terça-feira, 5 de maio de 2009

Ahmadinejad fugiu do pau




Estudantes americanos contra a viagem de Ahmadinejad a qualquer lugar do mundo



Brasileiros em protesto contra a visita de Ahmadinejad ao Brasil






Tony Pacheco

Engana-se quem pensa que o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, cancelou sua visita ao Brasil, apenas 48 horas antes de ela se dar (seria na quarta, dia 6), porque ele estaria enfrentando o acirramento da campanha eleitoral na qual quer se reeleger daqui a 30 dias.
A vinda ao Brasil era uma importantíssima parte desta mesma campanha eleitoral.
O Brasil é, hoje, um dos mais importantes países do mundo, junto com Índia e China. Se Ahmadinejad conseguisse ser recebido com pompas em Brasília, subindo a rampa do Palácio do Planalto e passando em revista as tropas brasileiras, ao lado do presidente Lula, isso seria para ele um “plus” na sua campanha à reeleição em seu país, neste momento em que o líder espiritual da Revolução Islâmica, o aiatolá Ali Khamenei, disse formalmente que não vai recomendar o nome dele ao eleitorado (há mais três candidatos, dois “reformistas” – querem mais abertura do regime, embora sejam autoritários também – e um outro que é pior que Ahmadinejad).
Com a TV controlada por ele, e também a mídia impressa e a Internet, Mahmoud ia apresentar a visita ao Brasil como um grande trunfo diplomático, significando que ainda há um lugar importante no mundo onde ele é recebido sem ser com ovos podres e passeatas.
Mas, o Palácio do Planalto entrou em reforma em março e Lula ia receber o Mahmoud no Itamaraty e não ia ter revista de tropa alguma, pois o próprio Lula sentiu que o clima no Brasil está adverso para esta visita.
Para o presidente do Irã a visita era tão importante que ele ia trazer uma comitiva de 110 membros, a maior que Teerã já mandou ao exterior até hoje em viagens oficiais. Aí, autoritário como é e mal-educado como é, Mahmoud Ahmadinejad mandou avisar que não vem mais poucas horas antes.

QUEM É O MALUCO?

1.Peter Pilz, porta-voz do Partido Verde da Áustria, disse que Ahmadinejad foi, durante anos, a mão internacional que matou opositores do regime islâmico do Irã no exterior, inclusive, em 1989, teria assassinado o líder curdo exilado Ebdulrehman Qasimlo e dois outros militantes, em Viena. Depois da eleição de Ahmadinejad em julho de 2005, Pilz passou documentos sobre o assunto ao ministro do Interior da Áustria pedindo o início de um processo contra o presidente do Irã.
Até agora, não deu em nada.

2. Em visita à Universidade de Colúmbia, nos EUA, o presidente Ahmadinejad, afirmou aos estudantes e professores que “as mulheres do Irã são as mais liberadas do mundo” e que “não existem homossexuais no Irã (...) não temos este fenômeno que vocês têm aqui”. Tomou uma vaia e o reitor da universidade o chamou de “ditador cruel”.
Justamente no Irã, onde o homossexual que é pego em flagrante pode ser enforcado em questão de semanas, depois de um julgamento no qual ninguém irá defendê-lo. Justamente no Irã, onde uma mulher que tenha relações com um homem antes do casamento, pode levar de 20 a 100 chibatadas em público; se trair o marido, será apedrejada pelo populacho em praça pública por ordem da “Justiça Islâmica”.
Justamente o Irã que, usando a “Sharia” (a lei baseada no Corão, a “bíblia” lá deles), pode enforcar meninas a partir de 9 anos de idade e meninos a partir dos 15: até nisso são machistas, pois o homem pode cometer crimes até os 15 sem punição.

3. A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, expressou, na semana passada, "grave preocupação" com a saúde da jornalista americana Roxana Saberi, em greve de fome após ter sido condenada a oito anos de prisão no Irã. Ahmadinejad, que já foi do serviço de espionagem iraniano durante anos, acusa Saberi de ser “espiã”, o que ela nega.
No Irã, os jornalistas estrangeiros são vigiados 24 horas por dia e têm que avisar até em que restaurante vão tomar um café.

4. Eliot Engel, presidente do subcomitê de Hemisfério Ocidental no Congresso americano e copresidente do Brasil Caucus, grupo de parlamentares interessados na nossa relação bilateral, disse que: "O governo brasileiro está equivocado, é vergonhoso receber Ahmadinejad neste momento". O presidente iraniano chegaria logo após de, no último dia 20, ter discursado pedindo o fim do Estado de Israel na Conferência de Revisão de Durban sobre Discriminação Racial, em Genebra. Na ocasião, quando disse que o holocausto não existiu, Ahmadinejad foi criticado levemente, em nota oficial, pelo governo brasileiro.

TUDO É ECONOMIA

O interesse do presidente Lula em Ahmadinejad, na verdade, é apenas o do caixeiro viajante e seu cliente. O Irã é, hoje, o maior cliente do Brasil no Oriente Médio. Foram quase US$2 bilhões, em 2007, importados por eles de automóveis, ônibus, minerais, cereais, frangos etc. E nos exportam pouquíssimo, ficando a balança comercial claramente a nosso favor., Embora entre 2002 e 2007, o intercâmbio comercial entre ambos tenha crescido quase quatro vezes, tendo atingido a cifra de cerca de US$ 2 bilhões, o Brasil sabe que ainda está muito abaixo do que poderia alcançar.
Mas, o presidente Lula e nossa diplomacia poderiam ter conseguido este negocião sem ter que se comprometer internacionalmente com um regime do qual todos os países do mundo se afastam como o Diabo da cruz, com exceção da China, que por ser a maior ditadura do mundo, não se importa com ditadores...
Trocar o nome que o Brasil está construindo no exterior, de nação democrática e justa em seus negócios internacionais, por pouco mais de 1 bilhão de dólares é nos vender barato demais. Ou não?

PENSAMENTO VIVO DE AHMADINEJAD


* Sobre Israel: “Como disse o Imã, Israel deve ser varrido do mapa.”

* Sobre o Holocausto: “Eles criaram um mito atual, que chamam de massacre dos judeus, e que eles consideram um princípio acima de Deus, das religiões e dos profetas.”

* Suas crenças pessoais: “A crença em um salvador é universal. É o pivô da nossa fé como muçulmanos e iranianos. Acreditamos que um descendente do profeta - que a paz esteja com ele - será o salvador final. O nome dele e suas atribuições são claras. Ele virá e vai administrar a justiça final.”

* Supremacia do Irã: “A nação iraniana é uma nação informada. É uma nação civilizada. É uma nação que faz história... Vocês sabem e nós sabemos: vocês precisam muito mais de nós, do que nós de vocês.”

Pensando bem, este rapazinho não é gente boa não!

2 comentários:

  1. sera que existiu mesmo um holocausto ou varios povos sofreram com a guerra e se existiuo tal holocausto os israelenses nada aprenderam pois torturam e matam oalestinos com crueldade

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  2. Concordo com Chico só num ponto: claro que existiu um Holocausto. As provas são históricas. Os ossos das vítimas também. Mas os judeus ESQUECEM, porque querem esquecer, dos milhares de comunistas, ciganos, homossexuais, aleijados, idosos, russos, poloneses, tchecos e outros povos que caíram na bala dos alemães sem dó nem piedade.
    Holocausto foi real, mas ele é muito mais abrangente do que os judeus querem fazer crer.
    Parabéns, Chico!

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Se vai acusar alguém nominalmente, identifique-se e anexe as provas. Não vamos pagar indenização na Justiça por acusações que não fizemos.