o terrorismo muçulmano no mundo. Parodiando o filósofo judeu-brasileiro Sílvio Santos Abravanel: "Eles merecem o 11 de Setembro ou não merecem, auditório?!"
97 minutos de puro deleite.
Cotação: ***** (5 estrelas; se tivéssemos infinitas estrelas daríamos)
2) “Justiça Infinita”/”Infinite Justice”, direção de Jamil Dehlavi, com o desconhecido (por mim, pelo menos...) e muito bom Raza Jaffrey, que reina sozinho no filme. A história gira em torno de um jornalista americano de origem judaica que perde a irmã soterrada nos escombros do World Trade Center, que teve suas torres derrubadas por aviões pilotados por muçulmanos da Al-Qaeda. Interessado em saber o porquê dos atentados e não exatamente em se vingar, a personagem Arnold Silverman se infiltra entre os terroristas islâmicos em sua principal base, o Paquistão, país aliado dos EUA, mas que sedia o que há de pior de fundamentalismo islâmico no mundo, só superado pela Arábia Saudita. O final não surpreende, mas deixará você indignado. Ou não.
Cotação: ***** (5 estrelas)
3) “O Barão Vermelho”/ “Der Rote Baron”, direção de Nikolai Müllerschön. Tente conseguir uma cópia que tenha alemão como opção de língua com legendas em português. Será mais divertido. Se estudou o Primeiro Grau pós-1975, prefira o dublado, pois você não acompanhará a agilidade dos diálogos. O filme é extraordinário porque tenta exterminar a noção de diabolização dos alemães por nós que vivemos sob a égide de Hollywood, que passou 50 anos demonizando os alemães.
O filme mostra apenas o mais célebre piloto do mundo ocidental fazendo peripécias nos ares como qualquer jovem como Neymar faz nos campos de futebol. Faz muita bobagem, mas faz coisas magníficas também. E o entorno do Barão Vermelho é formado de pessoas de carne e osso, com problemas, com paixões, fazendo coisas heróicas e muita bobagem, como todos nós, seres humanos. O barão real era prussiano, Manfred von Richthofen. No filme é vivido pelo ator Matthias Schweighöfer, muito bem escolhido, pois não é bonito, é apenas um alemão comum, como o barão original que viveu até 1918, quando seu avião foi abatido. Se fosse um barão do nosso Império Brasileiro, o idolatraríamos até hoje, como fazemos com o Duque de Caxias, O Exterminador do Futuro daquela época...
Você vai se deparar também com o excelente ator inglês Joseph Fiennes, vivendo um piloto britânico na Primeira Guerra Mundial, que o Barão Vermelho germânico se recusa a matar por matar, salvando-lhe a vida.
O filme é uma lição de vida: somos todos humanos, todos mais ou menos idiotas, vivendo papéis para os quais, quase sempre, não estamos preparados.
Só espero que os neonazistas alemães não utilizem o filme para reviver o sonho de um Reich de Mil Anos, pois uma coisa a história já mostrou: alemães são ótimos guerreiros, mas com aquela mentalidade jamais ganharão uma guerra hehehehheheheheheehehhehe.
Cotação: ***** (5 estrelas, se pudesse dava 500)
* p.s. - SIM, sou germanófilo, descendente direto das famílias Berg, Klanchgen, Kraus e Riper (meu pai impôs o nome ibérico Pacheco, deletando a parte alemã de minha mãe). Mas isso não explica admirar o filme, que é muito bem feito.
UMA BOMBA
“Os delírios de consumo de Becky Bloom”/Confessions of a Shopaholic). Durante 104 minutos você assistirá a uma tentativa de comédia que tenta ridicularizar o consumismo, mas só o que consegue é lhe chatear imensamente.
Cotação: * (1 estrela, só para homenagear os trabalhadores do set de filmagens, que estavam ali ganhando o leitinho das crianças).
Vocês são muito doidos, mas Toni é o mais doido de todos. Pelo menos dou risada. Valeu.
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