sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Perdoar ou não perdoar


Uma obra prima da literatura

Ricardo Líper

Circula com certa frequência e está virando moda que se a pessoa não perdoar os outros, adoece. Talvez até seja certo. Entretanto, desconfiado como sou, sempre questiono algumas dessas premissas que misteriosamente surgem nos órgãos de divulgação.
Primeiro, essa idéia de perdoar é uma idéia do Cristianismo. Idéia essa para os adeptos, mas não para os chefes da Igreja, ou Igrejas, porque na Inquisição e em outros momentos, a Igreja Católica pode demonstrar que o perdão nunca ocorreu. Nunca perdoou ninguém, muito pelo contrário, colocou todos na fogueira.
Não sei se médicos se pronunciam a respeito de não perdoar ser a causa de doenças terríveis. Mesmo que alguns apoiassem, seria irrelevante. Existe muita diferença entre médicos e cientistas. O cientista é, por exemplo, Fleming, que descobriu a penincilina. Médico, principalmente na atualidade, é um indivíduo preocupado em enriquecer porque é médico, decepcionado com essa perspectiva, estressado, agressivo, despeja, quase sempre, sua situação frustrante nos clientes. Ele pode até matar com a penicilina nas mãos, devido à pressa, à superficialidade dos seus procedimentos. O que alimenta o poder dos médicos e teorias como essa do perdão para todos, é que podem acontecer coisas com as pessoas e elas ficam em pânico.
Ir dormmir e não acordar, por exemplo. Médicos dirão coisas, como as rezadeiras também diziam. Se você acordar pode ter um sintoma bobo e depois de ir a seis médicos, ser de fato, uma doença séria, que nenhum deles vai resolver.
Gripe está matando, a comum, imagine... Aí aparece alguém e diz que se não perdoar vai ter câncer, morte súbita e todos os terrores possíveis. E sua autoestima fica como? A pessoa lhe humilha, é má, lhe agride gratuitamente, lhe persegue e você perdoa? Agora tem que perdoar com medo de ficar doente?
Então, em Israel, deveria ter um monumento a Hitler com os dizeres: "nós lhe perdoamos". Ou eu estou errado? Agora, não aconselho ficar remoendo a raiva. Está vendo que esse site também é de autoajuda. Nao tenha receio. Autoajuda é ótimo. Quem é contra são os acadêmicos, a maioria deles malucos ou sem caráter. Cuido deles outro dia. A vingança, bendito seja o Conde de Monte Cristo, é um prato para se comer frio. Não tem sentido se perder tempo com idiotas e doentes mentais que nos agrediram. Pensar neles, sentir raiva, é perda de tempo. Agora, quando eles passarem por perto ou a vida lhe presentear os colocando em suas mãos, chegará a hora da justiça divina, a sua. Sem estresse, sem nada que possa alterar sua pressão, sua divisão celular. Mostre o respeito que tem por si mesmo em uma ode à sua autoestima. As pessoas precisam aprender a respeitar as outras. E só aprenderão quando compreenderem que inimigos, por mais aparentemente simplórios que possam ser, são sim uma grande empecilho na vida. E para não tê-los, tem que respeitar o próximo. Se você não souber tratar seus inimigos como eles merecem, você não está contribuindo para a civilização. Você está sendo antididático. Agora, como já disse, seja habilíssimo. Não viva para eles, não pense neles, não tenha raiva à toa, espere o dia para lhes dar o troco. Se não ocorrer, outros darão, porque quem faz um inimigo fará mil. O melhor não é não perdoar, é respeitar o próximo e não ter inimigos. Uma pessoa presta se tem poucos ou quase nenhum inimigo. Uma pessoa que ninguém suporta ou só os que a temem a respeitam é um idiota, fascista que não vale nada. Se mede uma pessoa pelo número de inimigos que consegue fazer na vida. Se são excessivos, você está no seu direito de ser inimigo também.

4 comentários:

  1. liper,

    fico feliz em ser seu AMIGO, espero eu está certo, pois ser seus inimigo deve ter um "custo" bastante alto ...

    tavares

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  2. A vingança é uma arte a ser aperfeiçoada com paciência, perseverança e criatividade, mas é um prato de sabor inigualável, principalmente quando maturado pelos anos, tal qual os melhores vinhos.

    Esta arte de ferir na mesma profundidade quem nos fere é o oposto da oferta da outra face, da qual muitos dizem ser adeptos e da qual eu não conheço nenhum praticante.

    No livro O CHEFÃO, de Mário Puzo, consta uma assertiva que jamais deve ser esquecida por quem já foi ferido e precisa fazer justiça: qualquer homem pode se vingar de outro, por mais fraco que seja, basta que saiba aguardar a oportunidade, que sempre aparece, digo eu.

    A justiça feita pelas próprias mãos já foi chamada pelos gregos de A GRANDE ARTE, mas o certo é que foi popularizada como mostra de força de vontade e determinação, paradigma de um homem vencedor diante das adversidades, com a publicação do livro O CONDE DE MONTE CRISTO, de Alexandre Dumas Filho.

    Tanto a personagem central de O CHEFÃO quanto de O CONDE DE MONTE CRISTO refletem pessoas que sofreram grandes desgraças e enfrentaram inimigos cruéis e impiedosos, mas que souberam olhar os fatos em perspectiva, procurando estabelecer táticas de sobrevivência para o presente mas olhando para o futuro, que oportunizaria a ocasião da execução da justiça, dos castigos a serem aplicados aos carrascos.

    Em matéria de vingança temos que aprender com os grandes estrategistas, os teóricos do êxito nas situações de conflito, a exemplo de Clausewitz que ensina ser o ápice da capacidade em estratégia saber prover-se dos meios, escolher habilidosamente o lugar, e o momento de realizar a grande batalha, cortar a veia do pescoço do inimigo.

    Mas é importante saber qual inimigo merece qual vingança, pois ensina o povo em sua sabedoria que não se deve gastar vela com defunto pobre.Não permita que seus inimigos conduzam seus passos, pois muitos destes que estão atravancando seu caminho, passarão, e com mais facilidade se você lutar para realizar seus objetivos, sendo a sua felicidade já o bastante para os humilhar profundamente.

    Muitos destes estúpidos merecem apenas ser tratados pelo que de fato são, merdas; outros com indiferença, pois como ensina Albert Camus, "não existe nada no mundo que não possa ser vencido pela indiferença".

    Paciência e perseverança para sair da defensiva bem como para a obtenção dos meios exigem sangue frio, não agir por impulso.

    Os meios mais preciosos são o dinheiro, o poder e o conhecimento, sendo este último indispensável.

    Enquanto se luta para a obtenção dos meios é imprescindível não se guardar mágoa no coração - à vista que atrapalha-, mas no congelador da geladeira, para não estragar, pois como escreveu um guerrilheiro, CARLOS EUGÊNIO DA PAZ: "Que alimento sublime o ódio, pena tantas contra-indicações"(Viagem à luta armada, p.22).

    Como bem frisou Ricardo Liper, tudo isto é auto-ajuda, que seria melhor adequado chamar de auto-aperfeiçoamento, A GRANDE ARTE como diziam os gregos.

    A todos aqueles que nos ferem devemos dispensar o tratamento adequado, é uma questão de caráter e de honra, mas se você tem vocação para escravo ou nasceu para oferecer a outra face então cumpra seu destino.

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  3. Tem Selo do Prêmio Dardos para vc em meu blog.
    Este é o "Prêmio Dardos" que dá a cada blogueiro o reconhecimento de seu valor, esforço, ajuda, transmissão de conhecimento todos os dias.
    Você merece!
    Bjsss...

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  4. Querido e grande professor,

    O perdão e um mandamento mais do que imperativo, DEUS manda-nos perdoare o perdao coisa dificílima, principalmente qdo temos de perdoar alguem bobo - futil ou mediocre que nos ofendeu -DEUS em sua infinita sabedoria disse -nos fazer mais bem a nos mesmos do que aos perdoados, em sendo assim levo minha vida perdoando e dando um tempo sem ressentimentos - colocando-os na geladeira - se quiser novamente reabilito-os e nao sofro vamos viver que a vida é curta perdoar é um dom difícil de manejar, Mas só DEUS nos ensina a viver e a perdoar. CREIA!!!como um bom vinho faz um bem ao coração a alma ao corpo.......


    QUE DEUS TE PROTEJA,

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Se vai acusar alguém nominalmente, identifique-se e anexe as provas. Não vamos pagar indenização na Justiça por acusações que não fizemos.