sexta-feira, 9 de abril de 2010

Quem mata não é a chuva

A chuva derrete a máscara ideológica dos governos

Ricardo Líper

Pois é! Chove nesse mundo criado por Deus. A natureza é mãe, não é? Entretanto, aqui no Brasil as pessoas morrem, não por causa das chuvas ou porque jogam lixo nas ruas, elas morrem e a chuva virou uma tragédia, porque as elites dominantes, que se alternaram e agora dividem o poder, nada fizeram para prevenir. O que sabem fazer é encherem os bolsos e até as cuecas de dinheiro. Repare, não estou culpando apenas a atual elite dominante, mas todas que vieram antes e ainda estão aí querendo governar, leia-se ter o poder para empregar, ter privilégios etc. E, como se estivéssemos vivendo o reinado de Calígula, queremos sediar a Copa do Mundo e temos um grupo de militares ajudando o Haiti, mas uma chuva mais forte liquida as cidades do Brasil. Alunos das universidades fazem campanha para ajudar o Haiti enquanto tomam seu leitinho com chocolate nos seus aconchegantes apartamentos. A alienação pode destruir uma nação. Você já viu uma chuva levar o povo ao desespero na Dinamarca? Hem, hem, hem, heeeeeeeeeeeeeeeeeem? Acorda Zé ninguém. E lá neva, seu otário. Continue culpando a chuva, brasileiro Verão. Quá, quá, quá. Cada brasileiro que morre devido a chuva foi asssassinado pelos governos. Estou dizendo governos no plural, viu míopes do PT, no plural, que se sucederam no poder, inclusive o atual. E, tem mais, acabaram os pára-raios? Alguém pode me dizer se descobriram que pára-raios são ineficientes? Quem provou isso e quando?

4 comentários:

  1. quanto pior melhor...

    quando acontece esses tipos de catástrofes os gestores não são obrigados - por lei - a realizar concorrência pública.

    aí os "amigos dos gestores" - empreiteiros - enchem o bucho com obras super faturadas.

    desgraça pouca, meu pirão primeiro!

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  2. Você está certo Ricardo: foram os sucessivos governos que obrigaram as pessoas a invadir e construir nas encostas, penhascos, morros, despenhadeiros e pirambeiras.

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  3. quem mata somos todos nós eu mato muita gente de raiva quando falo mal de certos governos quase todos e nos matamos quando ficamos no nosso cantinho só esperando a maré braba passar............E LULA MAROLINHA SO SABE PEDIR PRA REZAR PORQUE DEPOIS DA TV, DA MÍDIA , É SO TOMAR UMA E IR DORMIR UM POUCO.........ORA.........

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  4. Vocês do "Inimigos..." são engraçados: se dizem anarquistas mas o que mais solicitam é a intervenção do Estado para tudo, retirando qualquer responsabiidade do cidadão, enfim , o governo é o responsável por tudo, pela seca do Nordeste, pelas enchentes no Sul, pela preguiça das pessoas em não quererem abrir um livro para dixarem de ser analfabetas, e por aí vai o rol de culpas do Estado e dos sucessivos governos.

    Mas de alguma maneira e contrariando as crenças anarquistas dos três mosqueteiros eles acertam. A distribuição da população na ocupação do solo urbano no Brasil é uma bagunça que proporciona construções precárias em pirambeiras, penhascos, áreas de risco, com favelas sem ruas que permitam o tráfego sequer de uma ambulância para prestar socorro a um doente ou mesmo de um carro de entrega, isto porque a ocupação foi desordenada e irracional, além de ilegal, com a omissão do Estado.

    Para que as invasões não prosperassem nas áreas de risco se fazia necessária a presença do Estado amparado em uma lei de uso do solo que lhe desse autoridade para impedir as construções arbtrárias, até mesmo derrubando todo tipo de construção ilegal em áreas de risco.

    Nem a ditadura (1964-1985) teve coragem para tanto, para impedir as invasões e a ocupação irracional do solo urbano no Brasil, pois foi na época da ditadura que aconteceu a industrialização mais acentuada e o êxodo rural.

    E se por acaso a ditadura tentasse qualquer coisa deste tipo, disciplinar o uso do solo impondo loteamentos com ruas e passeios largos, arborizadas, com praças e estacionamentos a cada quilômetro, teria encontrado a mais ferrenha oposição em nome da liberdade dos pobres que em sua santidade estariam expropriando os ricos com suas benditas invasões.

    Por culparem o Estado por tudo "Os inimigos..." de alguma maneira estão certos, e acertam sem querer, pois a tragédia provocada pelas recentes chuvas na Cidade do Rio Janeiro é também explicada pela ausência do Estado em fazer prevalecer o interesse público, porque interesse de todos, facultando as invasões e construções em áreas altamente perigosas.

    E o cidadão, qual sua responsabilidade nesta história toda? O cidadão, descarado, pois todo analfabeto é descarado, cínico e escroto, invade e constrói sem a minima racionalidade, construindo a porra de uns barracos em verdadeiras pirambeiras, sem deixar uma rua larga e reta na merda da invasão, agora vai chorar na frente das câmaras de televisão e fazer-se de vítima. Vítima de quem? Do governo? De deus? Só se for dele mesmo, cidadão, e de sua descaração e analfabetismo.

    Até o momento só Stálin e Hitlher tiveram coragem e impiedade para distribuir a população de um país de maneira racional, não permitindo a formação de grandes aglomerados nem permitindo invasões desordenadas. É claro que feriram direitos fundamentais como ir e vir e ficar e outros mais que ninguém deseja sejam violados.

    Como conseguir o que os dois ditadores fizeram mas na democracia, sem agredir direitos fundamentais? Acredito que só a tragédia ensinará e tornará aceitável o disciplinamento do Estado nesta área, pois a simples argumentação racional não será suficiente para analfabetos e políticos puxa-sacos de pobres.

    Daí se pode concluir depois da tragédia do Rio: o Estado não pode mais permitir invasões e construções irracionas tais como à margem de rodovias (pobre adora ficar olhando carros passarem, por isso adora construi nas margens das estradas, para um caminhão passar por cima da casa, do pai idoso ou do filho pequeno) e em pirambeiras e penhascos.

    É uma pena, mas algumas pessoas só entendem pela porrada e sofrimento que a vida traz.

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Se vai acusar alguém nominalmente, identifique-se e anexe as provas. Não vamos pagar indenização na Justiça por acusações que não fizemos.