sexta-feira, 30 de julho de 2010

Desemprego, mídia amestrada e políticos indiferentes



ToNy PaChEcO


Eu não aguento mais, mas tenho que aguentar e denunciar: a mídia completamente destituída de compromisso com a verdade anunciando que no governo tal ou qual (federal, estadual, municipal) “aumentou em xis a quantidade de empregos gerados”.

Só não falam numa coisa que está disponível na Internet: quantas pessoas foram demitidas no mesmo período em que foram gerados os empregos?

Sim, porque o que interessa é o saldo entre empregos criados e empregos extintos.

Mas a mídia amestrada segue obedecendo as ordens dos seus amos e vende ilusões.

Só para se ter uma idéia, em 2009 divulgaram que no período "x" da democratização do País foram gerados 16,2 milhões de empregos com carteira assinada no Brasil, segundo o IBGE. Mas, no mesmo período, fui conferir na Internet, foram extintos 15,2 milhões de empregos.

Isto é, na real, foram criados apenas 1 milhão de empregos. Como, atualmente, a população brasileira cresce 2 milhões por ano, em média, temos que há um DÉFICIT de 1 milhão de empregos entre o que é criado e o que é lançado no mercado de trabalho à procura de um primeiro emprego ou de reemprego.

São 2 milhões de novos cidadãos por ano e, agora, quando vivemos uma procura de nossas “commodities” pelos emergentes (Rússia, Índia, China, entre outros), o governo Lula/PT só está conseguindo gerar 1 milhão de empregos ao ano.O déficit grita...

Na Bahia, não é diferente, é pior. Nos últimos 12 meses foram criados 109 mil empregos. Mas quase a mesma quantidade de pessoas empregadas foi demitida: 62% delas sem justa causa, a maneira que o empresário brasileiro encontra para achatar os salários. Demite você que ganha 1 mil reais sem justa causa e admite outro para ganhar 500 reais.

E assim, o empresariado brasileiro construiu, com o auxílio luxuoso do governo federal, um dos menores salários mínimos do planeta Terra.

E Salvador, como sempre, é a campeã do desemprego, gerando, em junho de 2010, por exemplo, 20.630 empregos e extinguindo (demissão) 19.416. Enquanto a média das capitais de estados é de 7% de desemprego, Salvador continua nos 12% de mão-de-obra economicamente ativa sem emprego, sendo que, destes desempregados, 63% o foram sem justa causa.

A CONVENÇÃO 158

E, aí, entra o fator Convenção 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), da qual o Brasil é membro, que determina que seja impedida a demissão sem justa causa do trabalhador em todos os setores econômicos.

O presidente Lula, que é o presidente de honra de um partido que diz ser “dos trabalhadores”, o PT, que significa, para os milhões que não sabem isso nem sabem nada, Partido dos Trabalhadores, não adotou a Convenção no Brasil.

Teve sete anos e meio para fazer isso. Em 2008, com medo da crise da “Bolha Imobiliária Americana”, Lula chegou a ameaçar os empresários de adotar a Convenção, mas preferiu emprestar dinheiro público aos milionários e incentivar a indústria automobilística em vez de segurar o emprego dos trabalhadores.

O Brasil continua a ser um país onde você pode ser demitido a qualquer instante, apenas porque seu patrão transou mal na noite anterior, ou tropeçou no cachorro ao sair da mansão no Encontro das Águas pela manhã quando ia dar sua salutar caminhada.

As centrais sindicais brasileiras (todas: CUT, CGT, Força Sindical e outras), curiosamente, não têm a Convenção 158 como bandeira de luta num país de desemprego crônico.

Mas, o melhor mesmo, é a “oposição” ao governo Lula. Que Dilma Rousseff nem fale em acabar com demissão sem justa causa, todo mundo entende, afinal, ela é a Dilma DUCHEFE. Mas José Serra pensa igual a ela e nem toca nesta questão. Marina Silva, a evangélica reacionária preocupada com a ararinha-azul, não tem a menor preocupação com o inferno em vida que é viver sem estabilidade no emprego.

Ou seja, os três principais candidatos a suceder Lula no Planalto, têm a mesma indiferença que ele em relação ao problema mais cruel das classes trabalhadoras brasileiras, que é a demissão sem justa causa.

E a mídia fica ca-la-di-nha, afinal, manda a boa educação que não se fale com a boca cheia, não é verdade?


quinta-feira, 29 de julho de 2010

Um reacionário em cada esquina

Alex Ferraz

Culpa dele ou não, resultado de um processo de alienação de cinco séculos ou não, a realidade, cruel, é uma só: o nosso povo - assim como o de boa parte deste mundo véio - é altamente reacionário, racista e preconceituoso de uma forma geral.

Não falarei sobre o racismo velado, tampouco de reacionarismo e clientelismo político. Quero ater-me ao preconceito em relação à orientação sexual. Tenho ouvido, em bares e botecos que costumo frequentar para evitar uma clínica psiquiátrica ou barbitúricos para engolir essa realidade estúpida que vivemos, comentários execráveis sobre a liberação do casamento gay na Argentina (antes, quero deixar claro que sou contra qualquer tipo de casamento, gay ou hetero, porque não é comigo esse negócio de papel passado que, como diz o povo, se fosse bom não precisava de testemunha).

Os comentários a que me refiro lembram-me também muitos que pontilharam os sites de notícias quando Michael Jackson morreu, a ponto de um sujeito escrever que "esse viadinho já foi tarde". Sei que Freud explica, pois quanto mais o sujeito reage de forma violenta, verbal e até fisicamente, diante dos gays (detesto este termo, mas fica mais claro), significa que ele tem dentro de si um medo terrível de ceder à vontade de entrar "na onda", mas é no mínimo constrangedor verificar quanta gente ainda é capaz de massacrar um ser humano pura e simplesmente por causa de sua orientação sexual, enquanto baba o ovo de ladrões de casaca e se submete a todo tipo de discriminação e perversidade oficiais, ou não.

Um alerta: a enorme pressão contra o sexo com pessoas do mesmo sexo, pressão esta que aumenta de forma diretamente proprocional aos avanços conseguidos por leis antidiscriminação, tem levado uma multidão de jovens a se casar antes da hora, fazer filhos às pressas, para "provar" à sociedade que são "machos". O resultado se vê a todo momento: crianças abandonadas, marido matando mulher à toa etc. É o resultado de tanta hipocrisia.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

O Brasil mais uma vez atrasado

Foto do filme "Do Começo ao Fim"

Ricardo Líper

A Argentina aprovou o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Não me interessa o que você acha de dois homens ou duas mulheres adultos resolverem se acariciar até chegarem ao orgasmo. Por que não me interessa? Porque a questão é jurídica. Se duas pessoas adultas, de comum acordo, do mesmo sexo, resolvem se acariciar visando o orgasmo, o que você tem a ver com isso? Qual o mal que elas estão fazendo aos outros? Se não lhe obrigarem a olhar, se você não pagou o apartamento ou o hotel no qual elas vão fazer isso, o que você tem a ver com a atitude delas? Ah! mas você acha imoral. É um direito seu. Você acha imoral porque segue a moral sexual católica. Será que você quer impor a moral sexual do catolicismo, pela força da pressão, da hostilidade, da calúnia, de maltratos físicos? Sim, porque ocorrem espancamentos e assasinatos devidos à sua pregação ouvida por pessoas desequilibradas e doentes mentais. Então você é fascista. Em nome de Deus ou seja lá do que for, mas VOCE É FASCISTA. ABSOLUTAMENTE CONTRA A DEMOCRACIA. Apenas isso, fascista. Não se engane. A culpa é sua com sua pregação, que manda pessoas ingênuas e desequilibradas, com o seu discurso, efetuar crimes. Por isso a homofobia devia ser considerada um crime tão sério como o racismo, pelas mesmas razões. Pois bem, Zé BOCÓ, você na profundeza de sua cabecinha nazifascista, porque idiotizado desde criança por esse país carente de inteligência e informação, nunca se perguntou porque os mais civilizados países do mundo já aprovaram a união de pessoas do mesmo sexo? Fizeram assim do nada? Sem pesquisar, sem ouvir especialistas? A questão é simples: não se pode privar uma população significativa em número e desempenho social de ter os mesmos direitos garantidos, pela Constituição, a todos, apenas pelo fato delas amarem de forma diferente, mas sem danos para terceiros. Essa intolerância é uma aberração em todos os sentidos. Jurídica, democrática, social, cultural. E sabe porque esse nosso país não aprovou ainda, porque nossos governos e políticos fazem do exercício do poder um meio de vida. Querem enriquecer. Daí os conchavos, as conveniências, os ajeitamentos. Eles nem querem governar nem civilizar nada, só querem amealhar poder e capital. Isso está muito bem mostrado no filme recém lançado O Bem Amado, principalmente na última imagem que aparece na tela no mapa desse infeliz país. Você sabe quando o Brasil vai aprovar o casamento entre pessoas do mesmo sexo? Depois que o Irã aprovar.
Agora um teste rápido. Se ao ver a foto acima deste texto você se sente mal, saia do armário, assuma que é fascista. Ou procure um médico, você pode ser um psicopata, um doente mental. Não importa que você tenha desculpas, a Bíblia, o Corão ou seja lá o que for. Você usa essas religiões para perseguir, invalidar, torturar o semelhante sem dó nem piedade. Isso é fascismo e/ou doença mental. Se trate ou assuma.

domingo, 25 de julho de 2010

Vá, Diogo, antes que uma bala "perdida" te ache!

Vá! Se pique, Diogo! Aqui, quem morreu é que se fud...! Se você pode ir, vá!


tony pacheCo


Acabo de ver a coluna de Diogo Mainardi em "Veja", esta revista com a qual tenho uma relação de amor e ódio. Amor pelo jornalismo de primeiríssima qualidade. Ódio pelas posições, às vezes, direitistas de seus textos.
Mas, quando li a coluna "Vou embora", de Diogo Mainardi, deduzi, do alto de minha idiotice, que ele deve estar se mudando para a Itália.
Deve ter cansado desta tosqueira que é o Brasil.
Fico dividido por dois sentimentos.
O primeiro, de inveja, pura e simples, de saber que tem alguém inteligente nesta m... de país que consegue escapar daqui sem ter que lavar prato no Primeiro Mundo. Não que lavar prato seja ruim, é que sou alérgico a uma substância que está na maioria dos inseticidas e detergentes, daí não poder levar uma vida confortável de lavador de pratos no Primeiro Mundo, ganhando meus 3 a 4 mil reais por mês, como amigos que tenho em Boston, Montreal, Dublin, Gasglow, Madrid, Barcelona, Viena e Marselha, dentre outros lugares. Todos com nível superior, todos arrumando quartos de hotéis ou lavando pratos e todos ganhando mais do que eu que tenho três diplomas de nível superior neste país, não do Terceiro Mundo, mas do Fim do Mundo...
Então, tenho inveja que Diogo Mainardi vai pra longe desta mer... e eu, não.
O segundo sentimento é de alegria, por saber que um intelectual de primeiríssima linha, daqueles que admiro como admiro, ainda, os textos de Paulo Francis, está saindo da área de perseguição possível do governo semi-totalitário atual e que será, com certeza, totalitário total (com tautologias e redundâncias) a partir de 2011.
Diogo é um felizardo.
A mim, que sou pobre, resta comprar um estoque gigantesco de velas de 7 dias e, de 7 em 7 dias, acender uma e me benzer.
"Santa Maria, Mãe de Deus, eu cheguei na Igreja e me confessei/ Santa Maria, Mãe de Deus..."
Tô fudi...
Eu e mais 192 milhões de oligofrênicos, meus colegas de desdita.

Porque o Brasil não tem mais jeito

Ricardo Líper


Sei que você não gosta de um título desse. Mas se o Brasil pode ter algum jeito será em um futuro muito distante. Vejamos. Um coisa sensata é você só acreditar no que vê, como S. Tomé, no que passa no dia a dia e não o que espertalhões lhe dizem que você está vendo. Parece-me uma obviedade. O que ocorre nesse infeliz país:
1- Elites governamentais se sucedem e, no essencial, mantêm a mesma estrutura que gera recessão, miséria e caos social.
2 - Ficou mais agudo com os Fernandinhos. A elite sucessora, não dou a ousadia de associar socialismo a ela, promove o que está dito aqui ou não altera nada. Existem nos seus partidos quem se diga socialista, mas isso é irrelevante. Que estrutura é essa? Fácil de se perceber a olho nú. Não precisa você ser nenhum especialista. Vamos supor que você ganhe, por mês, líquido, em torno de seis mil reais. Não fique especulando se eu ganho isso. Não seja medíocre tente compreender o texto. Bem, comparando com o salário mínimo não é um salário tão ruim assim. E como você vive então mesmo se for solteirão? Contando os tostões. Possivelmente dividindo em 10 vezes um sapato de oitenta reais. Por que? Porque você já recebe seu salário bruto descontado em torno de setecentos reais. Depois precisa lutar para reaver alguma coisa. Se tiver uma casa pagará um IPTU que é quase um aluguel. Casa vagabunda. Apartamentozinho de merda, hem! Se tiver um carro, por mais ordinário que seja, pagará um IPVA caríssimo e, um seguro, porque inexiste segurança nas nossas cidades. A gasolina é caríssima, uma das mais caras do mundo. A telefonia também. A internet a mais cara, mais lenta, mais ordinária do mundo. Energia e água, nem se fala. O transporte urbano na Colômbia e no Equador, disse Colômbia e Equador não Holanda e Dinamarca é o equivalente a um real e pouco e eles têm o mesmo valor do salário mínimo que nós. Se você, nessa cidade de muita dor, trafegar, em um dia, em quatro ônibus gasta mais de nove reais. Equivale a um almoço e um jantar populares. E ninguém nem chia com isso. Muito menos o governo socialista ou não. Seus filhos ou parentes, sobrinhos etc não conseguem emprego são concursistas há anos. Não há quase nenhum emprego para ninguém. É a recessão. Acabaram pequenas empresas. Ninguém é louco para abri-las. Vai gastar uma fortuna e até para fechar torna-se um desespero e gastos e mais gastos. Não estou incluindo o dinheiro gasto por fora... Loja aberta significa assalto. Só quem parece que emprega nesse país são os traficantes. Nós somos um dos países mais violentos do mundo. Daí a vida terrível que você passa. Para sair para jantar com amigos a conta, mesma dividida, pesa. Tudo aqui é de baixa qualidade e muito caro porque o Estado cobra impostos sobre tudo e cada vez mais. Para quê? Para as elites que se sucedem terem patrimônios fabulosos, favorecer amigos e parentes como os políticos que foram obrigados a revelar, declararam na imprensa. Quer dizer, o que está no nomes deles. E o povo? O povo é o assunto da próxima postagem. Ah! me esqueci. Tem de pagar um seguro saúde caro que vai lutar para não lhe atender. Nessa cidade de muita dor, mesmo com o seguro saúde pago, não se tem vaga nos hospitais. Precisa pistolão, paciência e muita reza. E quando se consegue a chance de dar entrada no hospital, principalmente se for idoso, corre o risco de morrer de pneumonia e nada ocorrerá com quem lhe matou. Nem o sistema nem o hospital serão investigados e processados. Já está ficando comum idosos morrerem de pneumonia nos hospitais da cidade de muita dor e nas outras do pais. Ninguem investiga. Descrevi o inferno ou não? Pergunto a você, se não tomou cretinil, dois ou três comprimidos ao dia ou está mamando nas tetas da elite dominante algumas migalhas, incluo você Petilda e também Brasilino: é ou não é a falência de qualquer resquício de civilização. Estou mentindo? E tem mais, essa estrutura, que ficou aguda com os Fernandinhos, não foi nem arranhada pelos subsequentes e, ganhe quem ganhar as eleições, continuará a mesma com tendência a piorar. Satanás está retirando seus domônios mais queridos, e são muitos nesse país, antes das eleições. Só vai mandar para cá os que ele quer punir...

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Quando é que o Brasil vai ficar pronto?


Note que não há acostamentos e os caminhões acabam espremendo os carros menores. Eu teria vergonha de presidir o Brasil e deixar esta situação na maior rodovia do País.




tonY PAcheco


Ao viajar pra fora do Brasil, o que mais me impressionou, tanto nos EUA, por duas vezes, e na Europa, foi o fato de que a infraestrutura dos países desenvolvidos era infinitamente melhor que a brasileira.

Viajar de automóvel de Miami, na Flórida, até Washington, por rodovias de concreto em vez de asfalto de até 10 faixas de rolamento ou de Lisboa até qualquer capital da Europa por trem ou de automóvel impressiona, pois está tudo pronto lá, à disposição dos cidadãos comuns. Não se vê estrada ou linha férrea sendo construída. Eles já passaram por isso.

Pano rápido.

Corta para 1986, quando comprei meu primeiro carro zero quilômetro. Sarney era presidente da República e Dilson Funaro (já falecido) era ministro da Fazenda. Eles lançaram o Plano Cruzado e como tenho formação em Economia pela Universidade Federal de Juiz de Fora e também pela UFBA, o pouco que aprendi me dizia que o Plano Funaro era um Plano “Furado” e publiquei um artigo sobre isso em “A Tarde” graças à paciência de Cruz Rios, então secretário de Redação.

Como sabia que era um plano furado, procurei logo comprar meu carro zero enquanto tudo não ia por água abaixo, como alguns meses depois acabou indo.

E, nisso, realizava um sonho de infância que era sair dirigindo meu próprio carro pelas estradas do Brasil.

TUDO EM OBRAS

Peguei meu Santana Quantum 1986, zerinho, e me joguei na Rio-Bahia (BR-116) com um amigo tenente do Exército para o revezamento ao volante. Destino: Minas Gerais. Percurso: 1.550 km, quase o equivalente a ir de Lisboa a Paris atravessando Portugal, Espanha e França. É muito chão.

Nunca me esqueço que o que mais me chamou a atenção foi a pobreza das populações à beira da Rio-Bahia, principalmente na Bahia.

O outro fator de destaque foi a quantidade de trechos em “obras de recuperação” e a quase ausência de acostamento tanto na Bahia quanto em Minas Gerais.

Para uma rodovia que é o maior eixo rodoviário do Brasil, com 4.385 km (quase o equivalente a atravessar a Europa inteira, de Lisboa a Moscou), causou-me espanto o asfalto de péssima qualidade, a sinalização pífia, a buraqueira e ser uma via de apenas duas faixas: mão e contramão. E este desmazelo numa rodovia que liga Fortaleza, no Ceará, a Jaguarão, no Rio Grande do Sul, servindo também de ligação entre Rio e S. Paulo, trecho em que é chamada de Via Dutra.

A partir de 1986, todos os anos, uma ou mais vezes por ano, sempre fiz este percurso.

PRESIDENTES OMISSOS

Viajei todos os anos, passando pelas administrações de Sarney, Collor, Itamar, FHC (oito anos) e, agora, Lula (sete anos e meio).

Tenho a testemunhar que todos, sem exceção, nada fizeram de extraordinário por esta rodovia que nasceu entre Rio e S. Paulo pelas mãos do presidente Washington Luiz, em 1928, aquele que dizia que “governar é construir estradas”.

FHC, por exemplo, passou oito anos no poder e a única coisa que fez de relevante pela BR-116 foi abandoná-la nas mãos de uma malta do então DNER que vivia anunciando “milhões em investimentos rodoviários” que nunca chegavam às estradas.

Lula foi no mesmo caminho. Há menos de cinco dias retornei de uma viagem por quase 4 mil km por esta rodovia e só o que vi foram as eternas obras pré-eleitorais de recapeamento. Nada de duplicação (como já foi feito entre Rio e S. Paulo e S. Paulo e Curitiba), nada de acostamentos no mesmo nível da pista principal, nada de sinalizações horizontal e vertical de confiança. Sempre o mesmo asfaltozinho rastaquera que esburaca nas primeiras chuvas.

Lula tem apenas um diferencial, como está apavorado em não perder a eleição para sua candidata-mamulengo, encheu a estrada de trechos de recuperação do asfalto, atrasando a viagem com obras de fachada que não mexem no fundamental, que seria a duplicação e correção de curso (para economizar, segundo alguns, mais de 400 km de trechos mal desenhados) da maior rodovia brasileira.

RESUMO DA ÓPERA

O Brasil tem uma classe política incompetente, que chega ao poder representando apenas as classes dominantes que também são incompetentes e descompromissadas com o desenvolvimento do País. Parecem classes dominantes coloniais, que estão aqui apenas para explorar o povo e as riquezas para ir gastar os lucros nas metrópoles (Nova York, Miami, Paris, Londres, Madrid ou Roma).

Por isso nossa infraestrutura é ridícula, até mesmo se comparada com os emergentes Índia, China e Rússia, todos com ferrovias, rodovias, portos e aeroportos em maior quantidade e melhor qualidade que os brasileiros.

Bem, já são 34 anos rodando pelo Brasil. Depois de três décadas e meia de espera, uma coisa já tenho certeza: NUNCA VAI MUDAR.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Os desavisados e o filho único

Gandhi e Frank Sinatra eram filhos únicos

Ricardo Liper

Além de picaretas, equivocadas na maioria das vezes, é comum as pessoas serem desavisadas. Some tudo e terá uma única palavra para elas: alienadas. O alienado é o que não enxerga a realidade, não enxerga um palmo além do nariz. Segue ideologias espalhadas na mídia pelas espertalhonas elites sociais. Como pau-mandado, quando abre a boca é para fazer os outros de bestas.
Feita esta introdução, vou dar um depoimento. Sou filho único. Sempre adorei isso. Tive a imensa sorte de ter os melhores pais do mundo. Por isso não me conformo, nem quero me conformar, com a perda deles, fruto de uma natureza sem sentido. Meu pai era professor e advogado, chegou a dirigir uma escola de segundo grau. Sensato, lutando muito junto com a minha mãe para sobreviver com dignidade, só tiveram um filho. Aí apareceram os outros ("o inferno são os outros", de Sartre) para me massacrarem. Não conseguiram, porque sempre li muito e sei detectar a alienação e a cretinice das pessoas. O materialismo de Marx me salvou, viu gente desavisada de meia tigela, da baixa auto-estima que queriam me impor.
Há muito pouco tempo atrás, se achava que as famílias deviam ter sempre muitos filhos. A razão é que a tecnologia pouco avançada, o escravismo disfarçado da sociedade, exigiam muitos filhos para aumentar a mão-de-obra barata para as elites sociais. Tinham sujeitos no interior que faziam muitos filhos na mulher oficial e noutras que explorava sexualmente. E, ainda, tinham as crias da casa, mão-de-obra trocada por restos de alimentos produzidos no quintal. Hoje a coisa mudou, ficou tudo mais caro, a tecnologia e a recessão criaram uma multidão de desempregados. Resultado: quando passo numa banca vejo uma revista de circulação nacional com artigo de capa mudando ideologicamente a questão do filho único. Elogios e mais elogios às famílias que só têm um filho. E dizendo que nós filhos únicos somos mais bem educados e damos certo na vida mais do que aquelas antas de famílias numerosas. Isso deve ser tolice ideológica. Mas é interessante para professorinhas, psicologozinhos lambedores de cu de padre, interioranos na alma e desavisados ficarem com cara de banjo. Não foram só estas criaturas, mas parentes e vizinhos alienados que, coitados, não hesitavam em me massacrar com comentários e um olhar de pena como se eu fosse um leproso quando era apenas uma criança. Sim, eu fui criança, como todo mundo, porra. Só que, como diz a reportagem, rsrsrsrsrsrsr, mais bem criado e inteligente. Daí sempre não acreditei em desavisados e cretinos. Só acredito no que vejo e sinto e leio de autores que gozam de saúde mental.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

África do Sul volta a seu pesadelo social

Alex Ferraz

Os bilionários cartolas do futebol mundial e as não menos ricas empresas que têm produtos ou serviços ligados à Copa do Mundo insistem em tentar fazer crer que o evento traz enormes vantagens para o país sede. Balela.

Vejam, por exemplo, o caso da África do Sul. Além de ficar com faraônicos estádios para fazer sabe-se lá o quê, o país voltou à sua problemática rotina no dia seguinte à partida final. Mal o espanhol Iker Casillas abaixara a taça levantada na final contra a Holanda, e o governo sul-africano ocupava regiões paupérrimas de Johannesburgo, com o intuito de controlar a tensão gerada por ataques xenófobos contra imigrantes.

Terminado o sonho da Copa e silenciadas as vuvuzelas, o sul-africano voltou ao pesadelo de milhões de desempregados, de outros tantos milhões morrendo de Aids e de uma desigualdade social abissal.Jacob Zumba, o presidente, conforme informações de reportagem do Estadão, já fala em sediar as Olimpíadas de 2020 e, não se sabe tirando de onde tal ideia, afirma que "não há preço para o que ganhamos ao abrigar essa Copa." Bem, na verdade preço foi o que não faltou: dados do próprio governo dão conta que, entre o previsto em 2004 e o final das obras em 2010, o custo da Copa sul-africana aumentou em nada menos que 11 vezes, num gasto que, conforme cálculos de ONGs locais, daria para construir casas para 12 mihões de sul-africanos (população que vive em favelas no país).

Mas quem foi lá para gerenciar o circo e subir no picadeiro, ou seja, os cartolas e os jogadores, saiu numa boa, melhor do que já estava, já que a Fifa arrecadou a bagatela de 3,2 bilhões de dólares (sem pagar um centavo de imposto, como será também aqui no Brasil) e os jogadores que mais se destacaram, assim como os noviços que se revelaram, tiveram suas cotações ciclopicamente aumentadas na bolsa mundial de craques.Então, caros leitores, fica patente, mais uma vez, que a Copa do Mundo é mesmo um grande circo para engabelar o povo e enriquecer cartolas e empresas outras que faturam (e superfaturam!) com seus negócios. O resto é papo furado pra bandeirinha dormir.

domingo, 18 de julho de 2010

Brasil país subdesenvolvido

A foto fala e mostra como são as coisas

Ricardo Líper

Curioso como certos termos deixam de circular por interesses de algumas elites acadêmicas e governamentais. Fica parecendo, a quem olhar superficialmente cidades brasileiras que somos um país, como está vendendo as nossas elites, desenvolvido, com um grande futuro. Engano. Só propaganda enganosa. Costumo chamar países assim de inchados. Capitais estrangeiros e locais investem em tecnologia para obter lucros e daí surge a aparência de desenvolvimento em um "paisote" qualquer. E por que ele não é desenvolvido? Porque desenvolvido é um conceito que envolve uma série de requisitos e não só prédios de janelas de vidros e vias com prédios e shoppings. É preciso ter emprego. Empreeeeeeeeeeeeeeeeeeegooooooooooooooooo para as pessoas. Fácil de conseguir. É preciso muitas empresas pequenas em atividade e empregando gente. É preciso se ter segurança ao sair nas ruas e ter uma pequena casa comercial sem ser assaltado. É preciso ter atendimento médico correto e sensato. É preciso ter escolas que prestem e professores bem remunerados. Agora, sem nada disso é subdesenvolvido mesmo. Inchado. Predinhos e bugigangas tecnológicas nunca foram desenvolvimento. Estatísticas do governo sobre sucessos econômicos muito menos. Saiba distinguir inchaço de saúde.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Bruno: apenas mais um idiota brasileiro


Bruno é apenas mais um idiota que acredita que futebol é, como a política, passaporte para a impunidade. Na maioria das vezes, é mesmo.

tony PachecO


Alguns amigos que seguem este blog perguntam porque ainda não nos debruçamos sobre O Caso Bruno (ou O Ocaso de Bruno).

Não sei Alex e Ricardo, mas eu encaro este caso apenas como mais um ESPETÁCULO de nossa sociedade capitalista indigente. E por que indigente? Porque enquanto o capitalismo americano usa Hollywood para entreter as massas e o capitalismo chinês usa suas obras faraônicas para o mesmo intento, o capitalismo brasileiro, pobre, esquálido e sem muita imaginação, usa, num dia, o futebol para unir o populacho em torno de um objetivo patriótico (a Copa esteve aí, ocupando a mente das massas ignorantes durante meses) e no outro dia, usa um jogador do mesmo futebol para recriar o mundo de Mani, com seu Bem e o seu Mal estritamente delimitados.

Quer dizer, é tudo ESPETÁCULO. Futebol serve para patriotadas e serve para educar as massas e distraí-las também com assassinatos, punições, noções rasteiras de Justiça e por aí vai.

Neste sentido, recomendo a quem nos cobra uma opinião, que CONSTRUA A SUA PRÓPRIA, com a leitura do livre de Guy Debord, “A Sociedade do Espetáculo”.

Debord nos mostra que esta alienação brutal de ficar sempre VIVENDO A VIDA DO OUTRO, é o fundamento básico da tirania das classes dominantes sobre nós, o populacho.

A Copa do Mundo e, logo depois, quando ela é perdida pelo Brasil, substituída pelo Caso Bruno, é a conseqüência do modo capitalista de organização social que assume novas formas e conteúdos em seu processo dialético de nos submeter ao comando de nossos políticos e, ao mesmo tempo, nos fazer sentir que somos partes da solução dos problemas.

É a eterna luta de classes de que nos falavam Proudhon, Marx, Bakunin e tantos outros, só que, desta vez, num novo cenário: o palco que é a nossa vida.

Por que falar de Bruno, se crimes muito mais horrendos ocorrem a todo instante neste país de m... Somos um genocídio permanente, onde classes dominantes ineptas para a realização de um mínimo de bem comum, se comprazem em nos instigar para nos reproduzirmos e elas assistirem, dando risada, à nossa auto-imolação nas ruas em assassinatos brutais, consumo desenfreado de drogas legais e ilegais, assaltos e roubos, desemprego epidêmico, saúde fragilizada, educação pífia e a eterna sensação de que não temos perspectiva.

Bruno não é nada. É apenas mais um rapazinho idiotizado por uma sociedade esquizofrênica. Nem traços de psicopatia consigo vislumbrar em suas recentes declarações, tampouco em seu passado colocado para nós pela mídia.

A única coisa que vejo é mais um idiota, dos 192 milhões de idiotas, ACREDITANDO no espetáculo do qual faz parte.

Nem precisam me dizer: estou, MESMO, de saco cheio.

domingo, 11 de julho de 2010

O Irã está evoluindo, senhores!

Alex Ferraz

A Anistia Internacional (AI), sempre chata e radical e que vive procurando arbitrariedades nos governos, imiscuindo-se nos assuntos internos de países, pediu no último dia 9 às autoridades iranianas que não executem "por nenhum método" Sakineh Mohammadi Ashtiani, culpada de adultério. Essa tal de Anistia é mesmo radical: o sensato governo do Irã, parceiro do nosso País (via governo e empresários brasileiros), já havia revogado, ainda que "a princípio", a condenação à morte por apedrejamento da maldita mulher que ousou trair o marido.
Intransigente, a Anistia insistiu e recebeu ponderada resposta da agência oficial Irna, do sábio governo iraniano, dando conta de que a pena de apedrejamento de Ashtiani está sendo revisada pela Justiça. De acordo com Mohammad Javad Larijani, chefe do Escritório de Direitos Humanos (!) do Departamento iraniano,
"ela (a excomungada adúltera, digo eu) foi condenada a setenta chibatadas por um tribunal e apedrejamento por outro, mas o veredicto está sendo revisado". Que alívio! O bondoso senhor dos "direitos humanos" no Irã afirmou ainda que a pena de apedrejamento existe na lei, mas que os juízes a usam apenas "de vez em quando."
Preocupada com a repercussão internacional do caso, graças ao radicalismo dessa tal Anistia Internacional, a embaixada iraniana em Londres anunciou, na última quinta-feira, que Ashtiani, de 43 anos, não ia ser apedrejada, castigo ao qual foi sentenciada por ter tido, supostamente, uma relação extraconjugal.
Por sua vez, a Anistia, em comunicado, afirma que, embora tenha sido retirada sua condenação por apedrejamento, que foi ratificada pela Corte Suprema do Irã em maio de 2007, ainda é possível que a vítima, que se declara inocente, seja enforcada.
Bem, acho que a Anistia é mesmo muito radical. Afinal, o governo do Irã, através da sua Justiça, já mostrou que está evoluindo e é provável, até, que troque o apedrejamento de adúlteras pelo método mais humano de execução que é o enforcamento. Esse pessoal da AI fala demais, vai ver que estão querendo prejudicar a imagem do Irã. Devem estar a serviço de obscuras forças capitalistas, que não querem que um país tão civilizado tenha sua bomba atômica e domine parte do mundo. Pois eu estou tão feliz com a evolução iraniana que penso até em me mudar para lá...

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Cartórios torturam a população

Alex Ferraz

Vejo na TV mais uma das inúmeras denúncias sobre a absurda e medieval tortura a que são submetidas as pessoas que precisam de serviços cartoriais em Salvador. Perde-se, literalmente, um dia inteiro para um simples reconhecimento de firma, pois há cartórios que distribuem fichas pela manhã (e o cidadão tem que chegar de madrugada na fila!) para atendimento a partir do meio-dia.
Esta uma situação que dura décadas e já gerou, inclusive, toda uma indústria, por assim dizer, de serviços cartoriais. Por exemplo, há empresas que realizam os serviços de reconhecimento de firma cobrando R$ 15 por cada trabalho, contra os R$ 1,25 cobrados no cartório. Ou seja, multiplicam o custo por MAIS DE DEZ. Aliás, a burocracia existe exatamente para render muito dinheiro aos que sabem os “caminhos” para se livrar dela e talvez por isso seja uma instituição eterna.
O Tribunal de Justiça da Bahia limita-se aos discursos de sempre, dizendo que vai fiscalizar e obrigar (sic) os cartórios a realizarem um atendimento mais civilizado. E afirma que nada pode fazer em relação aos agiotas da burocracia, que cobram os olhos da cara para que as pessoas evitem a tortura.Na Assembleia Legislativa da Bahia, cochila o projeto de privatização dos cartórios, que é visto como uma solução (é ver para crer!) pela maioria. Por trás de tudo isso, um ciclópico jogo de interesses vai conduzindo a situação, enquanto, repito, muitos ganham muitíssimo dinheiro, fácil, às custas do sofrimento de um povo que parece ter nascido para ser sacrificado.
Não há como explicar tanta demora para dar uma solução a este problema senão através dos interesses mesquinhos, muitas vezes escusos, que estão por trás de tanta burocracia. Lamentável é ver, ainda que indiretamente, a própria Justiça enredada numa situação deste calibre, algo que só faz acirrar a imagem nada simpática que a instituição tem neste País.

Aliás, o reconhecimento de firma, por si só, já é uma aberração. O Brasil é um dos pouquíssimos países que adotam este tipo de burocracia. Na maioria das nações civilizadas, a simples assinatura é suficiente.

Mas vou e volto: com a esperteza vulgar que costuma reger as atitudes em nossa sociedade, dos mais pobres aos tubarões, talvez seja mesmo necessário um monte de garantias, além da palavra e da assinatura.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

O Capitalismo Existe.

Pode não trazer felicidade mas impede muitas infelicidades

Ricardo Líper
Estou convencido que nas sociedades burguesas e capitalistas, sim esses nomes não são ultrapassados não, o que rege tudo é o dinheiro. As nossas sociedades são capitalistas. Em resumo ou você tem dinheiro ou você se fode. Termina debaixo da ponte e será mais massacrado do que qualquer pessoa em um campo de concentração também pelas pessoas como nós, de bem. A única coisa importante na sociedade capitalista é dinheiro. O resto é hipocrisia. Quem não o tem será abandonado e entregue aos lobos nas ruas. O dinheiro é o abre te sésamo. A varinha de condão. A mágica. E todo mundo adora dinheiro. Sim, um verdadeiro socialismo iria dar apoio a todos e minimizar isso. Mas os socialistas não resolveram o problema do poder político dentro do socialismo. Estabeleceram ditaduras ridículas e sanguinárias e perderam o poder. Marx seguiu Hegel, que era idiota, em relação ao que era o poder do Estado, e ferrou teoricarmente o impulso liberdator do socialismo da época. Intelectuais e acadêmicos, a grande maioria malucos e equivocados, sempre em tudo, ficaram com cara de besta e, só muito tardiamente, tiveram raiva do socialismo, uma raiva muito radical de menino que o sorvete caiu no chão antes de lambê-lo. e aí emburradinho e com beicinho não quer mais que o pai compre sorvete para ele. Daí hoje estarem dando ênfase ao estudo de pensamentos estranhos como a fenomenologia e autores antes tidos como idealistas e burgueses o que é verdade. Daí, deixe de hipocrisia ,e corra atrás do dinheiro senão, como diziam as professorinhas, psicologozinhos, orientadoras educacionais, se lembram do S.O.E.? Você será um desajustado. O negócio é dinheiro. Os judeus sabem disso e estão corretíssimos, só nisso, a ideologia judaica é a anti-câmara do fascismo. Digo judeu que segue o judaismo, viu debil mental, aprenda a interpretar o que ler ou ler o significado da frase corretamente e não só o que sua vã cabecinha quer para esculhambar os outros. O ser humano que nasceu em Israel, filho de judeus, que pode se tornar ou não judeu, isto é, seguidor do judaísmo, não é judeu de fato, como você que, por idiotia, segue os preceitos do Torá sem nem saber o que está seguindo. Você aqui nessa merda é judeu e ele não. Pois é meu fiiiiiiiiiiiiiilho, vê se usa sua cabeça além de suporte de chapeu.

domingo, 4 de julho de 2010

Lapsos de memória dos coleguinhas

tony pacheCo

Pego carona no post de Alex Ferraz e lembro algumas coisinhas que os coleguinhas, estrategicamente, "esqueceram":

A primeira e mais terrível baboseira dos coleguinhas jornalistas especializados em futebol (sim, porque não são especialistas em esportes lato sensu, só entendem de futebol, e olhe lá...), é ficar repetindo que a Copa FIFA é "O MAIOR EVENTO ESPORTIVO DO MUNDO".
Não, não é, nem de longe.
Na África do Sul foram 32 seleções e mais ou menos 740 jogadores.
Para se ter uma idéia por baixo, as Olimpíadas de Pequim 2008 tiveram 31 esportes e 302 eventos (165 para homens, 127 para mulheres e 10 mistos) e mais de 10 mil atletas de 204 países.
A quem servem, portanto, os coleguinhas que insistem em passar informações erradas que glorificam um esporte que é tão limitado como o futebol?

Esportes nacionais

O que ninguém diz também é que na África do Sul os esportes populares são o rúgby e o cricket, vindo o futebol em terceiro lugar.
E países que fazem parte desta Copa 2010 nem tem o futebol como esporte nacional, que é o caso da Austrália, Coréia do Sul, Estados Unidos e Japão, por exemplo.
A imprensa amestrada desinforma ao, nem de longe, citar que o futebol é apenas um esporte simplório e, por isso, facilmente massificante e, por isso mesmo, o preferido pelas classes dominantes de vários países para distrair a atenção do populacho dos seus verdadeiros problemas.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Casseta & Planeta, urgentíssimo!

Alex Ferraz

Além de ser um desfile de cachecois e casacos fashion, a transmissão pela TV da Copa do Mundo 2010 tem me impressionado pela repetição de observações absolutamente óbvias e desnecessárias, como as que dizem respeito ao clima, por exemplo. Reparem que praticamente todos os jornalistas que falam de lá fazem questão de assinalar que está fazendo frio, que as temperaturas são baixíssimas (sic) etc. Claro! Estamos em pleno Inverno no Hemisfério Sul (a metade do planeta que fica abaixo da Linha do Equador) e a África do Sul, que, como o nome já diz, fica no extremo Sul da África, quase na mesma latitude do nosso Rio Grande do Sul, tem, então, temperaturas baixas, tão baixas ou às vezes nem tanto quanto as registradas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, até mesmo na capital paulista (onde já peguei seis graus!) e, para chegarmos ainda mais próximos, equivalentes às de algumas cidades baianas como Piatã, na Chapada Diamantina, onde a temperatura chega a zero grau facilmente, no auge do Inverno. Então, senhores, espantoso seria registrar 12 graus em Teresina ou no Saara durante o dia (porque deserto, à noite, é frio paca).Outra coisa de tabaréu é ficar chamando a atenção, todo o tempo, para o fato de lá ser noite quando aqui ainda é dia. Ora, ora. Isso acontece desde que o planeta Terra, oriundo da fusão da massa de poeira cósmica que orbitava o Sol há cerca de cinco bilhões de anos, passou a girar sistematicamente em torno do seu próprio eixo. Giramos a 1.600 km/h e a cada momento partes são expostas ao Sol (dia) e outras vão entrando na escuridão (noite), eternamente (queremos crer) no sentido Oeste/Leste. Portanto, não me espanta que aqui seja meio-dia e no Japão seja meia-noite, já entrando no dia seguinte.Olha, gente, acho que nem o saudoso Bussunda, se vivo fosse (como gostam de dizer os jornais), proporcionaria situações tão risíveis como esta cobertura da Copa. Na verdade, o que me parece é que, considerando toda a população brasileira como oligofrênica (ainda que certa parte o seja, de verdade, como de resto acontece em todo o mundo), os coleguinhas que estão na África mostram o clima e o fuso horário para nós como os primeiros portugueses que aqui chegaram faziam com os índios, ao lhes darem espelhos de presente. Ah, galera, ninguém merece!