quarta-feira, 30 de junho de 2010

Marina e bispos argentinos gostam de plebiscitos

Olhem o cartaz da campanha antiminarete na Suíça. Colocaram os minaretes parecendo mísseis, para convencer o povo que todo islamita é um terrorista. E convenceram, pois o povo é oligofrênico.


TOny pachecO

Marina Silva, candidata do PV (quem foi o PV...) à Presidência do Brasil, acuada diante de assuntos que estão na agenda do País, como aborto, casamento de pessoas do mesmo sexo e legalização da maconha, saiu-se com um apelo a plebiscitos. O mesmo discurso usado pelos arcebispos e bispos da Igreja Católica na Argentina, que estão revoltados com o fato de o casamento entre iguais estar sendo discutido no Parlamento em vez de nas ruas.
Plebiscito é uma falácia. Se dependesse deles, o Brasil seria escravocrata até hoje. Imagine os eleitores do Império se manifestando sobre se queriam ou não a escravidão dos negros. É óbvio que diriam sim à continuidade da excrescência escravocrata.
Os países só avançam em suas instituições democráticas se seus dirigentes tiverem coragem e discernimento.
Veja-se o caso recentíssimo da Suíça, um dos países mais civilizados de toda a História da Humanidade.
Colocaram os suíços para votar num plebiscito que não tem nem um ano ainda, e lhes foi perguntado se queriam a proibição de minaretes em seu país. Minarete é aquela torre nas mesquitas (o templo islâmico) na qual os muçulmanos chamam os fiéis para as orações do dia.
Que o Islamismo é uma religião fascista, todo mundo sabe que é.
Que os muçulmanos são inimigos das mulheres de todo o mundo, as humilham, castram e mantêm na servidão, todo mundo sabe.
Que enforcam homossexuais, todo mundo sabe.
Que perseguem qualquer tipo de oposição religiosa ou política, até as pedras do Pelourinho sabem.
Mas, nós, no Ocidente, não podemos nos igualar a iranianos, sauditas ou yemenitas, gente que ainda vive como se a História estivesse congelada no século sétimo depois de Cristo.
Somos uma sociedade que avança justamente porque a democracia se tornou o modo como nos organizamos politicamente. E democracia pressupõe que elejamos os melhores dentre nós para legislar em nosso nome e, assim, fazer avançar (mesmo que aos trancos e barrancos) nossa sociedade.
Pois é, os suíços, resolveram que a democracia deles deveria ter a participação direta do populacho e neste ano da graça de 2010, está proibida a construção de minaretes na Suíça. Uma medida preconceituosa, nazista, racista e antidemocrática, pois, intolerante em relação à religião islâmica. Mas, a medida foi apoiada por 57% dos suíços.
Agora, veja-se a Argentina: se os prelados católicos convencerem os políticos a convocarem um plebiscito sobre o casamento entre iguais, já se pode antever a proibição.
E, no Brasil, país de maioria católica e, agora, com uns 17% de evangélicos de quebra, imagine propor um plebiscito para legalizar o consumo de maconha. Vai dar 90% de rejeição, com certeza.
O povo, na maioria dos países, é mantido na mais abjeta ignorância. Numa ignorância planejada pelas classes dominantes e, ao povo, não deve ser dado nenhum poder legislativo, pois, se não, voltamos à Idade das Cavernas. Por isso, a Espanha, numa penada só, decidiu legalizar o aborto e o casamento entre iguais, de uma penada só mesmo, pois, como país católico mais conservador do mundo, sabia que se fossem os dois assuntos colocados em plebiscito, seriam rejeitados.
Olhem, bispos argentinos e D. Marina Silva, vão todos para o Diabo que os carregue.

domingo, 27 de junho de 2010

Sintomas da Miséria



Ricardo Líper

O que existe e sempre existiu em política é você viver na miséria e os poderosos, através da ideologia, lhe convencendo que você está no melhor dos paraísos. Nós nunca escapamos a isso. Se lembra do Pra Frente Brasil da ditadura militar? Nem me lembro direito a imbecilidade da época. Pois é. Um dos sintomas da nossa miséria e da absoluta dificuldade de se conseguir algum emprego e de oportunidade de qualquer pessoa fazer qualquer coisa para ganhar honestamente dinheiro é você não poder estacionar um carro e um miserável aparecer, sob o pretexto de tomar conta, ganhar ou exigir algum dinheiro. É coisa daqui. Brasilidade. Essas pessoas não têm nenhuma culpa. Conheço uma moça, educada, com segundo grau e que vive com a mãe de guardar carros, como se diz. Já tentou conseguir empregos, é concursista juramentada e nada. E Zezinho Brasilino e Petilda acreditam que estamos no melhor país do mundo.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Crônicas da Copa: Dunga e Kaká

Futebol e arte, combinação indigesta


Dunga e Kaká, tão preocupados, tão tristes.


Luciano Genonadio*

Como diria o compositor Gabriel, O Pensador, “Cara feia pra mim é fome, cara alegre é a cara de quem come”. É a única explicação para tanto mau humor por parte do treinador da Seleção Brasileira, o ditador Dunga. Desde que assumiu o comando da maior e mais vitoriosa seleção do cosmo, Dunga causa polêmica com suas atitudes e demonstrações públicas de falta de educação.
E na Copa da África não está sendo diferente. Que futebol-arte não é o forte do capitão Dunga todo mundo já sabe, agora se descobriu que educação também não faz parte da realidade dele. Dunga esqueceu que a Seleção Brasileira não é nenhuma seleção européia. Treinar um time pentacampeão não é fácil. A maior parte dos brasileiros ama a Seleção e o esporte.
A prova disso? Pergunte a uma criança brasileira qual o seu maior sonho? Com certeza muitas irão responder: “Ser um jogador de futebol”. Se isso é verdade? Bem, não conheço nenhuma pesquisa que comprove, mas uma coisa é fato inegável, o futebol é, sem sombra de dúvidas, uma paixão nacional. Se os franceses lotam o Louvre para apreciar quadros de Picasso, Monet e Da Vinci, no Brasil a arte é pintada por gênios como Robinho, Ronaldinho Gaucho, Pelé, Zico, Rivelino e Garrincha e exibidas nos estádios de futebol.
A alegria é a palavra que sempre norteou o futebol brasileiro. A essência do jogo brasileiro é a arte, o toque rápido, a diversão em jogar bola, a molecagem e malandragem sulamericanas e Dunga tem privado o povo brasileiro desse prazer, que só é alcançado de quatro em quatro anos, e o técnico acha que só tem a obrigação de ganhar. A Seleção tem uma reputação a zelar, a de ter o futebol mais belo do mundo, jogar na Seleção está muito além de ter seis ou cinco estrelas, somos o melhor futebol do mundo.
O time que foi montado é competitivo, pode sim ser campeão do mundo, tem boas chances, afinal, é o favorito. Contudo, o povo espera mais que o título, espera ser o melhor em todos os aspectos, espera ver a alegria nos seus jogadores e o prazer de jogar. Há muito não se vê os jogadores da Seleção sorrindo, jogando, brincando de ser feliz com seu trabalho, tal como a Seleção Portuguesa na goleada de 7x0 sobre a Coreia do Norte.
O comportamento de Dunga o enquadra como ditador, uma pessoa que não aceita críticas e totalmente arrogante e mal educado. Diante dessas características fiquei perguntando qual profissão ele deveria ter para não ser criticado. Encontrei duas: ser um monge tibetano e se isolar no alto de uma montanha (e, mesmo assim, ainda correria risco) e a outra é continuar como treinador, só que da Coreia do Norte.
Em 18 copas tivemos os seguintes treinadores: Píndaro de Carvalho, Luiz Vinhaes, Ademar Pimenta, Flávio Costa, Zezé Moreira, Vicente Feola, Aymoré Moreira, Zagallo, Cláudio Coutinho, Telê Santana, Sebastião Lazaroni, Carlos Alberto Parreira, Luiz Felipe Escolari e Dunga. Todos vencedores, alguns campeões. Em 1958, Vicente Feola ganhou o primeiro título para o Brasil, e surpreendeu o mundo com um craque de 16 anos, seu nome, Pelé. Se Dunga fosse o treinador, será que Pelé seria o Rei do Futebol?
Fica a dúvida, pois a única certeza que tenho é que a nossa sexta estrela será brilhante como todas as outras, porém, será triste e emburrada como o “Zangado” Dunga. Só nos resta lembrar os craques que foram craques e não os fabulosos que são fabulosos também nas mãos...
Alguém tem um Sonrisal para Dunga? Futebol e arte tem provocado uma indigestão muito forte nele.

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O dia em que não jantei com Kaká

ToNy PacheCo

Kaká entrou na onda de Dunga e começou a brigar com a imprensa também, insinuando que Juca Kfouri teria alguma má-vontade com ele, talvez porque Kaká é de igreja evangélica. Acho que ele não deveria seguir os passos do treinador, que é um mal educado reconhecido.
A lembrança que tenho de Kaká é a que me foi passada há uma década, mais ou menos, por um amigo de “família nobre” da Bahia que foi cicerone de Kaká em viagem a Salvador.
Naquela época, ainda se sabia que o nome do jogador era Ricardo Izecson dos Santos Leite e Kaká se escrevia “Cacá”, assim mesmo, com C. Ele jogava no São Paulo. Iniciava a carreira e, inteligentemente, em todo lugar que ia procurava contatos com a mídia para tornar-se mais conhecido. Meu amigo fez contato e eu era editor do caderno dominical de “A Tarde”, o “Lazer&Informação”. Ciente que já tínhamos entrevistado o jogador Zanata, meu amigo pensou: “E porque não dar uma contracapa do caderno Lazer para o iniciante Cacá, que despontava no São Paulo?”
Na época "A Tarde" era o maior jornal do Norte/Nordeste e, aos domingos, estava entre os cinco maiores do Brasil. Infelizmente, este tempo passou.
Só que Cacá, meu amigo advogado e eu demos um azar triplo, pois as entrevistas em relação a esportes eram definidas eu ouvindo Clécio Max, o maior especialista que conheço em futebol. Max estava de férias e fiquei sem referencial sobre se devia ou não dar tanto espaço a um jogador de futebol paulista.
Meu amigo advogado queria marcar um jantar a três no qual eu entrevistaria o então Cacá. Eu preferi não, pois como não entendia nada de futebol, corria o sério risco de entrevistar um jogador inexpressivo. Acabou meu amigo jantando com o jovem jogador em Salvador, Cacá conheceu a culinária baiana e eu, hoje, tanto tempo depois, só tenho a lembrança do dia em que não jantei com o hoje famosíssimo Kaká.


* Luciano Genonadio escreveu a convite de Tony Pacheco, é estudante de Jornalismo e conhece futebol, além de escrever bem.

Quando os brasileiros acordarem

Alex Ferraz

Gostando ou não, torcendo ou não, acabamos todos envolvidos pelo avassalador tsunami da Copa do Mundo, que invade nossas casas, monopoliza a atenção em bares, repartições, restaurantes, hospitais e penetra, discretíssimo, até em velórios. Concordando ou não com a obrigatoriedade do voto, acreditando ou não nos políticos que se põem na vitrine das urnas, somos todos tomados também pelo tsunami (às vezes de lama) que são as eleições, principalmente quando em nível de presidente da República. Embora os mais esclarecidos saibam que a máquina que governa de verdade e controla a economia, que é o que interessa, é uma só, passível de minúsculos e muitas vezes insignficantes ajustes, e que a cena política é para nos distrair desta cruel realidade, acaba-se crendo que realmente algo muda quando mudamos o homem no Planalto.
Este ano temos os dois tsunamis. Até a partida final para o Brasil, que pode ser na quartas de final, na semifinais ou na final, lá vai o brasileiro sonhando com um troféu no qual jamais tocará nem dele terá um grama do ouro para amenizar suas agruras. Passado o futebol mundial, e mesmo ainda enquanto durar a parte final da competição, vem a campanha eleitoral. Promessas, xingamentos, mais promessas e meras ilusões.
Quando, finalmente, os brasileiros acordarem, com hexa ou sem hexa, com Lula ou Serra, perceberão que continuam amargando filas enormes para tentar vaga num hospital público, que a qualidade do ensino público continua de mal a pior, que o esgoto a céu aberto na sua favela continua jorrando, que a juverntude continua tombando vítima de balas, que o salário mínimo é uma piada de pouco mais de 500 reais e que a vida, para a maioria da população desta terra tropical, continua uma rotina infindável de desilusões, de promessas de bilhões que nunca chegam, de tostões que se vão. E aí vamos esperar uma nova eleição, uma nova Copa (êpa, vai ser aqui!) e assim por diante, até o cemitério.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

S. João, interiozão, hora de dar um risão...


ANARRIÊ, "PRALAMENTARES"!!!


O Senador perguntou ao jornalista - Por que Brasília foi escolhida a capital nacional do forró e das festas juninas?

E o jornalista, na lata - Porque tem quadrilhas o ano todo.

Melhores e piores...
Dois tabaréus estão conversando, quando um pergunta:
- Cê sabe me dizê quais são as mió coisa do mundo?
- Boi na invernada, cerveja gelada e muié pelada!
- E as trêis pió?
- Boi doente, cerveja quente e muié da gente!

VAI QUE É SUA

O tabaréu de Itapetinga leva a sua vaca para cruzar com o touro da vizinha de Itambé.
Depois de ajudá-los no que podiam, os dois ficam ali, pendurados na cerca, olhando os animais transarem.
Aí o tabaréu de Itapetinga, muito do malandro, olha com malícia para a vizinha e comenta:
- Cumadre, eu tô doidinho pra fazer aquilo que o seu touro tá fazendo com a minha vaca!
E ela:
- Entonces vai lá, cumpadre! A vaca não é sua?

FUTIBÓR

O zé estava andando pela roça, quando de repente ele passa pela casa do cumpade Jão, que estava assistindo ao jogo de futebol do Brasil na Copa.
Zé pergunta: "Firme, Jão?!
Jão responde: "Né não, sô! É futiborr!"

Tabaréus na cidade...
O casal de tabaréus velhinhos resolve finalmente deixar o torrão natal para visitar a capital.
Eles estão num shopping e assistem a um desfile de moda para apresentação da coleção de maiôs e
biquines de uma grife. Vendo esse espetáculo, o marido fica com os olhos literalmente arregalados.
A mulher passa-lhe um sermão:
- Ei Tião, parece inté que ocê nunca viu perna e peito de mulé antes!
O tabaréu, na lata, responde:
- Sabe que eu tava pensano a merma coisa, muié?


NÃO É PRA CRIAR...

O tabaréu entra numa loja de material de construção e pede:
- Ei, moço... cê tem aí uma tomada?
- Você quer uma tomada macho ou fêmea? - pergunta o balconista.
- Sei não, seu moço! Eu queria uma tomada pra acender a luz e não pra fazer criação!

MANGA COM LEITE

O tabaréu tava lá, em Amargosa, desconfiando que sua namorada, a mulher mais gostosa da cidade, tava excitada demais com o S. João cheio de turistas na cidade. Durante a festa ele resolveu seguí-la. Ela saiu de casa com um vestido bem leve e foi até a praça principal cheia de árvores.
O tabaréu desconfiado ficou olhando bem de longe, pra não dar bandeira. Sua namorada andava na direção de um homem, que estava chupando manga debaixo de uma enorme mangueira, mas ele não conseguia ver o homem direito.
Então ela parou debaixo da árvore com o sujeito, começou a conversar e logo estava sem roupa. O tabaréu ficou furioso e foi correndo atrás deles.
- Você vai morrer! Você vai morrer! - gritava o tabaréu, desesperado.
Quando foi chegando mais perto, viu que o cara era um negão da capital de uns 2 metros de altura e 1,5 de largura.

O negão, que estava chupando os peitões da tabaroazinha loira, se levantou e disse:
- E quem é que vai me matar? Você, seu baixinho magrelo?
- Não senhor - disse o tabaréu - É que o senhor chupou manga e agora tá tomando leite. Isso aí mata, viu?



* pela transcrição e adaptação, TONY PAcheCO

terça-feira, 22 de junho de 2010

Saramago. Uma voz contra o fascismo português.

José de Sousa Saramago


Ricardo Líper



A natureza é essencialmente assassina. Mata o que cria, como já disse dias atrás. Quando um ser não assassina o outro, no que incluo bactérias e vírus, ela trata de eliminar cada organismo que cria nos tempos que estabelece para eles viverem. Bactérias não têm consciência disso. Nós temos, daí nossa angústia, que disfarçamos, nos esforçando para a aliviar, esquecer disso no dia a dia.
Daí, Saramago se foi. Ele foi uma das vozes contra a beatice e fascismo de Portugal. Um país lamentável, por ser reacionário sempre e, ainda hoje, é. O povo é racista, beato e em grande parte saudosista do período de Oliveira Salazar.
Saramago disse não e combateu a beatice fascista desse país o quanto pode, se exilando nas Ilhas Canárias, arquipélago africano da Espanha. O mundo fica mais pobre intelectualmente com sua morte.
Ainda bem que sua voz fica nos livros, nas suas entrevistas e na memória que temos desse grande escritor.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

A Lei de Gerson na África

Alex Ferraz

Quando a seleção argentina ganhou a Copa do Mundo, em 1986, com gol de mão de Maradona, foi um escândalo! O mundo bradou, o Brasil esperneou, o torcedor brasileiro, momentaneamente travestido de pura honestidade e bom caratismo, indignou-se, vituperou contra o juiz, execrou o então grande ídolo do futebol mundial.

Corta para 2010, África do Sul, Braxil 3 x 1 Costa do Marfim. Um gol de Luis Fabiano no qual ele ajeitou duas vezes a bola com braços e mão. O Brasil sorriu matreiramente, o torcedor brasileiro deu gargalhadas orgásmicas diante da inocência (sic) do juiz que foi perguntar ao atacante se ele tinha mesmo usado a mão. Toda a imprensa celebrou. Galvão Bueno levou na chacota, sites falavam de "interferência divina" , tem sido, enfim, uma escancarada apologia da esperteza, do eu quero mesmo é levar vantagem em tudo, da famosa Lei de Gerson.

Retrato do caráter (ou falta de) nacional. Se for a meu favor, vale tudo. Se for para os inimigos, a lei. Asssim agiu ACM, assim age Lula, não menos fez FHC, e de idêntica forma comporta-se José Sarney, no Maranhão, para citar apenas os (alguns) políticos. A esperteza toma lugar da estratégia, o golpe vil substitui a técnica, sob os aplausos dos mesmos que queriam matar Maradona em 1986.

No Brasil, é assim: achou dinheiro e devolveu ao dono? É otário! Disse verdadeiramente o que pensa? É maluco ou desaforado! Foi às ruas protestar? Bem, se for gente da dita esquerda, será uma miragem, pois nos últimos oito anos essa gente prefere ficar contando dinheiro dentro dos palácios; porém, se for "da direita" (genérico sob o qual se classificam agora todos os que têm a coragem de protestar contra tanta falcatrua, tanta corrupção), é "reacionário", um autêntico "inimigo do povo" (com licença de Ibsen, que não é o Pinheiro, faz favor!). No entanto, se você é esperto, dá golpe sem deixar rastro, arma todas para se dar bem se lixando para as consequências em terceiros, se você afaga o poder e espezinha o oprimido, você é o cara, é bróder, é parceiro, é mano, é tudo.

Olha, tem hora que dá vontade de vomitar, pessoal.

P.S - Sabem também o que não aguento mais? Essa gente fantasiada de avançadinha, roupas (cuidadosamente) desleixadas, posando de andrógina, ar supostamente despretensioso, sobrancelhas arqueadas para dar ar de genial quando repetem conceitos estanques sacados em alguma orelha de enciclopédia, o típico "cabeça", que, ao externar suas opiniões reais sobre o mundo através de seus atos e daqueles comentários feitos quando pensam que seu público engabelado não está ouvindo, revela-se um tremendo caretão, homofóbico, reacionário, espertalhão.

domingo, 20 de junho de 2010

Causas da miséria generalizada em que vivemos

Falta de Empregos = Assaltos
Ricardo Líper


No Brasil a miséria é endêmica. As causas são muito objetivas. Todos que têm dois olhos e já leram alguma coisa sobre a realidade que os circunda sabem. Vou enumerar e pronto.


Falta absoluta de empregos.


Motivos por ordem de importância:


1 - Poucas pequenas empresas. A burocracia, os impostos e os assaltos desestimulam qualquer um a abrir algum negócio. Acabou aquela coisa de se empregar o rapaz ou a mocinha ainda estudante como acontecia, até relativamente há pouco tempo, lembram-se? Quem é louco de abrir uma quitanda, uma lanchonete ou algo semelhante? Arriscará a vida porque será assaltado várias vezes, funcionários bandidos dos órgãos públicos vão lhe extorquir dinheiro e ninguém toma providência, os próprios funcionários o colocam na justiça do trabalho e você vai pagar, mais do que é justo, mais cedo ou mais tarde. Pequenas empresas, péssimos negócios. Só as abre quem não tem jeito mesmo. Assim sendo, faltam empregos.

Síndrome de Anne Frank: tenho um amigo que teve uma locadora de vídeo. Muito bem. Teve uma questão trabalhlista depois de fechá-la. Perdeu o apartamento em que morava. Única moradia, o que é inconstitucional. Mas eu vi. Aconteceu e pronto. Tenho que contar. O governo não é de Hitler, é de Lula. Ou não é? Ocorreu aqui e nesse governo. Estou mentindo? Por que não contar a todo mundo? É Brasil. Cadê o petista, que ao ler essas linhas, procura apurar e diz vou resolver. CADÊ? Estou esperando. Fica, como menino de diretório acadêmico em assembléia de estudante, com raiva de mim. É a estatégia que ele tem para a construção do socialismo. A estratégia é ficar com raiva. Daí, o que ocorre na real é continuar inconsequente. Seguindo esse afastamento sistemático de aliados, os petistas podem até não perder o poder agora, mas o perderão em breve. Sou chegado a profecias. Previ e escrevi sobre a queda da URSS. Por isso conto este caso do rapaz que perdeu seu teto, sua moradia, neste governo autodenominado de socialista ou gozando desse título. Pois foi. E todos sabemos que a realidade sempre desmente a ilusão.


2 - As elites governantes não empregam. Só o fazem para correligionários ou inimigos, para fazer conchavos. O populacho se fode, apenas. As atuais elites governantes não dão nada a ninguém. Só para fazer conchavos. Estou falando dos pequenos cargos, os que podem ser preenchidos sem concurso.


3 - O aumento da população é outro fator do desemprego endêmico, resultado da mentalidade católica natalista e familista. Ninguém critica porque seguem a moral pregada pelo tomismo (do "santo" Tomás de Aquino).

O resultado, Zezinho Brasilino, é você não poder sair que é assaltado, não ter hospitais que possam lhe atender, até mesmo com seguro saúde você precisa de pistolão e tem muita chance de morrer de pneumonia indo operar qualquer osso quebrado.


Agora vá berrar, otário, Brasil! Brasil!, que hoje é dia.


Se tívessemos consciência política estaríamos todos de preto no dia de jogo do Brasil e com as TVs desligadas.

sábado, 19 de junho de 2010

África do Sul? Vá e não me chame.

"Distrito 9" é science fiction, mas é África do Sul real o tempo todo.


tony pacHEco


Você vê os estádios da África do Sul, a maioria deste tipo de arquitetura modernosa que a China consagrou nas Olimpíadas, e pensa, como o presidente Lula quando visitou Windhoek, na Namíbia: "Tão legal que nem parece a África".
Não parece e nem é.
Primeiro - é um país recordista na epidemia de AIDS: 20% da população adulta do país está contaminada pelo vírus da imunodeficiência adquirida. Das prostitutas e prostitutos sulafricanos, 47% (quase a metade) estão infectados. E a situação não muda porque as tribos que se revezam no poder desde o fim do racismo institucionalizado (apartheid) em 1990, não têm quadros na área de Saúde para encaminhar a solução do problema.
Para se ter uma idéia, a ex-ministra da Saúde, Manto Tshabalala-Msimang, há pouco mais de três anos ainda entrava em rede nacional de TV e rádio para recomendar o uso de BETERRABA E ALHO para "curar" AIDS.
Quando ela saiu do Ministério da Saúde, em 2007, colocaram uma especialista em saúde pública que no mesmo ano foi logo demitida porque viajou para uma Congresso de Combate à AIDS na Europa. É por aí que a carruagem anda na África do Sul...
Segundo - os grupos tribais que se impuseram no poder não deixam o país avançar e o governo negro tem que pagar salários altíssimos para manter os brancos (mão-de-obra altamente especializada) nos postos de trabalho para que o país não entre em colapso, pois logo depois da posse de Nelson Mandela, houve uma debandada de brancos em direção à Europa e os brancos eram, justamente, os médicos, engenheiros, professores, arquitetos, enfim, aquilo mesmo.
Terceiro - O problema de trabalho na África do Sul é catastrófico: 40% da mão-de-obra do país está desempregada e o resultado disso é uma violência epidêmica.
Quarto - Turismo na África do Sul é pior que no Brasil. Para se sair à noite, só em comboios com guardas armados. Ninguém se aventura alguns passos longe dos hotéis.

Resumo da ópera: o apartheid acabou, mas 20 anos depois do fim da supremacia branca, até agora, os 47 milhões de habitantes (40 milhões negros) não viram mudanças substanciais. A maioria negra continua afastada da propriedade das terras, por exemplo, que continua nas mãos, em 80%, dos brancos.
A miséria é tamanha, que nas grandes cidades a favelização aumentou estupidamente nos últimos 20 anos de supremacia negra.
Os políticos sulafricanos conseguem ser mais bizarros do que os brasileiros. Só estão interessados em seus projetos corporativos e a corrupção campeia.
Por fim, o presidente do país, Jacob Zuma, consegue transformar o nosso presidente Lula em estadista, filósofo e o que mais você desejar. Pois, pense bem: Zuma é polígamo (tem três esposas oficiais e outras não-oficiais) e sua vida pessoal é uma comédia tão bisonha quanto a vida de Berlusconi na Itália e um incentivo à avacalhação nacional.

Chega, não aguento mais. E a TV vendendo ao mundo inteiro uma imagem de girafinhas comendo folhinhas no alto das árvores. Olhe, me deixe!

P.S.: quer entender a África do Sul? Veja o filme "Mandela" e o filme "Distrito 9" que você vai ter uma idéia mais ou menos sem precisar correr o risco de tomar um tiro em qualquer esquina da Cidade do Cabo ou de Johannesburg.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Filosofia. O que penso e acredito

Prometeu Acorrentado

Ricardo Líper

A questão da existência de Deus

Fica difícil para a teologia justificar a morte. Que Deus é esse, descrito como a suprema bondade e a justiça em si, que cria seres para morrer? Como um Deus boníssimo mata o que cria? Na maioria das vezes matando com um sofrimento atroz, com requintes de crueldade para quem morre e para os entes queridos que permanecem vivos para sentirem a falta dos que se foram. Essa contradição no seio da teologia a liquida. Parece-me sensato admitir que seja a morte dos seres existentes, supostamente criados por Deus, uma das provas da sua inexistência. A não ser que se admita um Deus malévolo, satânico, arbitrário, que criou o mundo por maldade e o homem à sua imagem e semelhança. Algumas vezes fico tentado a acreditar nessa versão.

A falta de sentido do mundo na vontade de Schopenhauer e na náusea de Sartre

Já Schopenhauer acertou na mosca quando escreveu que a natureza é regida por uma vontade cega e sem sentido, existindo para se multiplicar aleatoriamente. Sua única finalidade é permanecer existindo através de todos os seres que cria sem nenhum objetivo. As criaturas que gera ela descarta depois de usar truques, como pequenos e efêmeros prazeres, para que elas se reproduzam e depois envelheçam e morram. A vontade, quando um ser morre, continua nesse processo insano e sem lógica nos outros seres porque ela está em todos. Os que morrem não alteram a maneira de ser da vontade, ao contrário, fazem parte dela que os descarta após terem se reproduzido. Todos eles estão no mundo para se replicarem em um círculo vicioso sem sentido orquestrado por uma vontade sem nenhum objetivo a não ser manter-se viva, através deles, para nada.
Sartre chega a conclusões próximas às de Schopenhauer sobre a condição humana. Ele mostra que somos uma consciência que é jogada no mundo. Livre, porque consciência (um ser para si), mas uma paixão inútil. O homem ao perceber o absurdo da condição humana sente angústia, náusea, desespero.

A importância da consciência no sentido da antropologia filosófica e não da teoria do conhecimento

E aí estamos no cerne da questão: nós somos seres dotados de consciência. E a consciência dialoga com o mundo e com nós mesmos enquanto corpo mortal e natural. A consciência filosofa. A consciência se angustia. Nós somos um ser para nós mesmos. Nos visualizamos como uma coisa entre coisas e outras consciências que nos coisificam. Ficamos abismados com o absurdo da nossa própria condição.
Schopenhauer depois de descrever as artimanhas da vontade dá como solução para a falta de sentido da condição humana a renúncia aos prazeres ilusórios do mundo e ver na consciência o instrumento pelo qual podemos escapar da vontade. Sugere que a consciência pode vencer a vontade da natureza pelo ascetismo. Barrando todos os truques (desejos) que a vontade utiliza usando nosso organismo, fruto de uma natureza que é a expressão da vontade, para nos iludir e fazer sofrer. Sugere a busca de uma paz para além do véu de maia. A renúncia aos prazeres do mundo, como propôs Schopenhauer, para resolver o absurdo da condição humana não me convence. A renúncia como uma estratégia circunstancial tem algum valor, mas como meta de vida, não.

A solução dos antigos gregos

Para mim foram os antigos gregos, não necessariamente todos os seus filósofos, que deram a melhor solução. Eles a mostraram nas suas tragédias e a estabeleceram na sua prática. Eles disseram nelas que o homem se afirma como homem quando luta contra seu destino. Seu destino é essa condição humana denunciada por Schopenhauer e Sartre séculos depois que eles intuíram magistralmente. Esse é o espírito da tragédia grega. A luta do homem contra um destino que o irá vencer no final. Entretanto, o homem, mesmo sabendo que será vencido, luta assim mesmo e, ao fazê-lo, afirma-se como homem. Quer dizer, dá um sentido à vida e assim transforma a angústia em heroísmo e então se apaixona por si mesmo. Nessa atitude se transforma em uma obra de arte. Inclusive vive se preparando diariamente para lutar, através do agoge (treinamento) para chegar ao arete (excelência), e se afirmar como homem. Prometeu desafiou os Deuses para afirmar sua humanidade. Daí minha admiração por Esparta e pelos gregos antigos. Só compreendendo a atitude de Prometeu, Aquiles, Pátroclo você entende os 300 de Esparta, o haraquiri dos samurais e o de Yukio Mishima.
Querendo ou não parte da humanidade sempre seguiu essa maneira grega de enxergar o mundo e o homem. Quer na ciência, nas mudanças sociais e em tudo aquilo que nos faz enfrentar o destino aleatório e sem sentido que a nossa condição humana nos condena. Esse é o otimismo e humanismo nos quais acredito.
Marx e Bakunin deram suas contribuições para nos fornecer os fundamentos e as estratégias para as lutas sociais. Sou apaixonado pelo materialismo histórico de Marx e pelo conceito de liberdade política de Bakunin. Cabe ao homem, através da luta contra o destino que lhe é imposto pelos deuses através da natureza e na sociedade pelas elites sociais, dar sentido a si e ao mundo.
E Nietzsche?

A culpa é do povo

Alex Ferraz

Cada povo tem, não só o governo, mas o país que merece. Assistindo à estreia do Brasil na Cópula do Mundo, e sem qualquer ânimo para torcer para a Seleção Canalhina e menos ainda pela ditadura da Coreia do Norte (vocês sabiam que só o governo tem acesso à internet, lá? Pois é...), mantive-me neutro, vendo a partida por puras razões profissionais, pois, como jornalista, fui incumbido de fazer alguns comentários. Galera, quase fui linchado! As pessoas à minha volta, em um bar, estranharam meu silêncio e ficaram chocadas por que eu não pulei da cadeira, aos berros de "Brasiiiiil, pôrra!", quando saiu o primeiro e suadíssimo gol.

Aí, pensei: é este o povo brasileiro. Os políticos botam pra lenhar em cima dele, roubam escancaradamente, se candidatam e recandidatam ao longo de décadas, sugam quase metade do suadíssimo salário em impostos que jamais são devolvidos sob a forma de serviços públicos, e ele, o povo, não diz nada. No entanto, diante de um jogo de futebol, seja do Bahia, seja da Seleção, mata e morre, literalmente, se necessário. São capazes, os brasileiros, de linchar quem não se enquadrar na euforia histérica, de matar o juiz que garfou seu time, de esquartejar o técnico que não soube armar a equipe, de estrangular o goleiro que engoliu um frango. Dão plantão na porta da casa do jogador que errou para ferrá-lo, mas babam o ovo do político que engabela, desdenha deles, até.

Costumo tomar umas geladinhas em alguns botecos da cidade, e observo a atenção do público presente diante do que transmite a TV: sequer olham para a tela enquanto são divulgadas notícias sobre política, economia etc. Mas ficam todos de olhar fixo na tela e ouvidos atentos diante do Globo Esporte, discutindo, exercitando teorias, fazendo críticas, dando opiniões, tentando mudar o mundo...Da bola!

Se você está numa fila de banco onde os 15 mimutos de tolerância legal já foram pro espaço e já se amargam 40 minutos, uma hora ou mais, e resolve criticar, alto e bom som, é visto como maluco e a maioria absoluta das pessoas abaixa a cabeça, olha para os lados e assume aquela atitude de "com doido não se discute". Se ocorre mesmo numa fila de supermercado, a reação é idêntica. Somos um povo pacífico? Zorra nenhum! Somos um povo covarde, alienado, despolitizado, servil.

Na porta do hospital que não lhe atende, silêncio e subserviência; diante do filho morto pela Polícia ou bandidos, na porta da casa, conformismo e, atualmente, nem mais uma lágrima; mas na chegada do ídolo do BBB ou de um candidato em campanha, euforia, histeria, festa. Tem jeito não...

terça-feira, 15 de junho de 2010

DIZER A VERDADE: sobrou pra mim...

toNy Pacheco

Brasil derrota a Coréia do Norte no futebol feminino

Publicada em 09/08/2008 às 10h37m

Marta abraça Daniela, autora do primeiro gol  do Brasil sobre a Coréia do Norte - EFE

RIO - Com gols de Daniela Alves e Marta, o Brasil bateu a Coréia do Norte por 2 a 1 na manhã deste sábado e conseguiu sua primeira vitória no torneio feminino de futebol dos Jogos Olímpicos.

Pois é, sobrou pra mim dizer a verdade. Vejam aí: a Seleção Brasileira Feminina de Futebol também conseguiu passar pela Coréia do Norte apenas com um placarzinho de 2 x 1. Igualzinho ao placarzinho de hoje, terça-feira (15/06/2010), quando a Seleção Brasileira Masculina de Futebol só conseguiu 1 gol de diferença sobre a Coréia do Norte.
A Coréia do Norte é a centésima quinta seleção de futebol do mundo, segundo a FIFA.
A Seleção Masculina Brasileira fica sempre entre o primeiro e o segundo lugares...
Mas o que foi feio, MESMO, foi ver Luís Fabiano e Felipe Melo espancando os jogadores minúsculos da Coréia do Norte. Fabiano chegou a tirar sangue do joelho de Tae Se, o melhor jogador da Coréia do Norte. Foram mais de 12 espancamentos literais dos jogadores SEM FAMA, SEM DINHEIRO, SEM NADA, da Coreia do Norte.
Do alto de minha ignorância, pensei que só a Argentina usava o espancamento dos adversários como estratégia para vencer jogos. Pelo visto, sou um idiota mesmo: o Brasil é que usa o espancamento de adversários TEORICAMENTE MAIS FRACOS, mas, que, na prática, nos deixam 50 minutos no TERROR TOTAL.
Agora, o que Galvão Bueno jamais dirá (já viram a campanha internacional "Cala a boca, Galvão!") é que a Coréia do Norte METEU UM GOL no Brasil depois de estar perdendo por 2 a 0. E, pior, não foi gol de falta. Foi uma jogada construída e finalizada com maestria pelos coreanos. Toda a MIDIA AMESTRADA ficou 30 dias dizendo que a Coreia do Norte NEM EXISTIA para o futebol. Huuuuummmmmmm!!!
Concluo só dizendo uma coisa: tomara que o Brasil ganhe esta Copa, pois se não ganhar, o Sr. Lunga (Dunga? Funga? Munga? sei lá...) só conseguirá emprego em Nauru...
Comentar mais o que, galera?

A CULPA É DA VÍTIMA

Outro evento que GRITA em Salvador é a delegada EXPLICANDO por que não descobriu ainda quem matou o jornalista JORGE PEDRA.
Disse ela, lá pelas tantas, que não consegue encontrar o assassino porque Jorge Pedra transava com vários parceiros diferentes.
Então, ficamos SABENDO que quem tem muitos parceiros sexuais PODE SER ASSASSINADO À VONTADE. É o recado da Polícia do Governo de Todos Nós.
Por extensão, entendemos que:
1) as meninas negras assassinadas no Pero Vaz, morreram porque são NEGRAS, POBRES e moram no PERO VAZ. Se fossem loiras, olhos azuis e morassem no Alto Itaigara, não teriam sido assassinadas e, se o fossem, a Polícia descobriria logo os assassinos.
2) os jovens mortos em Vitória da Conquista, teriam seus assassinos logo identificados se: não fossem pobres, não fossem moradores de uma cidade de interior de um estado pobre como a Bahia. Deveriam ser loiros, ricos, brancos e morarem em Oslo. Assim, não seriam assassinados.
3) Nativo, o líder ambientalista (como o Partido Verde é estranho, não fala nada deste crime...) que defendia o Abaeté e Itapuã, foi assassinado, segundo a lógica da delegada do Governo de Todos Nós, porque era preto, era ambientalista e não se tocava que morava em Salvador, onde só quando morre um delegado é que o CSI Bahia entra em ação. Se Nativo tivesse sido batizado de NATIVE, fosse loiro e defendesse as sequóias da Califórnia, não teria sido assassinado e, se o fosse, os culpados teriam sido logo encontrados.
Comentar o quê, galera?

domingo, 13 de junho de 2010

Um País com as Pessoas em Trapos

O calçado oficial do povo brasileiro


Ricardo Líper

Não sei se já escrevi isso. O Brasil tenta vender uma imagem de progresso. Que tem isso e aquilo. É mentira. Pode ter isso e aquilo, mas tem um teste simples. O nosso povo, observe, anda andrajoso. Em trapos, literalmente. E de chinelos. Isso é pobreza, miséria, necessidade. Quando você volta de um país civilizado onde o povo não está na miséria o que mais choca é isso. Observe para não ser feito de besta por assesores de imprensa dessas elites dominantes irmãs siamensas em muita coisas, principalmente na falta de vergonha. Mesmo as classes brancas e altas andam mal vestidas escondendo as dívidas dos cartões de crédito e os nomes nos órgãos que vigiam o crédito. Aquela brancura e realeza é, muitas vezes, apenas tiração de onda. Pose não ocupa lugar nem gasta dinheiro. Estamos todos fudidos. Só escapa a elite que no momento está no poder ou quem está roubando. O resto se lenha nesse país de miseráveis e desgraçados.

Ciúme com classe é outra coisa...

Um homem de meia idade escuta a campainha de sua casa tocar, e ao abrir a porta, dá de cara com a vizinha do andar de cima que lhe pergunta:
- O senhor tem pênis?
Indignado com a ousadia, ele bate-lhe a porta na cara.
Na manhã seguinte, toca a campainha, e a mesma mulher que lhe faz a mesma pergunta. Furioso, o homem bate-lhe a porta na cara novamente.
No terceiro dia repete-se a mesma cena. Quando a esposa chega de viagem, ele enfim lhe conta o acontecido.
Sentindo-se ultrajados, marido e mulher combinam a idéia da esposa:
- Amanhã, quando essa cretina aparecer, me escondo, você atende e então eu apareço e lhe esmurro a cara.
Na manhã seguinte, toca a campainha e a esposa, antes de se esconder, diz para o marido:
- Se for a mesma mulher, diga-lhe que sim, que você tem pênis, para sabermos o que ela vai dizer.
Ele atende, e a mulher está lá de novo com a mesma pergunta:
- O senhor tem pênis?
Ele responde:
- Tenho, sim senhora!
- Ah, ótimo! Então me faça a gentileza de pedir à vaca da sua mulher que pare de usar o pênis de meu marido e passe a usar o seu. Muito obrigada pela sua atenção! Até logo.

Com classe é outra coisa!!!

* sem autoria, pela transcrição, tony pacheCo.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

África, um país de contrastes

Alex Ferraz

O título deste comentário repete um chavão abominável de chamadas, tanto em panfletos turísticos como em jornais e revistas, para textos que tratam de países onde a pujança da natureza e o exotismo de alguns traços culturais (eu disse: ALGUNS!) convivem com com uma situação social retrógada, miserável, abjeta. É quase sempre assim que visitantes com mentes pueris iniciam artigos sobre a Índia que viram, sobre o Paquistão que visitaram ou...Sobre a África!
É o que se tem visto, a fartar e com sobra de metáforas, alusões e “literatura” de péssimo gosto, nas transmissões ao vivo da África do Sul, em razão da Copa do Mundo, e também em muitos textos de jornal. O frenesi histérico de uma população cujo estágio de pobreza ainda é medieval, em contraste com a riqueza de uma meia dúzia (mantendo vivo o apartheid social), ao correr atrás das seleções que chegam em possantes e imensos jatos, cercadas por carrões, segurança e um fardamento invejável, é traduzido pelos narradores do “ao vivo”, em todas as emissoras, como “a imensa alegria deste povo que festeja com orgulho tão importante momento para a nação” ou coisa que o valha.
Nada disso! Histeria semelhante só vi no Haiti, quando a Seleção Brasileira foi fazer um jogo benficiente por lá. É um comportamento tipicamente provinciano, resultado da situação de um povo que, na falta de qualquer perspectiva para si, entra em transe com o inalcançável sucesso alheio, ultramarino. Na minha opinião, os gastos com a Copa da África, a pompa das delegações, os preços dos ingressos, a ostentação de riqueza nababesca que se faz em território africano é um acinte à situação de miséria absoluta e abandono daquele continente. E só é festejada pelos africanos porque, tal e qual boa parte da população brasileira, eles vivem na ignorância total.
Um sinal de respeito seria parar de colocar máscaras bucólicas para esconder a miséria e a alienação absolutas.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

E Shakira salvou o dia!


Shows sem direção até o momento em que entrou a árabe-hispânica e salvou a Copa da África


tonY pachecO

Eu vi o show de abertura da Copa da África do Sul, hoje, quinta-feira, 10/06/2010, do início até o fim, não por causa do futebol, mas porque gosto de música e estou com um livro no prelo (momento merchandising - perdoem-me Alex e Ricardo -): "Psicanálise da Mente Artística".
Se Shakira, uma artista com ascendência árabe-hispânica, não tivesse sido escalada para o final do show de abertura da Copa 2010, realmente, teríamos assistido, ao vivo e em cores, ao maior fracasso do showbusiness mundial.
E é aí que nós dizemos: COMO FAZ FALTA UM FERNANDO GUERREIRO.
Guerreiro é um diretor teatral fabuloso. Baiano, mas altamente cartesiano (de Descartes, da lógica cartesiana), que nos ensinou, a todos nós, do Ocidente, a colocar lógica em todos os atos de nossas vidas. E por que necessitamos de um diretor teatral pra um show de abertura da Copa onde só há músicos?
Vamos à parte didática do blog, no ritmo da Copa da África: 1GOAL, educação para todos.
O artista sofre de um transtorno de personalidade que o faz acreditar que ele é SUPERIOR A TODOS OS OUTROS SERES HUMANOS.
Às vezes, é... Mas, outras vezes, não...
Para que o artista seja uma CELEBRIDADE, é necessário que o seu EGOCENTRISMO encontre-se de maneira virtuosa e coincidente com o RECONHECIMENTO DO PÚBLICO. Não há artista sem que o Ego dele se encontre com o reconhecimento de alguém (não vale a mãe, o pai e os parentes próximos kkkkkk).
Para se dar este encontro entre Ego do artista e Reconhecimento do público, faz-se necessário um INTERMEDIÁRIO.
Nunca existiu artista CÉLEBRE sem produtor, empresário ou, nos tempos antigos, o MECENAS.
O artista precisa de alguém que DIRIJA seu ego para o SUCESSO.
E, aí, voltamos ao palco da celebração da Copa 2010.
Black Eyed Peas, uma banda que tenho veneração, sem um diretor, fez um show MORNO, que quase me fez dormir depois de duas latinhas de cerveja...
Depois, Angelique Kidjo, que eu conheci através de DANIELA MERCURY, que a convidou para gravar uma música espetacular que Alex Ferraz, Clécio Max e eu tocávamos na Itaparica FM em nosso programa "Muvuca Baiana", todos os dias; também, sem direção, Angelique cantou músicas horrorosas que só agradam a ela mesma.
DEIXE UM ARTISTA À VONTADE E ELE NÃO FARÁ SUCESSO, POIS NÃO SERÁ RECONHECIDO PELO PÚBLICO...
Aí, vieram, dupla de malineses chatíssimos. Grupo de bérberes da Argélia misóginos (inimigos de mulheres). Sulafricanos chatíssimos, pretos e brancos. Sim, brancos chatos, como os Parlotones, sulafricanos brancos que fazem sucesso na Alemanha (só podia ser na Alemanha...).
Aí, surgiu, SHAKIRA. Colombiana. Hispano-árabe. Com a bunda abundante. Com a voz quente, mesmo com o palco a 9 graus Celsius (mais frio que na geladeira aqui de casa, que funciona aos 10 graus Celsius).
Shakira é sensualidade. É musicalidade. É latinidade. Se não fosse Shakira, o show de abertura da Copa da África teria sido o MAIOR MICO DA HISTÓRIA.
A falta de direção artística (no sentido que Fernando Guerreiro dá a um show ou a uma peça teatral) na abertura da Copa, tornou a abertura uma coisa chata, sem nexo, monótona, desencontrada, transformando Alicia Keys, que é um monstro artístico de tão maravilhosa; transformando o Black Eyed Peas numa coisa monótona, eles, que são outros monstros das boates de todo o planeta.
Pois é, sem direção, o músico, que tem o Ego maior que o mundo, só faz bobagem.
FALTOU DIREÇÃO.

FALTOU BRASIL

Agora, o mais lamentável, MESMO, foi a ausência do Brasil no palco de abertura artística da Copa 2010 na África do Sul.
Quer dizer, o nosso Grande Líder, que é tão amigo de ditadores como Fidel Castro e Mahmoud Ahimadinejad, que matam seus povos em fuzilamentos sumários, não tem qualquer aproximação com o presidente Jacob Zuma, da África do Sul. Deve ser, arrisco o palpite, porque pernambucano não gosta de preto. Êta povinho racista! É real! Pernambucano odeia baiano, porque tem preto demais na Bahia... Investiguem, não acreditem em mim...
E aí, deu no que deu. Nós, que temos Ivete Sangalo, Daniela Mercury (que é parceira de Angelique Kidjo, que se apresentou na abertura da Copa) e outros "monstros" do showbusiness, NÃO APARECEMOS NA ABERTURA DA COPA DA ÁFRICA.
Nós, que temos 40% da população com um pé na África (inclusive, dois dos autores deste blog - eu, com meu avÔ e minha bisavó - e Alex, também na mesma linha e com mais afroascendência...), FOMOS OS GRANDES AUSENTES NA ABERTURA DA COPA DA ÁFRICA.
Lamentável! Nosso presidente futebolístico não tem nenhuma influência na FIFA nem na África do Sul. Nem nossos produtores musicais têm qualquer influência no showbusiness internacional.
Somos, em todos os sentidos, AMADORES.
Só temos a lamentar!

pOST scriptum: will.i.am, líder do Black Eyed Peas, recebeu, DO NADA, de alguém no público, uma bandeirinha do Brasil e, por simpatia inexplicável, ficou segurando nossa bandeirinha até o final da abertura musical.
Sugiro a todos os prefeitos do Brasil que batizem uma rua de suas cidades com o nome do will.i.am, o maravilhoso (não porque segurou nossa bandeirinha, é porque ele é músico de se fu...er), pois ele salvou a nossa INSIGNIFICÂNCIA.

Maradona, meu herói!


Não ia torcer por ninguém, mas depois de ver Dieguito muito doido, meu coração está com a Argentina hehehehehehe

tony pacHeco


Enquanto Dunga promove uma concentração da Seleção Brasileira com a presença de um pastor evangélico, Diego Maradona faz uma concentração aberta para a Seleção Argentina, fumando charuto (e sabe-se lá mais o quê hehehehehehhehe) e brincando com os jogadores.
É um mundo muito doido e fascinante.
O brasileiro, que sempre foi tido como um povo alegre que nunca permitiu que suas autoridades incompetentes fizessem de sua vida um lugar triste e enfadonho, hoje, graças a estes alienígenas evangélicos sustentados pelas matrizes americanas, está se tornando um povo triste e travado como os carneiros na hora do abate.
E os argentinos? De matriz cultural nitidamente européia (espanhóis e italianos), los hermanos antes eram caretas, agora são muito doidos, vivedores, alegres, felizes.
Falar nisso: alguém aí tem uma bandeira argentina para eu colocar na minha varanda nesta Copa?

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Corre, corre, freguês!


Olha a mãozinha nas cadeiras... Este leão é leoa, kkkkk

TONY pacheco

É aquilo mesmo, não muda nada! Copa do Mundo em país pobre não dá outra coisa: a FIFA (Fédération Internationale de Football Association), com medo de transmitir os jogos da Copa da África do Sul com as arquibancadas vazias, vendeu, nos últimos dias, ingresso a R$38,00. Mais barato que decisão do Campeonato Paulista, que tem arquibancada a R$80,00.

O povo sul-africano é um dos mais pobres do mundo e o país tem uma violência endêmica nas grandes cidades, igual às nossas metrópoles. Os turistas estrangeiros esperados (mais de 600 mil) ficaram pelo caminho e não devem ultrapassar 300 mil.

MÍDIA AMESTRADA

A mídia comprometida não vai te contar isso, mas a FIFA ficou desesperada quando ficaram faltando poucos dias para a Copa da África e viu que tinham 800 mil ingressos "encalhados" e apenas oito das 64 partidas com a carga máxima vendida.

E, aí, tome-lhe liquidação e o povo pobre da África do Sul finalmente viu surgir a oportunidade de ver as jogos, pois, se houvesse o sucesso turístico que era esperado, não haveria negros nos estádios, só os europeus, capazes de pagar até R$380,00 por um lugar na arquibancada com visão semi-obstruída.

VAI SOBRAR PRA NÓS

A galera que entende do riscado já antecipou: o Brasil será a vítima do fracasso financeiro da Copa da África. Nossos ingressos serão mais caros, em 2014, para compensar os prejuízos de 2010.

E mais, como o Comitê Organizador sabe que brasileiro é tão alienado que deixa os filhos com fome, mas compra ingresso para jogo de futebol, então, a FIFA pretende lavar a jega é com nosso dinheirinho suado.

Quer dizer: nosso, lá deles, porque não pago um tostão furado para ver uma parada toda ensaiadinha como é Copa do Mundo (é só lembrar de Ronaldo Fofômeno...).

terça-feira, 8 de junho de 2010

Os Equívocos da Esquerda Festiva

Para as elites sociais o dono deste veículo é um burguês

Ricardo Líper

Zezinho Brasilino comprou um desses apartamentos de conjunto financiado em vários meses. Longe de tudo. Mas comprou. Conto depois o que sofreu para comprar. A esquerda festiva no poder achou que estava resolvendo o problema da moradia no país da Copa. Zezinho Brasilino é funcionário de uma empresa de seguros ganha uns R$ 1.000,00. Juntou com a muié, que é empregada doméstica, mas registrada em carteira e tudo, e compraram um carro com muitos anos já nas costas. Aí começou o tormento. A esquerda festiva e a direita predatória acham que quem tem carro é burguês. Zezinho Brasilino não pode botar gasolina. Se endivida para botar gasolina. Paga os mesmos impostos que o empresário corrupto que mama nas tetas do governo. Já ambos, tanto a direita predatória como a esquerda festiva, se no poder não pagam gasolina. Só Zezinho, considerado burguês, por eles, é quem paga e caro. Não há transportes para Zezinho. Isto é, ele leva quase uma hora para chegar a qualquer lugar que precise ir fora de seu bairro. Sinceramente, eu não sei porque Zezinho vive rindo. Fico até com raiva desse riso de idiota do Zezinho. Robespierre, Marat, jacobinos, onde estão que não respondem? Reencarnem por favor...

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Já sei em quem NÃO vou votar

Quando vejo esta criatura só me lembro de uma professora-ditadora lá em Minas. E você, ela lembra o quê?


tony pacheCo


Meus camaradas socialistas libertários têm verdadeiro pavor de processo eleitoral pois, com toda razão, entendem que são apenas maltas sedentas de dinheiro público disputando o butim.
Mas eu sou diferente. Não só tenho opinião eleitoral como até participo de eleição. Sempre pra me chatear, a bem da verdade.
Votei e fiz campanha para Waldir Pires e como prêmio ele nomeou um diretor do Diário Oficial do Estado, do qual eu era assessor de imprensa, para me demitir e colocar amigos do antigo PCB no meu lugar.
Votei e gastei dinheiro na primeira campanha de Lula e como prêmio os "amigos" de Lula onde eu trabalhava me demitiram.
Lamento, mas não aprendo.
Este ano não sei bem em quem vou votar, nem mesmo se irei votar, pois Dilma e Serra são tão parecidos que terei que usar meu olhar eletrônico para ver quem é o menos pior.
Mas, de uma coisa eu sei: não vou votar e ainda farei campanha contra Marina Silva.
E digo o porquê: a venerável senadora do Acre confessadamente é membro ativo da Assembléia de Deus, uma religião evangélica que prega a intolerância com o direito inalienável das mulheres ao aborto, e prega contra o casamento de pessoas do mesmo sexo, outro atraso social brasileiro. Além disso, Marina Silva é do tipo xiita nas relações das ONGs ambientalistas com os empreendedores econômicos, isto é, num improvável governo seu, o Brasil sofreria uma estagnação brutal, pois qualquer córrego de esgoto numa grande cidade como Salvador pode impedir a construção de uma avenida estruturante ou qualquer outro empreendimento de interesse público.
Pronto, agora já estou com a consciência tranquila: a "aiatolá" Marina Silva, se depender de mim, deve voltar para o Acre e continuar defendendo a floresta. De preferência bem lá no meio da floresta, com os micos e oncinhas das quais ela tanto gosta.

domingo, 6 de junho de 2010

O mistério de Camaçari

Alex Ferraz

O município de Camaçari tem o segundo maior orçamento da Bahia, só perdendo para Salvador. Em 2008, foram R$ 489 milhões. A arrecadação de ICMS gira em torno de R$ 200 milhões. Esses são números revelados, mas sabe-se que, no total, passam pelos cofres públicos, anualmente, algo em torno de R$ 1 bilhão. Lá está o Pólo Industrial de Camaçari, com cerca de 60 indústrias químicas e petroquímicas, além de automotiva (a poderosa Ford), têxtil, metalurgia de cobre, bebidas e outras.
O município é administrado pelo prefeito Luiz Caetano (PT) desde 2004, quando, como uma boa força do PT nacional (e bota força ni$$o), ele conseguiu trazer até inimigos ferrenhos para seu lado, e venceu.

Hoje, Camaçari, em cerca de 230 mil habitantes e tanto dinheiro, vive uma situação de penúria em relação à segurança pública, com dezenas de crimes insolúveis e assassinatos, como o mais recente, do delegado Clayton, que todos sabem ter sido morto pelo crime organizado. Há um toque de recolher branco na cidade, pois poucos são os que têm coragem de ficar nas ruas até mais tarde. Frequentar bares, botecos e até mesmo o Mercado Municipal é um risco tremendo. Transitar pela Cascalheira, uma das principais vias de acesso á cidade (e pela qual passam executivos da Ford e do Pólo Petroquímico, além de muitos dos milhares que vieram de todas as parttes do País para trabalhar em Camaçari), é uma aventura de alto risco.

O prefeito prometeu tirar a linha férrea do Centro da cidade, na campanha de 2004, e nada fez. Além disso, a periferia de Camçari é de uma pobreza ofensiva, totalmente destoante do orgulho municipal de abrigar o maior complexo industrial do Hemisfério Norte.

Fica no ar a pergunta: como pode um município tão rico, com população relativamente muito baixa, exibir tanto desnivel social, tanta miséria, tanta violência? Para onde vai a fortuna arrecadada?

E olha que é administrado por um prefeito de "esquerda"...

sábado, 5 de junho de 2010

O que é um país em caos?

Só o non sense pode apreender, perto da realidade, o que é o caos em que vivemos

Ricardo Líper

Vou agora ser didático e criar uma lista de características que mostram um país em caos, político, social e econômico.

1 - Um povo em grande parte desempregado e na miséria.
2 - Inexistência de atendimento hospitalar e médico real e com seriedade e respeito humano. As pessoas têm de lutar muito para conseguir serem atendidas e, quando são, os médicos são negligentes e elas arriscam a vida nos hospitais.
3 - Escolas sucateadas. Professores mal pagos. Para se conseguir matricular um aluno é uma tortura. As escolas não possuem nenhuma condição de funcionar nem física nem intelectualmente.
4 - Absoluta falta de segurança pública. Assaltos sistemáticos devido a absoluta miséria da maior parte da população. Assassinatos e roubos frequentes. A população acuada e apavorada com medo de sair de casa. Casa de negócios fechando devido aos assaltos constantes aumentando o desemprego. Ninguém quer ser empresário abrindo pequenos ou médios negócios com medo de serem assaltados.
5 - Repartições públicas burocratizadas ao extremo ao ponto de os próprios funcionários não saberem como funciona o serviço e informam errado ou não informam quem os procura depois de horas esperando o atendimento. Muitas delas só se consegue fazer algum papel andar dentro de um tempo normal com propina e/ou pistolões.
6 - Corrupção generalizada com escândalos frequentes envolvendo desde os elementos do governo até o mais reles funcionário público ou privado. A impressão é que todos roubam e só não estão roubando os que ainda não foram descobertos.
7 - Elites governamentais eternamente no poder. As regras da democracia são usadas para se perpetuarem no poder.
8 - A impunidade porque os crimes não são descobertos gera o fato de que a vida humana não tem nenhum valor. Matar e roubar nada significa. O povo é acuado por todos. Desde os marginais até o governo.
9 - Impostos e mais impostos diretos ou embutidos em tudo que se consome.
10 - Ameaça constante à liberdade de imprensa. Óbvio, não é?
11 - Culto à personalidade de supostos salvadores da pátria. Demagogia e populismo.

Post scriptum: um país pode arrastar-se assim durante muito tempo. Pode viver um caos crônico ou chegar à situação do Haiti.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Lula, impostos, ricos, pobres e um país sem jeito

D. Maria I cobrava dos brasileiros "o quinto", isto é, de tudo que se produzia no Brasil, um quinto era mandado pra Portugal, contra o quê Tiradentes se insurgiu. Um quinto é igual a 20% de imposto. No Brasil atual, os impostos representam 40% de tudo que produzimos, o dobro de quando éramos colônia, e ninguém se rebela... Êta povinho!


TOny PaCHEco

Lula realmente está extrapolando em seu discurso dirigido ao pessoal do Bolsa Família para o qual ele trabalha arduamente para que seja sempre majoritário no Brasil. Não há o menor interesse do PT (como não houve nos tempos do PSDB, nem tampouco durante a ditadura militar ou nos tempos de Pedro II...) em erradicar a miséria no País. Ouvindo o discurso em matéria na BandNews tomei um susto. Ele falou que "as elites é que reclamam de impostos" e que sem imposto o Estado não pode ajudar "os que mais necessitam".
Conversinha só possível para um público analfabeto e mantido no analfabetismo de forma planejada pelo governo, em salas confortáveis, com bares bem servidos de whisky 12 anos, caipiroska e até de 51 (porque tem uns que gostam mesmo é da branquinha...). Eles se reúnem para rir do povo e planejar a continuação da pobreza com esmolas.
O Estado Brasileiro cobra, atualmente, a maior carga tributária DO PLANETA. Mais que Suécia, Alemanha ou qualquer outro país que anteriormente era campeão de tributação. Mas, com uma diferença: enquanto em países como Suécia e Alemanha o cidadão sabe que está amparado da hora do nascimento até a hora da morte, neste inferno tropical chamado Brasil, todos têm certeza que a dinheirama gerada por 148 dias de trabalho anuais de todos os cidadãos é embolsada, desviada, e a miséria continua, PLANEJADAMENTE continua, para que exista sempre esta maioria de miseráveis necessitando de Bolsa Família e votando nos espertalhões que deixam o País sem saúde pública de qualidade, com educação pública ridícula, sem segurança pública alguma, com transporte público de tão ruim chegando a ser risível, com ruas e estradas em estado de petição de miséria e matando milhares todos os anos, com alimentos encarecidos por frete que prevê a quebra dos caminhões nas rodovias esburacadas, enfim, os 40% do Produto Interno Bruto brasileiro que o Estado cobra dos cidadãos é uma ESCORCHA, porque não vemos o retorno a que temos direito.
É balela defender, portanto, como Lula faz, a escorchante cobrança de impostos, pois não há retorno por parte do Estado, SÓ CONVERSINHA. Quero ver Lula, dona Marisa e os netos dele serem atendidos por um hospital do SUS como sugeriu Ricardo Líper. Aí vou acreditar na saúde pública brasileira.

O POVO OLIGOFRÊNICO

E a galera que estava ouvindo o discurso de Lula, quando ouviu ele dizer que "só os ricos" reclamam de impostos, vibrou. São todos idiotizados pelo próprio governo que não lhes dá educação mínima, pois se fossem minimamente informados SABERIAM que pagam mais impostos do que os ricos. Quando compram uma caixa de fósforos, metade do preço pagam ao governo e não sabem disso. Quando compram uma garrafa de cachaça de 3 reais, não sabem, porque idiotizados pelo governo, que 2 reais e 10 centavos do valor que pagaram vai pro governo gastar em sabe-se lá o quê. Não entendem que em 2 reais de arroz, o governo fica com quase 60 centavos e os transportadores são responsáveis pelo produto ficar mais caro porque o governo não mantém as estradas sem buracos. Portanto, a massa imbecilizada pela ausência de educação pública de qualidade, não entende que ela paga mais impostos que os ricos por causa de um governo ganancioso que quando o pobre compra um cigarro Derby, de cada 1 real que paga no caixa, o governo fica com 90 centavos.
Ô "paízinho" desgraçado este e com este povo e estes governos (os de antes, o de hoje e o de amanhã), nós não vemos um futuro possível. É sempre mais gente, mais pobre, mais ignorante e sempre uma cambada de espertalhões que faz tudo PARA PERPETUAR esta desgraceira toda.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Sugestão

Brasilino sem escola, sem hospital, sem emprego, mas desolado com alguma falta no campo de futebol

Ricardo Líper

Não sou dado a dar sugestões, porque acho que o nosso infeliz país não tem mais jeito. O capitalismo e a sucessão de elites predadoras e alucinadas arruinaram o Brasil. Como muitos outros países que foram vítimas desses monstros políticos, lembram do Papa Doc? Ele se arrastará como um aleijão social e político provocando o sofrimento de todos que tiveram a infelicidade de aqui nascer. O brasileiro precisa assumir que é infeliz e tirar esse riso imbecil do rosto, que só revela timidez, medo do semelhante e baixa auto-estima. Deveria evitar entusiasmos asnáticos por coisas tolas como a copa do mundo. A era de Médici passou, mas os asnos continuam os mesmos e nascendo mais. O dia a dia do brasileiro é de sofrimento atroz. Bem, mas hoje vou propor. Claro que não será aceito. Só há um meio de se tentar ter escolas e hospitais, de fato, nesse país miserável. Deveria ser votado no Congresso Nacional uma lei que obrigasse aos políticos e seus familiares só poderem ser atendidos no SUS e estudarem nas escolas públicas. Quem infligisse essa lei perderia o mandato. Não sei se você que é copista (entusiasmado com as copas do mundo) ainda não percebeu que um país sem escolas e sem hospitais é um país indigente, um aleijão político que se arrasta pelo mundo promovendo a infelicidade geral de seus habitantes. Brasilino Copista se você chega na maioria dos hospitais e tem a placa sem vagas, se, mesmo com seguro saúde, só tem vaga com pistolão, não existe saúde pública nesse pobre e miserável país. Se os alunos não têm mais algumas disciplinas porque não existem professores para se submeterem ao salário pago pelo governo não existe escola. Ah, tem o prédio e muita enrolação, viiiiiiiiiu Brasilino. Se você acha que basta o prédio e os discursos da elite dominante do momento, você é um Brasilino Copista autêntico caminhando cantando, os mais ingênuos ou borderline de debilidade mental, talvez até rebolando e fazendo graça, para o caos. O futuro desse país, ganhe quem ganhar nas eleições, é o caos que já se instalou no nosso dia a dia e tende a aumentar. O resto é pilha distribuída pela elite dominante do momento e por jornalistas que estão, ou ameaçados com desemprego ou comprados por ela.

terça-feira, 1 de junho de 2010

"A culpa é minha. Boto em quem eu quiser."


Abraço de tamanduá: Fidel defendendo a coca de Morales que destrói o Brasil.

tony PAchecO

A máxima acima é atribuída a Homer Simpson, o politicamente incorreto personagem do desenho animado "Os Simpsons" e se encaixa como uma luva na reação de Fidel Castro em defesa das plantações de coca do presidente "cocalero" Evo Morales.
Fidel, como é de costume, atribui ao imperialismo americano o fato de a Bolívia precisar plantar coca para encher as ruas brasileiras de cocaína. Como a Bolívia é pobre, então, é justo, segundo Fidel, ela matar nossos jovens com cocaína, pois a pasta da folha de coca é um produto de exportação do governo Morales.
Tudo começou quando José Serra resolveu colocar os pingos nos "is". Disse que Morales, como agricultor de folha de coca, é, no mínimo, cúmplice por ser a Bolívia responsável por 80% (OITENTA POR CENTO) da cocaína consumida no Brasil.
Morales reagiu como nosso Grande Líder quando denunciaram o Mensalão. Disse que "não sabia" que a folha de coca boliviana vinha parar no Brasil e devidamente trabalhada nos laboratórios do tráfico ia parar nas ruas do nosso País gerando a maior guerra civil já vista por estes lados, matando jovens (viciados ou não), corrompendo Judiciário, Polícia, Legislativo e Executivo e quem mais aparecer pela frente.
Fidel, com um pé na tumba e outro num sonho delirante, resolveu sair em defesa de Morales. Segundo Fidel, "a culpa é do imperialismo" e foi buscar lá no séc. XIX o imperialismo inglês espalhando o ópio pela China. E mais, que o imperialismo americano atual lançou a Bolívia na miséria e é por isso que plantam coca. E mais, que tomar chá de coca é o mesmo que "um inglês tomar o chá das 5".
Vou tomar emprestada a BigLôra de Alex Ferraz e concluir: "Óli, seu Fidel, a culpa é do Morales e o sinhô tira o dele da reta e bota o seu? Se assunte, comandante! Não vá pra essa não! É esparro! Vai começar a 'maledicença' de que o sinhô só tá em pé por causa do chá do Morales."