domingo, 13 de setembro de 2009

Wagner ganhou a batalha e perdeu a guerra


Ônibus queimados, módulos da PM dinamitados: estas serão as imagens da campanha eleitoral de 2010

ToNy PaChEcO

"Acho que o governo errou na estratégia de combate à criminalidade. Os policiais tinham de permanecer em seus postos para não revelar fraqueza ou medo, e o governo deveria mandar mais reforço para as bases", afirmou a professora Lídia Almeida, 32, no site da “Folha de S. Paulo/UOL”.

A professora entrevistada pelo maior site do Brasil, o UOL, tem mais capacidade analítica do que toda a imprensa baiana: sites, rádios, TVs e jornais impressos. Não é incrível?
O problema todo foi que o governo Wagner/PT admitiu em entrevista coletiva que “sabia previamente” dos ataques dos marginais aos módulos da PM, viaturas policiais, lojas da Cesta do Povo e ônibus do sistema de transporte coletivo urbano de Salvador (até o momento em que escrevo, sábado, 12/09, 16 ônibus incendiados).
“Sabia” e a única medida que a população viu, na prática, foi a ordem dos comandantes policiais para que os seus comandados saíssem dos módulos para não serem vítimas de ataques.
Isso é demonstração clara e inequívoca de ausência de condições de enfrentar o inimigo. Em linguagem militar isto é recuo, retirada. É só ler Sun Tzu em "A Arte da Guerra".
Tem outro nome? Não creio.

BOMBEIRO NÃO RECUA

E já que estamos em época de lembrar o 11 de setembro de 2001 nas Torres Gêmeas de Nova York, naquela ocasião, dois enormes aviões foram lançados por terroristas muçulmanos contra o World Trade Center.
O New York Fire Department ou Corpo de Bombeiros, sabia que naquela situação, a possibilidade de salvar vidas nos prédios atacados era praticamente nula.
Mas os comandantes do NYFD mandaram seus comandados para a frente de batalha: salvar vidas ou morrer tentando.
Morreram 343 bombeiros na tentativa de salvar vidas no World Trade Center: trezentos e quarenta e três heróis e outros continuam morrendo pelo efeito, oito anos depois, dos gases e poeira tóxica inalados. E o sacana do prefeito de Nova York atual ainda tenta não pagar-lhes o acompanhamento médico, mostrando que os políticos são canalhas em todas as latitudes, de Brasília a Nova York, de Kuala Lumpur ao Cairo.
O que quero dizer com isso é que o comando da Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia ao mandar os policiais saírem dos módulos apenas confessou que não pode fazer o seu trabalho: pois se não dá segurança aos seus próprios módulos de trabalho, como dará segurança à população?

MÉDICOS NÃO RECUAM

Já pensou se os médicos, ao se dar conta das bactérias e vírus com as quais entramos serelepes em seus consultórios resolvessem não nos atender temendo contágio?
A Humanidade já tinha sido extinta, não é verdade?

VAGABUNDAGEM À SOLTA

Neste domingo (ao escrever a segunda parte deste post), andei pela orla, e vi que, por exemplo, o módulo da PM no Porto da Barra, estava evacuado: nem um pé de polícia.
Resultado: uma vagabundagem no Porto da Barra como nunca vi em 33 anos de Bahia.

O QUE DEVERIA SER

A real é que o governo do estado deveria dotar os módulos, neste momento de crise, de metralhadoras e quem se aproximasse deveria ser fuzilado sumariamente.
É guerra, não é conversinha não.
O governo do estado não dota a Polícia de armamento superior ao da vagabundagem, não paga salários dignos e NÃO EXTRAI da Polícia a banda podre que tem ligações perigosas com a bandidagem, como o Rio de Janeiro está fazendo, e ainda manda o policial evacuar os módulos. O recado é claro: “Ei, vocês venceram!”

EFEITO ELEITORAL

Que ninguém se engane: este momento de capitulação diante da bandidagem será o principal tema da campanha eleitoral de 2010 e o governador Wagner e o PT nem pensem que o eleitorado vai esquecer, o da capital, pelo terror vivido, e o do interior, pela insegurança vivida com o deslocamento dos policiais para a capital.
As noites e dias de terror vão pesar demais: quem vai querer repetir um governo “capitulante” destes?

3 comentários:

  1. O governador Jaques Wagner agiu firme e rápido e ganhou a batalha contra os traficantes e bandidos. Nunca ví tanta firmeza no governo baiano como a demonstrada pelo nosso governador. Agora, parece que certas pessoas e certa imprensa não gostaram. Estavam vibrando na esperança de que aquela violência toda desgastaria o governo estadual. Ponto para o governador.

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  2. Considero o tema "VIOLÊNCIA URBANA" o mais importante a ser discutido e pesquisado pormenorizadamente nos dias que correm.

    Primeiro porque indiscutivelmente a juventude pobre envolvida nas malhas da criminalidade está sendo quase toda dizimada pela polícia e pelos grupos de extermínio.

    As estatísticas são manipuladas, mas se lhes der algum crédito vê-se que o tempo de vida útil de um jovem que comete crimes contra o patrimônio não ultrapassa os 25 anos, ao completar esta idade estará preso ou morto.

    Depois porque sobre este tema se tem mentido descaradamente. Uma das formas de se manipular as informações e esconder a verdade é chamar os fatos por outro nome; no caso da "VIOLÊNCIA" ora discutida a mentira consiste em qualificar como crimes contra a pessoa (homicídio, lesão corporal) CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO (roubo (que o povo chama de assalto), "sequestro relâmpago", uma das formas do cometimento do crime de extorsão, extorsão mediante sequestro (vulgarmente conhecido como sequestro)) e as mortes decorrentes do comércio ilícito de drogas.

    Os jornalistas por ignorância ou por impossibilidade de dizer a verdade, têm chamado de "VIOLÊNCIA" uma CRISE SOCIAL sem precedentes no Brasil. Não esqueçamos de que não existe liberdade de imprensa, mas a liberdade de imprensa permitida pelo dono do jornal. O jornalista não publica o que quer, mas aquilo que o dono do jornal permite.

    A CRISE SOCIAL encoberta pela mentira deliberada em chamar de "VIOLÊNCIA" a profusão nunca vista de crimes contra o patrimônio é a maior empulhação que os meios de comunicação já cometeram no Brasil.

    A verdade é que temos uma CRISE SOCIAL provocada pela DISTRIBUIÇÃO DE RENDA NA PONTA DOS CANOS DAS ARMAS. A grande mentira é chamá-la de VIOLÊNCIA, como se as pessoas tivessem ficado malucas de um hora outra, e transformadas em cowboys, saíssem se matando em uma sexta sem lei.

    A profusão de crimes contra o patrimônio é resultado da concentração de renda. Eis os dados do IPEA: 5.000 famílias consideradas muito ricas ou 0,001% do total de famílias do país, reuniriam um patrimônio que representa 46% do PIB, o equivalente a R$ 691 bilões em valores de 2003 (ATLAS DA EXCLUSÃO SOCIAL - OS RICOS DO BRASIL).

    A grande mentira é a chancela para o extermínio da juventude pobre e mestiça.

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  3. Para um dos agentes da CRISE SOCIAL, os privilegiados do sistema semi-escravocrata vigente, todos pedem mais polícia, mais presídios e de preferência mais mortes dos supostos bandidos, mais segurança, de preferência um policial de cem em cem metros para os plutocratas usufruírem de sua riqueza acintosa sem riscos e sem a chateação dos pedintes.

    Aos outros agentes da crise a imprensa nega até mesmo a chamar pelo nome o fenômeno social que protagonizam, com o intuito evidente de lhes retirar qualquer legitimidade, o que evidencia a cumplicidade com o genocídio em andamento nas grandes metrópoles brasileiras.

    Esta CRISE SOCIAL não se confunde com crise política e até mesmo acha-se apartada do sistema de representação política, donde temos CRISE SOCIAL mas não temos crise política. Nenhum partido foi capaz de capitalizar a crise social e dar-lhe o necessário equacionamento político e econômico e colocando na pauta política medidas mais incisivas de distribuição de renda.

    Pior, com os partidos de esquerda no poder e metidos em uma camisa de força para poder governar, usando a face mais visível da CRISE SOCIAL a direita e os cazumbis – a mídia cúmplice -, lhes imputa toda a responsabilidade pelos efeitos da concentração da renda.

    Toda a mídia reverbera a responsabilidade dos governos de esquerda por não combater com mais violência os efeitos pulverizados da distribuição de renda na ponta dos canos das armas em uma visível manipulação da interpretação das causas da CRISE SOCIAL.

    Aos sacanas afirmo que criminosos que cometem crimes contra o patrimônio são pessoas cruéis, e que a concentração de renda não lhes inocenta dos crimes cometidos.

    Também afirmo que estes infelizes não têm consciência social ou política, donde raramente miram o alvo certo, razão pela qual todos nós estamos sujeitos à ação destes biltres.

    Os plutocratas fazem a conta e nós a pagamos, inclusive tendo que suportar uma enxurrada de mentiras veiculadas pelos meios de comunicação todos os dias, o dia todo. É de lascar.

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Se vai acusar alguém nominalmente, identifique-se e anexe as provas. Não vamos pagar indenização na Justiça por acusações que não fizemos.