segunda-feira, 11 de maio de 2009

Um Ato de Liberdade.




Ricardo Liper


Uma das coisas que se cobra dos judeus, na Segunda Guerra Mundial, é que eles, em geral, não reagiram ao nazismo, caminhando, como cordeiros, para a morte. Esse filme mostra um dos poucos episódios nos quais eles reagiram. E baseado em fatos reais. Quando os nazistas invadiram a Bielorrússia (atual Bélarús) fizeram o que sempre faziam: perseguiam os judeus e os assassinavam. Quatro irmãos, depois de verem sua fazenda arrasada e os pais assassinados, partem para a floresta e organizam a resistência. Na floresta eles criam uma comunidade com os judeus que fugiam dos nazistas alemães.
É preciso que se compreenda que os líderes eram oriundos da parte judia mais pobre e, portanto, meio marginalizados pelos próprios judeus mais ricos. Eram até envolvidos com contrabando e, assim sendo, adestrados pela contravenção, o que permitiu eles lutarem como lutaram. O filme é muito bem feito. Tem um endeusamento, que acredito podia ser dispensável, da cultura judaica, mas se tolera porque é tudo muito bem conduzido.

4 comentários:

  1. Entusiasmado com a descrição do filme, comprei num pirateiro (a maior contribuição da China para a Cultura Universal) por 3 reais. Como é lançamento, tive que assistir um promocional em preto e branco.
    Mas valeu a pena!
    O filme é estupendo. Mostra que existiu, sim, um pequeno grupo de judeus que não comeu reggae dos alemães e meteu bala nos nazistas.
    Há vários recados no filme: primeiro, mostra que os russos eram (e continuam sendo...) tão racistas e antissemitas quanto os alemães. Segundo, se Israel não reagir de forma violenta aos homens-de-toalha-na-cabeça do Islam, os judeus vão ser escorraçados do Oriente Médio como o foram de suas casas na Europa Oriental por Hitler.
    Terceiro, judeu que é judeu não abre mão dos seus princípios religiosos arcaicos que, ao fim, acabam sendo sua única fraqueza. Vide a cena em que a mulher estuprada por um nazista alemão é incentivada pelo coletivo a ter o filho.
    Não é preciso ser psicanalista para sentir o que deve ter sido a vida desta criança nascida de um estupro tão letal. Os descendentes desta criança, se é que existiram, devem ter mudado de nome para evitar o inferno em vida que seria ser descendente de nazista entre judeus.
    Fora isso, uma lição para todos nós: se querem te humilhar, reaja à bala.

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  2. O comentário abaixo é meu: Tony Pacheco. E desculpe, "reajaba a bala" não tem crase (sorry!).

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  3. É "reaja" e não reajaba. Cansei. Não corrijo mais. Sou ruim nisso.

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Se vai acusar alguém nominalmente, identifique-se e anexe as provas. Não vamos pagar indenização na Justiça por acusações que não fizemos.