segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Um dos melhores filmes deste ano


O duelo entre a canalhice e a honra

Ricardo Líper


Código de Conduta surpreende. Ficamos até sem saber ao certo se é uma brincadeira ou é a sério. É a sério. É uma das maiores denúncias contra a corrupção, o carreirismo, a safadeza generalizada daqueles que querem poder e dinheiro passando por cima dos que se julgam fracos e incapazes de se defenderem. É um filme de vingança. Um dos meus gêneros prediletos. Este filme não perdoa nada.
Pode-se ser de qualquer cor, mulher ou homem, gostar de homem ou de mulher, o importante é o caráter. Se se tem escrúpulos ou não. No meu entender, o último degrau da libertação de quem é oprimido é não fazer com os outros, quando se tem poder e dinheiro, o que fizeram com ele. Se isso não ocorrer, falhamos. Não valemos nada e pronto. O ser humano só pode ser avaliado pelo caráter, principalmente quando quer atingir o poder e adquirir dinheiro. Não que seja errado ter dinheiro. Mas o abominável é a falta de caráter e respeito ao próximo.
No filme, um indivíduo é assaltado e perde sua mulher e filha. Comum demais se fosse no Brasil. Ocorre quase todos os dias. No filme, os assassinos são presos. Promotores e juízes ambiciosos fazem acordo na condenação. Depois de dez anos a vingança começa. É espetacular. Exagerado até. O vingador parece um super-herói. Eu só não gostei do final. Nada denuncia mais um sistema jurídico do que esse filme. Quero comprar o DVD para assistir, em casa, de joelhos. Não percam em hipótese alguma. Repitam o filme. Estou pensando em decorar as frases ditas pelo personagem central e recitá-las, ocasionalmente, para me acalmar.

Um comentário:

  1. Você como sempre brilhante em suas análises e críticas sobre os filmes.A sua forma de destrinchar a história do filme fazendo um liame entre o enredo do filme e a nossa sociedade é deverasmente impresionante.Mais uma vez você se supera. Parabéns.

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Se vai acusar alguém nominalmente, identifique-se e anexe as provas. Não vamos pagar indenização na Justiça por acusações que não fizemos.