domingo, 20 de dezembro de 2009

Erro de Cálculo

Seu futuro já chegou. É esse.


Ricardo Líper


As pessoas me perguntam o que acho sobre a reunião de celebridades sobre a ecologia do planeta na Dinamarca. Não acho nada. Boca livre, talvez. Não me preocupo com isso. Não vou viver tanto para ver o planeta sucumbir daqui a cem anos. A não ser que os espíritas estejam certos e eu vou reencarnar em um planeta devastado. Curioso como as pessoas se preocupam com o que vai ocorrer daqui a um milhão de anos. Sei, você está me achando um monstro egoísta. Não sou. Apenas estou colocando um paradoxo e ninguém gosta de enfrentar paradoxos. Mas, tem outra coisa. Não está tão provado que as coisas vão ocorrer exatamente como cientistas dizem que ocorrerá. Agora, uma coisa que gosto é pirraçar os países ricos por terem destruído o planeta. Isso é ótimo. O capitalismo, além de destruir as pessoas, destruiu a natureza e o próprio planeta para uma elite de ladrões espertos criar suas babilônias particulares. Então vamos a fundo. Nós somos uma sociedade de automóveis. Poucos falam disso. Todo mundo quer ter um carrão. Eu adoro sentar em um e ligar o ar. Para a irritação de muitos, tenho até chofer. Ééééééé. Sem ser árabe e viver contando os tostões para botar gasolina, viu Dilma. G A S O L I N A. Dilmá. Só que vou ficar engarrafado, às vezes mais de uma hora. Vou ficar estressado e, ao sair do carro, posso, ao atravessar uma rua, ser atropelado por outro. Não vivemos em cidades, vivemos em ruas e mais ruas, viadutos e vias para automóveis. Nossas cidades são grandes estacionamentos. Por que? Óbvio, meu caro Watson. Desrespeitamos um princípio ecológico primário que ninguém lembra. A cidade deve terminar quando não se ouve mais a voz do orador na praça central. O tolerado, no máximo, é a bicicleta e alguns transportes coletivos. Sem gasolina e o resto. Árabes fundamentalistas, por exemplo. Mas isso ninguém quer discutir. Então, não me interessa nem o assunto. É farsa. Se o modelo da sua utopia são automóveis para todos e prédios e prédios de apartamentos, ficando todos nós nos nossos carros, com ar condicionado, sentados horas, entupindo as artérias com o último hambúrguer comido em um shopping, obrigado, esse estilo de vida não é o que desejo para mim. Embora, claro, vivo assim porque os outros, o inferno, lembra?, querem. O sonho de consumo de todos é um carrão, um apartamentão e se queixar dos engarrafamentos, dos assaltos, dos... não seja hipócrita. Ora, não dá nem para continuar. Que sejam felizes, se preocupem com o fim do planeta, com Super Man, a fada madrinha, o coelho da páscoa e o que estiver na mídia no momento. Qualquer travesti nas esquinas das grandes cidades lhe dirá que não passa de fe-cha-ção, viu Dilmá? A gasolina, Dilmá. A gasolina, Dilmá. Hoje, todo mundo mama, a essência do capitalismo são os automóveis e a gasolina. Cidades grandes para grandes consumos. E você, do alto de sua moto, depois do churrasco de calabresa, dez cervejas no mínimo, preocupado com o urso polar. Se compreenda, rapaz! Por isso que só gosto de gente cantando Ópera em um teatro espetacular. Repare, não quero jamais conhecer de perto os cantores. A humanidade só presta como conceito. Isto é, de longe, e referência para protestos.

2 comentários:

  1. Copenhague virou passarela de desfile de candidato a eleição... :-)
    Dilma, linda (uiiii) em seu vestido vermelho. Moto Serra com seu paletô degradê. Dona Marina com seu cachecol anti-frieza... he, he, he.
    Não tavam ligando prá porra de clima nenhum. Moto Serra esqueceu até de seus conterâneos embaixo da chuva. Dilma nem tava ai se a transposição do São Francisco vai dar em merda. E Marina, vixe, tá a procura mesmo é de empresários (verdes ????) prá pagar a campanha dela.
    Affff... inda querem que o povo acredite nessa gente.
    Só não vou chamar todo mundo de canalha pq tem provar.
    VIVA BAKUNIN !!! ABAIXO AS ELEIÇÕES !!!

    aSS. Bia

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  2. Pra esse povo, em Copenhague é pra se beber conhaque, tomar sopa de tartaruga e apreciar um mico leão dourado assado em fogueira de jacarandá...

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Se vai acusar alguém nominalmente, identifique-se e anexe as provas. Não vamos pagar indenização na Justiça por acusações que não fizemos.