terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Um país desmoralizado

Alex Ferraz

A "Justiça", em sua instância superior, não só inocentou o banqueiro Daniel Dantas, como extinguiu seu precesso e anulou totalmente a tal Operação Satyagraha (será que escrevi certo?) e ainda pretende expulsar o juiz que condenou o banqueiro!!!!!

Dilma Rousseff perdoou os mensaleiros.

Sarney é protegido do PT.

Como é que se pode viver numa merda desta, Lula, FHC, Itamar, Médici, Geisel, Castelo Branco?

Não se deprima. Natal é marketing. MESMO!

Assim nasceu, nos anos 1930, o Papai Noel. Boas festas, boa gordura mórbida, bom colesterol hehehehehehehhe


TONY Pacheco

Os prelados cristãos foram revestindo o Natal de várias simbologias que causam grandes alegrias em alguns, mas profundo desconforto na maioria: Jesus e sua família perfeita podem ser fonte de neuroses terríveis e dezembro, em todo o Ocidente, é um mês de muitos suicídios.
E por que isso? Porque a ignorância dos fatos que estão por trás do Natal é alimentada pela sociedade ocidental. Se você souber que Jesus não nasceu em 25 de dezembro não for suficiente (vide texto abaixo sobre origens da comemoração), pense ainda que, mesmo que fosse verdade que Cristo tivesse nascido nesta data, só 1,9 bilhão de pessoas acreditam nisso. O mundo tem 6,8 bilhões de habitantes e 1,7 bilhão são muçulmanos; 900 milhões são hinduístas; 870 milhões não têm religião alguma; 400 milhões são adeptos de deuses familiares chineses; 300 milhões são animistas (tipo os orixás) e mais de 170 milhões são ateus militantes. A maioria esmagadora (4,9 bilhões de pessoas) não acredita em Cristo e dia 25 estará fazendo tudo, menos ceia de Natal.
Portanto, você não está sozinho. E família perfeita como a de Jesus, nem se preocupe, só existe em comercial de margarina. Aquele papai-e-mamãe com filhinhos em volta da mesa? Assista ao filme "Parente é serpente" (tem em qualquer locadora) e veja a arte imitando a vida real: família é guerra, principalmente nestas festas... Se ligue nisso antes de se entregar à nostalgia...
Agora, que você sabe que Jesus não nasceu em dezembro, que não há uma linha sequer na Bíblia que fale em Natal e que “Natalis Invicti” é uma festa pagã para o deus Mitra, pode pedir comida chinesa delivery, assistir um bom filme, beber um bom vinho e... adeus depressão!

O PAPAI COCA

Já o Papai Noel que você conhece, até 1931, não era exatamente assim. Existiu um bispo cristão na antiga Turquia de nome Nicolau (280 d.C.). Ele era famoso por arrecadar coisas entre os ricos e distribuir para os pobres. Uma espécie de Teresa de Calcutá... Daí criou-se o mito do bom velhinho que distribui brinquedos no Natal. Só que ele era simbolizado como um velhinho vestido com roupas de frio... marrons.
Aí, em 1931, segundo texto da insuspeita revista “Pais&Filhos”, os marqueteiros da Coca-Cola resolveram embarcar no espírito natalino. Só que marrom só tem a ver com a cor do líquido, mas não com as cores-símbolo da empresa de refrigerantes: vermelho e branco. O que fizeram os marketeiros? Na campanha publicitária do Natal de 1931 a Coca-Cola inventou o novo Papai Noel: vestido de vermelho com detalhes brancos, a marca da... Coca-Cola.
Sim, é isso aí: o que nós reverenciávamos, quando éramos pivetes, e você ensina aos pimpolhos até hoje, é uma jogada de marketing de 1931. Da Coca-Cola.
Por isso que todo Natal todo mundo engorda pra diabo hehehehhehehee.

“Festa estranha com gente esquisita”

Este é o deus Mithra, cujo nascimento era comemorado em 25 de dezembro. O Cristianismo "chupou" a data mais de 300 anos depois de Cristo.




Tony Pacheco *

Falar que Natal é uma data somente comercial já virou clichê. O que poucos sabem é que o 25 de dezembro não tem nada a ver com o nascimento de Jesus Cristo. O sucesso do livro “O Código Da Vinci”, de Dan Brown, despertou uma mania: descobrir o que está por trás das nossas tradições religiosas cristãs. Natal é época de festa familiar e, por isso mesmo, gera alegria, mas muito mal-estar psicológico também. Mas, de onde surgiu mesmo esta comemoração? As informações abaixo não estão no livro, mas a leitura dele nos instigou a pesquisar mais sobre a vida de Jesus.


1. QUEM NASCEU, MESMO? O Natal – 25 de dezembro é, na verdade, o dia da festa do deus Sol Invicto (“Natalis Invicti”), também chamado Mitra, divindade oriental que chegou ao Ocidente através de Alexandre, O Grande, quando de sua vitória sobre o Império Persa, três séculos antes do nascimento de Cristo.
A festa do “Natalis Invicti” coincidia, no calendário juliano (anterior ao nosso atual, o gregoriano), com o solstício de inverno. Em todo o mundo civilizado, 25 de dezembro era data de festas para comemorar o nascimento de deuses: Mitra, o Sol Invicto, em Roma, na Grécia ou na Pérsia. Adônis, no Império Romano. Dioniso, na Grécia. Ou Osíris, no Egito.

2. O VELHO DEUS-MENINO. Mitra, o Sol Invicto, nasceu do deus-supremo Aúra-Masda, que despejou a sua luz sobre uma virgem, Anahira. O seu nascimento era celebrado como “o deus menino Mitra, que traz luz ao mundo” (você já ouviu isso em algum templo cristão, não é mesmo?). E mais: a representação de Anahira com o menino-deus Mitra é totalmente igual à de Maria com Jesus. Aliás, este é um mito recorrente: também Hórus, deus-menino no Egito, filho de Ísis e Osíris, é representado com a mãe de maneira igual às madonas que os pintores cristãos difundiram.
Os cristãos sempre estiveram divididos sobre se Jesus é um deus ou um homem-santo, mas mais divididos ainda ficam até hoje com a virgindade de Maria. Basta dizer que somente em 1854 (há pouco mais de 150 anos, portanto) a Igreja teve coragem de “oficializar” esta virgindade.

3. A MÃE VIRGEM. Buda, “O Iluminado”, também nasceu de um deus elefante que engravidou uma virgem. E até Alexandre, O Grande, para justificar a sua adoração como deus pelas tropas, era tido como nascido de uma cobra sagrada (sic) que teria visitado sua mãe, Olímpia. O povo, definitivamente, acredita em tudo. Já existem milhões de seguidores de um Deus Espaguete na Internet...

4. MORTOS E RESSUSCITADOS. Mitra, o Sol Invicto, também foi assassinado, como Cristo, e como Cristo, colocado num sepulcro de pedra e ressuscitou no terceiro dia. Tudo isso, séculos antes de Cristo. Mais “coincidência” do que isso, impossível: os bispos católicos do início do Cristianismo "chuparam" as histórias de outras religiões, de outros deuses, e atribuiram ao filho do seu Deus.

5. NATAL ERA EM JANEIRO. Na verdade, nos primeiros séculos do Cristianismo, o nascimento de Jesus era comemorado no mesmo dia da festa dos Reis Magos, em 6 de janeiro, porque não há um registro histórico sequer da data exata do nascimento de Jesus. Nem mesmo a Bíblia tem este registro. E a Igreja Ortodoxa (que é cristã e representa 300 milhões de pessoas na Europa e Ásia) continua comemorando em janeiro. Pegaram o 25 de dezembro porque era o nascimento de outros deuses reverenciados no Império Romano e, assim, podiam "roubar" crentes de outras religiões.

6. É CRISTO OU KRISHNA? Os presentes que Cristo teria recebido dos Reis Magos (ouro, incenso e mirra) são absolutamente os mesmos que o deus Krishna recebeu em seu nascimento nas escrituras hinduistas. Só que Krishna, deus na Índia até hoje, “nasceu” muitas centenas de anos antes de Cristo... Outra "chupada".

7. PROFETA OU DEUS? A divindade de Jesus Cristo só foi “oficializada” em 19 de junho de 325, no Concílio de Nicéia, convocado pelo imperador Constantino, do Império Romano. Este imperador era também o Sumo Pontífice do culto ao deus Mitra, o Sol Invicto, e só foi batizado depois de morto ou poucos minutos antes de morrer. Até 325, Cristo era tido pelos cristãos como apenas um profeta, como, até hoje, ele é reverenciado pelos muçulmanos e judeus. Só um profeta.

8. MANOBRA DA MÃE POSSESSIVA. O Natal só foi oficializado como nascimento de Jesus pelo imperador Constantino porque sua mãe, Helena (depois chamada de Santa Helena pela Igreja Católica), era cristã e guiava os passos do filho para a transformação da “Religião do Carpinteiro”, como era conhecido o Cristianismo, em religião oficial e única do Estado Romano. Como Mitra, o Sol Invicto, era o culto majoritário, era mais fácil impor o Cristianismo se as datas e liturgias mitraístas fossem absorvidas pela nova religião. E assim foi. Mas a oficialização do Natal se deu mesmo com o papa Libério, em 354. Isto é, 354 anos depois que Jesus teria nascido. Não é mole não!

9. UM SÍMBOLO CRUEL. A cruz, tão reverenciada pelos cristãos até hoje, não era o símbolo que os apóstolos usavam. Claro, Cristo foi crucificado pelo Império Romano. Como usar o símbolo do martírio do próprio líder? Mas Constantino, precursor de nossos marqueteiros modernos, necessitava de um símbolo simples para a nova religião (o cristianismo, com datas, símbolos e liturgias mitraístas). O peixinho (que agora você vê no fundo dos carros como adesivo...), que era o símbolo oficial dos cristãos, não tinha força e era difícil de ser desenhado e reconhecido. Então Constantino oficializou a cruz como símbolo da nova religião e fez colocar o símbolo no escudo de suas tropas. Uma maldade. E sob este símbolo Constantino matou seu filho, o cunhado, uma das várias mulheres, o sobrinho e milhares de “infiéis”, igualzinho os muçulmanos fazem hoje em dia.
E sabe aquela auréola dourada na cabeça dos santos católicos? É o disco solar dos deuses egípcios e de Mitra, o Sol Invicto. Não confiem em mim. Vão ao Google. É só ir lá e conferir. Em publicidade chama-se a isso “chupada”.

10. ROUBARAM A ÁRVORE. O Natal era uma festa também para os seguidores de Saturno, deus da agricultura em Roma, séculos antes de Cristo. E nas “Saturnálias”, no 25 de dezembro, o povo dançava e adornava árvores com máscaras de Baco, deus do prazer e das bebedeiras. Já os druidas (sacerdotes dos povos celtas), adornavam carvalhos com maçãs pintadas de dourado. Os egípcios colocavam folhas de palmeira dentro de casa em dezembro reverenciando seus deuses. Na Babilônia, Ninrode casou com a própria mãe e renegou Deus. Semíramis, a mãe, depois da morte prematura do filho Ninrode (chamado por ela “o Messias”, filho do Deus-sol, Baal), garantiu que ele ressurgiu dos mortos quando um pedaço de pinheiro renasceu do nada. Ressurreição e pinheiro. Por aí você já vê de onde o padre Martinho Lutero (1483-1546) tirou a idéia de enfeitar um pinheiro com velas na época do Natal... Lutero, posteriormente, renegou o Catolicismo e deu uma de Constantino e fundou a sua própria religião, o Protestantismo, que hoje você conhece como “evangélicos” ou “crentes”.

Em resumo, é triste informar que o Natal que os cristãos comemoram é uma festa pagã, do nascimento de deuses pagãos, com enfeites e simbologias pagãs. O Natal não tem sequer uma referência na Bíblia. Justo a Bíblia que os cristãos adotam. Mas, é óbvio, Natal é nascimento de outros deuses, anteriores à Bíblia...

* Texto publicado na “Tribuna da Bahia” em 21.12.2006.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Mensagem de Natal

Alex Ferraz

Quero deixar aqui a minha mensagem de Natal para aqueles a quem irritamos - quando não foi nossa intenção - ao fazer, principalmente eu (aliás, só falo por mim) comentários absolutamente injustos, infundados, sectários, tendenciosos, malucos, infames. Perdoem-me. Que a paz do Senhor esteja convosco, neste limiar de um novo ano, o glorioso 2010, quando, depois do filho, provavelmente a mãe do Brasil assumirá o Planalto para nos trazer a glória, o êxtase.

Aproveito a oportunidade para pedir, de público, desculpas ao senador José Sarney, mui digníssimo ex-presidente da República, ainda que "eleito" pelo voto (indireto) de Tancredo. Faço um mea culpa. Não podemos acusar Sarney de nada. Homem íntegro, que tem comandado o Maranhão de forma absolutamente democrática desde os tempos em que, por força das cincunstâncias e para manter a GOVERNABILIDADE (gozado, ouvi essa expressão recentemente, no Planalto), viu-se compelido a estar de beijos e abraços com os generais da ditadura, sempre ligado a partidos governistas (tão injustamente criticados à época pelos esquerdistas que, hoje, sabiamente, abraçam Sarney). Aproveito também para parabenizar o STF pela censura imposta ao Estadão. Afinal, como acusar o filho do ilustre e íntegro Sarney de crimes de corrupção, só por causa de meia dúzia de empresas fantasmas e gravações telefônicas que, tenho certeza, foram tão forjadas com foram as recentes que acusam outro santo, Arruda, de mensalão.

Quero aproveitar o espírito natalino para pedir, de joelhos, perdão ao ilustre ex-presidente Fernando Collor, posto para fora do poder injustamente por uma cambada de anarquistas e comunistas irresponsáveis. Aliás, os comunistas se anteciparam a mim e de há muito já perdoram Collor, tanto que estão "assim" com ele, via presidente Lula. Perdoe-me, Collor, as injustiças que disse aqui sobre Vossa Excelência ao longo deste ano da graça que ora se finda.

Perdoem-me também os companheiros da UNE e da CUT, a quem, injusta e criminosamente (mereço censura, modaça mesmo, do STF), caluniei aqui. Na verdade, as centenas de milhões de reais que essas entidades, juntamente com o MST, têm recebido estão sendo redistribuídas pela população que vive na merda, como disse Lula. É por isso que não vemos mais ninguém pedindo esmola em sinaleira, nem catando resto de comida no lixo dos restaurantes, nem se matando no crack, nem, nem, nem.

Na verdade, e agora sei disso e por isso me penitencio, a fortuna que vem sendo repassada para UNE, CUT, MST etc. é a transferência de renda de que tanto fala Lula.

Bem, quanto ao presidente, a emoção me embarga a voz (e os dedos, pois quase não consigo digitar). Mil perdões. Faço coro agora com os seus companheiros: o senhor deve ficar no cargo até morrer, e tomara que morra bem velhinho. Depois, deixe o Planalto pro seu filho, ou o filho de Sarney, ou outro filho do Brasil qualquer.

Que a paz esteja em todos os lares neste final de ano. Inclusive nos lares da invasão das Malvinas, do Péla Porco, da Baixa do Tubo, do Nordeste de Amaralina, do Complexo do Alemão e das cidades satélites de Brasília.

Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe.

Amém!

domingo, 20 de dezembro de 2009

Erro de Cálculo

Seu futuro já chegou. É esse.


Ricardo Líper


As pessoas me perguntam o que acho sobre a reunião de celebridades sobre a ecologia do planeta na Dinamarca. Não acho nada. Boca livre, talvez. Não me preocupo com isso. Não vou viver tanto para ver o planeta sucumbir daqui a cem anos. A não ser que os espíritas estejam certos e eu vou reencarnar em um planeta devastado. Curioso como as pessoas se preocupam com o que vai ocorrer daqui a um milhão de anos. Sei, você está me achando um monstro egoísta. Não sou. Apenas estou colocando um paradoxo e ninguém gosta de enfrentar paradoxos. Mas, tem outra coisa. Não está tão provado que as coisas vão ocorrer exatamente como cientistas dizem que ocorrerá. Agora, uma coisa que gosto é pirraçar os países ricos por terem destruído o planeta. Isso é ótimo. O capitalismo, além de destruir as pessoas, destruiu a natureza e o próprio planeta para uma elite de ladrões espertos criar suas babilônias particulares. Então vamos a fundo. Nós somos uma sociedade de automóveis. Poucos falam disso. Todo mundo quer ter um carrão. Eu adoro sentar em um e ligar o ar. Para a irritação de muitos, tenho até chofer. Ééééééé. Sem ser árabe e viver contando os tostões para botar gasolina, viu Dilma. G A S O L I N A. Dilmá. Só que vou ficar engarrafado, às vezes mais de uma hora. Vou ficar estressado e, ao sair do carro, posso, ao atravessar uma rua, ser atropelado por outro. Não vivemos em cidades, vivemos em ruas e mais ruas, viadutos e vias para automóveis. Nossas cidades são grandes estacionamentos. Por que? Óbvio, meu caro Watson. Desrespeitamos um princípio ecológico primário que ninguém lembra. A cidade deve terminar quando não se ouve mais a voz do orador na praça central. O tolerado, no máximo, é a bicicleta e alguns transportes coletivos. Sem gasolina e o resto. Árabes fundamentalistas, por exemplo. Mas isso ninguém quer discutir. Então, não me interessa nem o assunto. É farsa. Se o modelo da sua utopia são automóveis para todos e prédios e prédios de apartamentos, ficando todos nós nos nossos carros, com ar condicionado, sentados horas, entupindo as artérias com o último hambúrguer comido em um shopping, obrigado, esse estilo de vida não é o que desejo para mim. Embora, claro, vivo assim porque os outros, o inferno, lembra?, querem. O sonho de consumo de todos é um carrão, um apartamentão e se queixar dos engarrafamentos, dos assaltos, dos... não seja hipócrita. Ora, não dá nem para continuar. Que sejam felizes, se preocupem com o fim do planeta, com Super Man, a fada madrinha, o coelho da páscoa e o que estiver na mídia no momento. Qualquer travesti nas esquinas das grandes cidades lhe dirá que não passa de fe-cha-ção, viu Dilmá? A gasolina, Dilmá. A gasolina, Dilmá. Hoje, todo mundo mama, a essência do capitalismo são os automóveis e a gasolina. Cidades grandes para grandes consumos. E você, do alto de sua moto, depois do churrasco de calabresa, dez cervejas no mínimo, preocupado com o urso polar. Se compreenda, rapaz! Por isso que só gosto de gente cantando Ópera em um teatro espetacular. Repare, não quero jamais conhecer de perto os cantores. A humanidade só presta como conceito. Isto é, de longe, e referência para protestos.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Uma juventude acanalhada

TONY pacheco

Vendo, ontem, o "Jornal Nacional" da Globo, notei o ódio incontido dos jovens que estão pedindo o imediato "impeachment" do governo José Arruda, do DEM do Distrito Federal, por corrupção (Mensalão do DEM).
Acho justíssimo o movimento. Contudo, já estou de saco cheio deste tipo de militante político que só protesta contra a corrupção quando é conveniente protestar.
Não vi, nos últimos anos, nenhum estudante fazer manifestação contra Lula porque o irmão dele fazia lobby na antessala do presidente no Planalto. Não vi, também, nenhum protesto de jovens quando o PT comprou votos no Congresso Nacional (Mensalão do PT), com Valerioduto e todo tipo de trambique (até dinheiro na cueca o irmão de Genoino carregou). Não vi também nenhum movimento estudantil contra Lula quando ele resolveu fazer coalizão política com Collor de Mello, Renan Calheiros e José Sarney, nomes que só por serem citados, já causam arrepios em qualquer pessoa medianamente honesta. O filho do presidente Lula ter negócios com a oligopolista telefônica Telemar, hoje, Oi, também não despertou nenhuma indignação nos jovens.
Então, estes jovens, na verdade, têm dois pesos e duas medidas quando veem corrupção. Então, estes jovens são uns canalhas.

A GLOBO SE RETANDO

Notem que os noticiários da Globo começam a se retar com o pessoal do governo federal, depois de sete anos de casamento cheio de amor.
Tudo porque o PT está dando apoio incondicional à Conferência de Comunicação, que ocorre em Brasília, e que teve até a presença de Lula.
O que Lula e o PT querem é que TVs, rádios, jornais, revistas e Internet fiquem sob o controle de comitês populares nos quais, é óbvio, o PT e seus correligionários tenham o controle absoluto do que vai ou não ser levado ao público. Eles chamam a isso "democratização da informação" e nós sabemos que isso é chavismo puro ou, para usar a linguagem de Lula, aquela merda que Hugo Chavez fez com as redes de TV na Venezuela.
Finalmente a Globo entendeu que não adianta bajular o PT. Este partido tem matriz leninista e o foco é o mais extenso controle social possível, o que passa, necessariamente, pelo controle dos meios de comunicação.
Se segura, família Marinho!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Perguntas que não sei responder

Repare bem: a posição do torcedor é de quem não come "régui". As torcidas estariam chocando o ovo da serpente?

TonY PachecO

1. Aquela reação da torcida paranense porque o Coritiba desceu para a segunda divisão do futebol brasileiro, com um enfrentamento com a Polícia Militar típico de um processo revolucionário, é apenas a manifestação de uma torcida descontente ou é, mesmo, um movimento político? Pergunto isso porque na casa dos torcedores indiciados foi encontrado farto material neonazista, com os indefectíveis retratos de Hitler e suásticas em profusão.
Isso é uma torcida organizada ou um movimento político?
Nestes momentos é que eu entendo porquê o povo alemão aderiu em massa ao nazismo, com entusiasmo sem par, merecendo, mesmo, todas as humilhações que os soviéticos lhes impuseram na extinta Alemanha Oriental.
É sempre o povo, imbecilizado, reacionário, seduzido por ideologias ou religiões idiotas que permitem aos ditadores implantarem seus governos discricionários. Penso que perdoar o povo por ter sido "manipulado" é de um reducionismo elementar demais. Ou estou enganado demais também?

2. O que este moço que governa o Brasil pretende com uma proposta de lei que torna a corrupção no País um crime "hediondo"? Nos convencer que ele e seu partido estão acima da corrupção? Que nada pega neles? E o Escândalo Waldobicho? E Marcos Valério, o outro rapaz da LandRover, o irmão do Genoínio com dinheiro na cueca? E a compra de mandatos eletivos através do "mensalão"? E o loteamento do governo e a criação de milhares de cargos para transformar o Estado Brasileiro num aparelho partidário? Tudo isso não é corrupção?
E alguém acredita que nossos senadores e deputados federais, as pessoas mais honestas do planeta Terra, segundo a organização Transparência Internacional, vão aprovar uma lei que um dia, lá no futuro longínquo, pode pegar seus bisnetos?
Parece que o governo do Sr. Lula é todo planejado na sala de um marqueteiro, de um novo Goebbels, que vive repetindo mentiras, factóides, como a insistir na máxima que uma mentira repetida mil vezes ganha foro de verdade.
Ou estou delirando? Ou estou mesmo é enfastiado?

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Suprema estupidez

Alex Ferraz

Acabo de ver nos sites de notícias que o Supremo Tribunal Federal manteve a censura imposta por Sarney e um juiz amigo ao jornal O Estado de São Paulo, mesmo jornal que foi vítima, como muitos outros, da tenebrosa censura dos militares, durante a ditadura, e publicava receitas de bolo na primeira página para deixar claro que os artigos haviam censurados.

Então, Sarney está agindo de forma idêntica à ditadura militar, o Supremo Tribunal Federal também, e Sarney é aliado de fé de Lula. E UNE, vem CUT, nem sindicato nenhum faz protesto contra Sarney.

Então, então. E aí, lulistas, vão apoiar a censura??

E os coleguinhas jornalistas, do nosso sindicato aqui na Bahia, da ABI e outros sindicatos, continuaraão irresponsavelmente mudos?

Então, se não podem publicar as escutas da bandidagem de Sarney & Filhos, que protejam também o corrupto do Arruda!

Vocês se preeparame, que vem coisa pior aí. E tô dizendo!

O DNA do DEM nos lembra a velha Arena


toNy paCheco

Aconteceu o que se esperava: os manifestantes saíram à rua em Brasília e a Polícia Militar do Distrito Federal, que é comandada pelo governador Arruda, do DEM, acusado de corrupção ativa e passiva, desceu a madeira nos estudantes, todos desarmados, só com faixas nas mãos.
Entre as imagens, vi uma faixa negra com o A circulado do anarquismo e este pessoal foi especialmente agraciado com cassetetadas, balas de borracha, spray de pimenta e, patético, um coronel da PM agrediu um jovem estudante porque tinha uma mensagem contra Arruda na camisa. O coronel rasgou a camisa do menino. Os cinegrafistas da Rede Record receberam uma bala de borracha pelos peitos, porque imprensa, pra essa galera, deveria ser só para "coisas positivas".
Igualzinho nos tempos da ditadura militar, sem tirar nem por.
Os anarquistas denunciam desde o séc. XIX que a democracia burguesa não passa de uma estratégia para manter as massas no comodismo, permitindo manifestações públicas aqui e ali, mas mantendo o mesmo aparato de repressão das massas de qualquer tirania.
No caso específico do DEM, é claro que a Polícia Militar de Brasília é muito mais violenta do que qualquer outra do País. E por que? Como dizia minha avó Verônica, uma alemã retada, "o vício do cachimbo faz a boca torta". Quem é o DEM, o partido dos "Democratas"? É a mesma galera que era do PFL. E quem era o PFL? Era o PDS, partido de Sarney, ACM e outros próceres da República, gente honesta cuja história está escrita com letras de ouro em nossas memórias. E quem era o PDS? Ora, a velha e submissa Arena. A Aliança Renovadora Nacional, partido criado pelos ditadores militares para lhes dar suporte no arremedo de Congresso Nacional que eles permitiam funcionar durante o período de terror que foi de 1964 a 1985.
Portanto, é uma questão de DNA. O DEM é a mesma falecida Arena. Mudou de nome, mas o gene autoritário é o mesmo. Não suportam contestação popular, mesmo quando são pegados com a boca na botija, como é o caso do governador Arruda.
E é assim, mas nem sempre será. Tem sempre uma hora que as pessoas enchem o saco, não aguentam mais tanta manipulação (via futebol, música, religião, família, TV, rádio, jornais...) e saem mesmo à rua e com PM ou sem PM, metem a porra nos ditadores, disfarçados ou não de democratas.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Do Começo ao Fim

Achamos natural, certo, que homens não se gostem e se agridam...

... mas ficamos cismados, com medo e até raiva quando vemos dois homens se amando.



Ricardo Líper

Sim, eles são irmãos. Sim, eles são homens. Sim, eles se amam. O filme mostra eles se acariciando e dizendo que se amam. O que é importante e faz dessa pequena sinfonia cinematográfica um prazer e uma obra de arte é que a habilidade dos realizadores mostra que o amor supera fronteiras. E, com frequência, a própria anatomia dos amantes. À medida que o filme avança, mostrando, com cenas muito cuidadosas sem serem covardes, a realidade do amor também físico dos dois, o que sobressai é o sentimento. A paixão. E o amor de um ser humano por outro é tão belo e raro que deixa a plateia muda diante de possíveis irreverências. A maioria não percebeu ainda que, embora mesmo sem ser judeus ou católicos, todos seguem a moral sexual católica que foi imposta na nossa cultura. Por isso aceitamos, mais habitualmente, que homens se esmurrem e se matem, e ficamos confortáveis com isso, do que se acariciem. E que todos nós tenhamos limites, colocados pelo Torá dos judeus e depois pelo "santo" Tomás de Aquino em relação a quem devemos amar. Dai os casamentos catastróficos, as sublimações de paixões proibidas transformadas em nervosas amizades. Sofrimentos, medo, muito medo e nada mais. Não deixem de ver esse lindo filme de amor. Sim, apenas um suave filme de amor.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Sonho de uma noite de quase verão

Alex Ferraz

Paulo Krugman, Nobel de Economia, disse que o Brasil tem imenso potencial para se tornar uma economia fortíssima, mas ressalvou que sem infraestrutura e, principalmente, sem educação, nenhuma nação consegue ser superpotência.

Bem, quanto à infraestrutura, basta ver as filas de até 40 quilômetros de caminhões no Porto de Paranaguá, aguardando dias para embarcar mercadorias que acabam apodrecendo nas carrocerias; basta ver o sucateamento absoluto de nossas vias férreas e o péssimo aproveitamento do transporte hidroviário. Basta olhar estradas assassinas, que desde 30 anos ou mais atrás já deveriam ser pistas duplas. E basta ver que, em vez de tentar de VERDADE começar a resolver problemas exacerbados por sucessivos governos omissos (e há algum que não seja?), o atual investiu apenas 5% em infraestrutura.

Quanto à educação, o modelo brasileiro é claro: vamos encher o país de escolas profissionalizantes, o que, em outras, palavras, significa formar operários para alimentar as fábricas da zelite (como diz o messias). E a educação de alto nível fica para a meia dúzia da elite intelectual - no mais das vezes tão cruel e déspota quanto qualquer governo tirano e que se diverte fazendo teses sobre a miséria.
Enfim, é preciso MANTER a ignorância e a pobreza para que os abutres continuem devorando o dinheiro público e sendo louvados, ao mesmo tempo. E isso com a contribuição de intelectuais. Vixe!

Mudar radicalmente - SIM, RADICAL E IMEDIATAMENTE; NADA DESSE PAPO DE QUE É PRECISO DÉCADAS, PARA FICAR MAIS TEMPO MAMANDO NOS COFRES PÚBLICOS (o que garante a continuidade de políticas básicas é o respeito e cumprimento estritos da Constituição, das leis, coisa que passa longe dos homens públicos deste país, em todos os tempos). Diziam eu: mudar radicalmente o perfil do ensino, elevar de pronto, como numa verdadeira revolução cultural (esqueçam o massacre de Mao, não é do que falo!), a qualidade dos professores, seus salários; incentivar a presença de alunos nas escolas para, lá, serem incentivados à discussão, à informação mais completa e profunda, ao conhecimento, à cultura, ao exercício da crítica. Ah, isso ninguém quer fazer! "Não podemos, porque faltam verbas". Zorra nenhuma! Um governo responsável, se é que existe algum, diria: "Companheiros, pegamos o Brasil com uma herança maldita. Nossos antecessores destruíram a educação e a infraestrutura do País. Desde o golpe militar de 1964 temos visto o banimento da cultura, do espírito crítico das escolas, substituído por uma profissionalização apenas para abastecer fábricas. Sim, é necessário especializar-se. Mas achamos que é preciso ter consciência da realidade, de forma crítica; que é preciso ter cultura e muita informação, para que, então, sejamos um povo que saiba decidir seu próprio destino, individualmente e de forma coletiva, inclusive na hora de escolher seus representantes nas casas legislativas e executivas. Precisamos banir de vez da nossa política os corruptos, as bestas feras enganadoras, e não fazer aliança com eles. Portanto, companheiros, para isso temos que gastar muito dinheiro. Então, peço a compreensão de todos e conclamo a que deixemos Copa do Mundo e Olimpíadas, que nos custariam quase duas centenas de bilhões de reais (se levarmos em conta a possibilidade de corrupção) para países que podem gastar isso em espetáculos, já que conseguiram resolver seus problemas básicos de educação e infraestrutura. Tenho certeza de que o povo brasileiro irá me entender. Até porque sou humilde, passei fome no sertão, e sei que nós, o povo, não termos acesso a estádios para esse tipo de espetáculo. Só azelite é que entra. E se vamos ver mesmo pela TV, que diferença faz? Também evitaremos gastos com excesso de funcionalismo público e propaganda. Contrataremos e anunciaremos o estritamente necessário.
A partir deste momento, abriremos um portal na INTERNET PARA INFORMAR, CENTAVO A CENTAVO, COMO ESTAREMOS APLICANDO ESSES BILHÕES NA INFRAESTRUTURA E NA EDUCAÇÃO. Estaremos de portas abertas à imprensa para que, mensalmente, nos questione sobre como estamos avançando na recuperação social deste país.
Com isso, prometo que dentro de dois anos teremos um quadro inteiramente diferente na educação, por exemplo, porque nossos ministros da área não ficarão encastelados em Brasília, mas irão a cada ponto deste país, comandando imenso mutirão para que o quadro se reverta de pronto. Queremos uma nação de pessoas pensantes, de pessoas que trabalhem e ganhem seu próprio sustento, com direito a lazer, roupas, remédios, por sua própria conta. Se for neessário, companheiros, deem-me mais quatro anos para que eu conclua isso. Mas só o façam se realmente estiverem vendo resultados, não pela propaganda oficial, mas concretos. Veja se o seu vizinho está estudando, veja se a violência na sua porta cessou, veja se os hospitais públicos lhe atendem bem, veja se ainda há alguém catando lixo para comer. Aí, então, decidam em quem votar."
E aí, eu acordei...

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

O que é a liberdade




Ricardo Líper

Libertário é aquele que admite que todos têm o direito de fazer o que quiserem. Seja o que for. Incondicionalmente. Entretanto, ninguém vive sozinho em uma ilha no meio do oceano. Existem os outros, que Sartre, em um grande momento de inspiração, chamou de inferno. Eu, para simplificar, chamo de os chatos. É impossível dizer o que não é chato, ruim ou reprovável. É relativo. Eu sou chato para você e você pode ser chato para mim ou outra pessoa. O critério é não chatear o próximo nem atormentá-lo. Logo, para exercer nossa liberdade não podemos atormentar o semelhante. Daí a máxima liberal: sua liberdade termina onde começa a liberdade do outro. Está certo. Só que a primeira liberdade, a sua, é defendida ardorosamente, mas o direito do outros de não o suportar não é respeitado. A prática disso é que é complicada e sempre saímos prejudicados. Daí eu ensaiar uma solução. Uma utopia que defendo ardorosamente.
Em primeiro lugar, nós precisamos, se necessário pela força da lei, respeitar e não agredir os que são diferentes de nós. Seja que diferença for. Mas não somos obrigados a amá-los e muito menos a conviver com eles. É o nosso direito de exercer nossa liberdade. A lei não manda amá-los, manda respeitá-los. Exemplos. O sujeito adora futebol. Vai fantasiado, aos berros, para o campo de futebol. Sai embriagado com colegas batucando ou esmurrando carros, pessoas ou o que encontrar pela frente. Você não suporta futebol. Qual a solução? Jamais encontrar um sujeito ou sujeitos desses. Embora reconheça que ele deve ser como é e fazer o que gosta e defender esse direito dele sem querer que ele mude o perfil de torcedor de futebol. Solução? Ter bairros em volta de estádios e só esse tipo de gente morar lá. Minha utopia é essa. Liberação da maconha e outras drogas, mas só em determinados locais nos quais todos chegados a isso morariam. Quem gosta de dirigir embriagado. Vias especiais e bairros, também, quem sabe? Quem tem crianças alucinadas que incomodam e levam ao desespero os demais seres humanos. Prédios e bairros para quem tem crianças. Adaptados a esses seres, seus pais, avós e tudo o mais. Indivíduos que têm um apetite sexual imenso e trazem para dentro de casa todos os homens possíveis que encontra pela frente. Edifícios próprios para eles para, em caso de roubo ou assassinato, não envolver os outros moradores. Quem gosta de criar animais desde cachorros até cobras e leões? Locais apropriados e enfim a paz e a liberdade garantida para todos.
A maior expressão da liberdade é o controle remoto da televisão. Apareceu o crente? Um clique e ele desaparece de nossas vistas. Apareceu o Papa? Um clique e ele vai embora. Apareceu ................ digite quem você não suporta, pode botar outros espaços se esse está pouco e clique. Repare, antes de me achar um monstro politicamente incorreto, nós amamos a liberdade incondicionalmente e o direito de todos de exercê-la, mas sem, em hipótese nenhuma, incomodar o próximo e exigir dele convivência, amizade e amor. Amar a liberdade é o suficiente, amar o próximo, sem hipocrisia, é amar a você mesmo encarnado no outro... Que todos sejam como querem ser, mas não nos obrigue a conviver com eles. Podem atirar as pedras, cristãos não assumidos, mas sei que quando chateados pelos filhos do vizinho concordarão intimamente, sem querer, comigo.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Arruda, a UNE e os sindicatos

Alex Ferraz

"Podemos estar enfrentando uma crise de ideologias, mas nunca de ideais, de lutar por justiça social. Povos oprimidos, pessoas perseguidas, todos os gêneros de ditadura são terríveis, de direita ou de esquerda." (Ernesto Sabato)


Está aí mais um escândalo de corrupção. O governador de Brasília, José Roberto Arruda, envolvido até o pescoço na lama que caracteriza o Brasil e TODOS OS SEUS GOVERNOS. Não é preciso entrar em detalhes, pois tenho certeza que os leitores deste blog são muito bem informados pela mídia em geral.

Aí, vejam só, reapareceram os heróis da UNE para fazer quebra-quebra, junto com meia dúzia de sindicalistas.

Que o ato em si, foi justíssimo, não há dúvida. É para exigir mesmo a saída da quadrilha do governo do DF, já.

Mas por que a UNE e sindicalistas não fizeram o mesmo com os mensaleiros do PT? Teve dinheiro na cueca do cunhado de Genoíno, sim senhor!

Por que a UNE e os sindicalistas não exigem a expulsão de Collor (como o fizeram, e muito bem - participei, inclusive, nas ruas - em 1992) das hostes petistas? Por que não protestaram com veemência e quebra-quebra contra as escandalosas práticas de Sarney, presidente do Congresso, conhecido desde tempos idos como "o ACM do Maranhão"? Por que não protestaram contra o presidente do Irã, que inocentou os nazistas, reprime, tortura e mata homossexuais, humilha mulheres e censura a informação?

Porque, senhores, estão ganhando muito dinheiro, essas lideranças, para defender o PT e seu governo.

JÁ SEI!

Vão comentar dizendo que devo rodar a baiana na Rua Chile, que sou de direita, que escrevo mal pacas, que meu texto é doido, que não tenho coerência, que sou irado, e tudo mais. Só não vão responder as perguntas que fiz. Ponto final!

Em tempo: lembrando meu avô, mais uma gaitada para essa gente que pensa que engana todo mundo com coação moral: quá-quá-quá-quá...

Tcha e bênção!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Cueca pra lá, cueca pra cá. O que falta ainda acontecer no Brasil?

TONY pacheco


Nosso primeiro presidente do regime democrático instaurado em 1985 foi José Sarney, que nem eleito para isso foi. Substituiu Tancredo Neves que morreu sem tomar posse.
Sarney, como se sabe, dá ao mundo exemplo de como construir uma fortuna pessoal e familiar no Maranhão e em muitos outros lugares deste vasto País, sempre com honestidade e sem colocar a mão em um centavo sequer de dinheiro público, a não ser, claro, seus baixíssimos vencimentos de senador.
Depois veio o primeiro presidente eleito pelo voto popular depois da Ditadura Militar, Fernando Collor de Mello, o queridinho da Rede Globo. Eleito para acabar com os privilégios de uma elite de funcionários dos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), que ganhavam fortunas do Erário através de maracutaias. Ele era o "Caçador de Marajás". Combateu tanto a corrupção, o Sr. Collor, que sofreu um processo de impeachment por corrupção ativa e passiva e renunciou.
Veio Itamar Franco, vice de Collor, ficando um ano e pouco no cargo, o suficiente para lançar o Plano Real, que, verdade seja dita, estabilizou a economia. Mas, em compensação, ...udeu as classes menos favorecidas, pois tudo sobe de preço neste Plano Real, menos o meu e o seu salários. Que não tem inflação é uma balela. Veja quanto você pagava por um medicamento em 1994 e quanto você paga pelo mesmo medicamento hoje... Você vai tomar um susto como a inflação zero não é zero coisíssima alguma.
Elegeu-se, então, o ministro da Fazenda de Itamar, Fernando Henrique Cardoso, do PSDB. Este logo mostrou a que veio, privatizando empresas estatais que nossos pais e avós lutaram décadas para erguer. Na telefonia, por exemplo, entregou todo o nosso patrimônio construído para ser explorado por espanhóis, portugueses, italianos etc. E o que temos hoje em dia é muito telefone celular e um serviço que vai do péssimo ao lamentável, com a telefonia sendo campeã em queixas dos consumidores. Na telefonia fixa, o maior escândalo. Foi feita a privatização para estabelecer a concorrência e acabou tudo nas mãos de uma única empresa. A CONCORRÊNCIA MONOPOLISTA, uma invenção de FHC e seu PSDB. Fernando Henrique também inventou a reeleição, promovendo uma até hoje não explicada maioria no Congresso que aprovou ele continuar nos governando mais quatro anos. Acabou ficando oito anos no Planalto para ...uder de vez com todos nós, inclusive, promovendo a mexida nas aposentadorias e ...udendo com os trabalhadores que estavam prestes a se aposentar.
Finalmente, veio Lula, do PT, prometendo um governo voltado para as classes trabalhadoras, esquecidas em 500 anos de Brasil. O que se viu foi uma sucessão de escândalos que não cessa. Primeiro, envolvendo o próprio governo Lula, com pagamento de mensalão para que os congressistas votassem com o governo, dólares na cueca do irmão de Genoínio, o tesoureiro do PT envolvido em "n" falcatruas e por aí vai. Depois o filho do presidente sendo acusado de ser sócio da Telemar.
E, no momento atual, o DEM, principal opositor do governo Lula, mostrando que não tem moral para criticar ninguém, pois o governador Arruda, no Distrito Federal, instaurou um regime de cueca cheia de dinheiro público igualzinho ao do irmão de Genoíno.
E eu, sem nenhum espanto, achando tudo previsível num País marcado pela ganância e descompromisso total dos grupos dominantes com a população, pergunto: que porra ainda falta acontecer no Brasil para que haja uma revolução popular neste país de bananas? Uma revolta que varra esta corja e não deixe pedra sobre pedra?