quinta-feira, 24 de junho de 2010

Crônicas da Copa: Dunga e Kaká

Futebol e arte, combinação indigesta


Dunga e Kaká, tão preocupados, tão tristes.


Luciano Genonadio*

Como diria o compositor Gabriel, O Pensador, “Cara feia pra mim é fome, cara alegre é a cara de quem come”. É a única explicação para tanto mau humor por parte do treinador da Seleção Brasileira, o ditador Dunga. Desde que assumiu o comando da maior e mais vitoriosa seleção do cosmo, Dunga causa polêmica com suas atitudes e demonstrações públicas de falta de educação.
E na Copa da África não está sendo diferente. Que futebol-arte não é o forte do capitão Dunga todo mundo já sabe, agora se descobriu que educação também não faz parte da realidade dele. Dunga esqueceu que a Seleção Brasileira não é nenhuma seleção européia. Treinar um time pentacampeão não é fácil. A maior parte dos brasileiros ama a Seleção e o esporte.
A prova disso? Pergunte a uma criança brasileira qual o seu maior sonho? Com certeza muitas irão responder: “Ser um jogador de futebol”. Se isso é verdade? Bem, não conheço nenhuma pesquisa que comprove, mas uma coisa é fato inegável, o futebol é, sem sombra de dúvidas, uma paixão nacional. Se os franceses lotam o Louvre para apreciar quadros de Picasso, Monet e Da Vinci, no Brasil a arte é pintada por gênios como Robinho, Ronaldinho Gaucho, Pelé, Zico, Rivelino e Garrincha e exibidas nos estádios de futebol.
A alegria é a palavra que sempre norteou o futebol brasileiro. A essência do jogo brasileiro é a arte, o toque rápido, a diversão em jogar bola, a molecagem e malandragem sulamericanas e Dunga tem privado o povo brasileiro desse prazer, que só é alcançado de quatro em quatro anos, e o técnico acha que só tem a obrigação de ganhar. A Seleção tem uma reputação a zelar, a de ter o futebol mais belo do mundo, jogar na Seleção está muito além de ter seis ou cinco estrelas, somos o melhor futebol do mundo.
O time que foi montado é competitivo, pode sim ser campeão do mundo, tem boas chances, afinal, é o favorito. Contudo, o povo espera mais que o título, espera ser o melhor em todos os aspectos, espera ver a alegria nos seus jogadores e o prazer de jogar. Há muito não se vê os jogadores da Seleção sorrindo, jogando, brincando de ser feliz com seu trabalho, tal como a Seleção Portuguesa na goleada de 7x0 sobre a Coreia do Norte.
O comportamento de Dunga o enquadra como ditador, uma pessoa que não aceita críticas e totalmente arrogante e mal educado. Diante dessas características fiquei perguntando qual profissão ele deveria ter para não ser criticado. Encontrei duas: ser um monge tibetano e se isolar no alto de uma montanha (e, mesmo assim, ainda correria risco) e a outra é continuar como treinador, só que da Coreia do Norte.
Em 18 copas tivemos os seguintes treinadores: Píndaro de Carvalho, Luiz Vinhaes, Ademar Pimenta, Flávio Costa, Zezé Moreira, Vicente Feola, Aymoré Moreira, Zagallo, Cláudio Coutinho, Telê Santana, Sebastião Lazaroni, Carlos Alberto Parreira, Luiz Felipe Escolari e Dunga. Todos vencedores, alguns campeões. Em 1958, Vicente Feola ganhou o primeiro título para o Brasil, e surpreendeu o mundo com um craque de 16 anos, seu nome, Pelé. Se Dunga fosse o treinador, será que Pelé seria o Rei do Futebol?
Fica a dúvida, pois a única certeza que tenho é que a nossa sexta estrela será brilhante como todas as outras, porém, será triste e emburrada como o “Zangado” Dunga. Só nos resta lembrar os craques que foram craques e não os fabulosos que são fabulosos também nas mãos...
Alguém tem um Sonrisal para Dunga? Futebol e arte tem provocado uma indigestão muito forte nele.

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O dia em que não jantei com Kaká

ToNy PacheCo

Kaká entrou na onda de Dunga e começou a brigar com a imprensa também, insinuando que Juca Kfouri teria alguma má-vontade com ele, talvez porque Kaká é de igreja evangélica. Acho que ele não deveria seguir os passos do treinador, que é um mal educado reconhecido.
A lembrança que tenho de Kaká é a que me foi passada há uma década, mais ou menos, por um amigo de “família nobre” da Bahia que foi cicerone de Kaká em viagem a Salvador.
Naquela época, ainda se sabia que o nome do jogador era Ricardo Izecson dos Santos Leite e Kaká se escrevia “Cacá”, assim mesmo, com C. Ele jogava no São Paulo. Iniciava a carreira e, inteligentemente, em todo lugar que ia procurava contatos com a mídia para tornar-se mais conhecido. Meu amigo fez contato e eu era editor do caderno dominical de “A Tarde”, o “Lazer&Informação”. Ciente que já tínhamos entrevistado o jogador Zanata, meu amigo pensou: “E porque não dar uma contracapa do caderno Lazer para o iniciante Cacá, que despontava no São Paulo?”
Na época "A Tarde" era o maior jornal do Norte/Nordeste e, aos domingos, estava entre os cinco maiores do Brasil. Infelizmente, este tempo passou.
Só que Cacá, meu amigo advogado e eu demos um azar triplo, pois as entrevistas em relação a esportes eram definidas eu ouvindo Clécio Max, o maior especialista que conheço em futebol. Max estava de férias e fiquei sem referencial sobre se devia ou não dar tanto espaço a um jogador de futebol paulista.
Meu amigo advogado queria marcar um jantar a três no qual eu entrevistaria o então Cacá. Eu preferi não, pois como não entendia nada de futebol, corria o sério risco de entrevistar um jogador inexpressivo. Acabou meu amigo jantando com o jovem jogador em Salvador, Cacá conheceu a culinária baiana e eu, hoje, tanto tempo depois, só tenho a lembrança do dia em que não jantei com o hoje famosíssimo Kaká.


* Luciano Genonadio escreveu a convite de Tony Pacheco, é estudante de Jornalismo e conhece futebol, além de escrever bem.

3 comentários:

  1. Vcs jornalista naum daum prego sem estopa. Soh vaum na certa. Se fuderam, porque kaka ficou um dos kras + famosos do mundo.
    Bem feito, naum jantou com o maior jogador do mundo.

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  2. Se fudeu. nas suas memorias não poderá colocar que conhece7u Kaká pessoalmente. viu sacana.

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  3. KAKÁ E DUNGA ........DUNGA E KAKA DOIS COCÔS...............

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Se vai acusar alguém nominalmente, identifique-se e anexe as provas. Não vamos pagar indenização na Justiça por acusações que não fizemos.