segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Nova Fonte Nova não obedece à FIFA sobre estacionamento

No projeto do Novo Maracanã (acima) para a Copa 2014 estão previstas 14 mil vagas de estacionamento para 86.000 torcedores. Na Nova Fonte Nova serão SÓ 1.984 vagas para 50 mil torcedores. A FIFA exige 8.405 vagas.

tOnY pAcheCo

Eu não sei bem o porquê e, a essa altura, nem quero saber, mas meus colegas jornalistas não denunciam - nem com reza de Mãe Preta - que a Nova Fonte Nova está sendo construída SEM CUMPRIR as exigências da FIFA.
Está lá, bem claro, pra todo jornalista ver: a FIFA exige que haja uma vaga de estacionamento para cada 6 torcedores nos estádios destinados à Copa do Mundo de 2014.
No Rio de Janeiro, o governo estadual vai construir 4 estacionamentos (como se vê no projeto acima, apresentado à FIFA) com 14 mil vagas para 86 mil torcedores, pois a Federação Internacional de Futebol exige que os estádios não tumultuem o trânsito nas cidades-sede da Copa.
Aqui na Bahia, como a Nova Fonte Nova terá assentos para 50.433 torcedores, então, segundo as EXIGÊNCIAS DA FIFA, teria que contar com 8.405 vagas de estacionamento.
No entanto, o Governo do Estado está anunciando SOMENTE 1.948 vagas.
A FIFA também EXIGE 500 vagas para ônibus de turismo. Até agora, o Governo do Estado não anunciou que haverá um estacionamento próprio para estes veículos.
Quer dizer, a imprensa, que deveria estar vigiando a construção deste estádio, está caladinha a respeito. Existe uma DIFERENÇA BRUTAL entre o que a FIFA EXIGE (8.405 vagas de estacionamento) e o que o Governo do Estado da Bahia está providenciando: 1.948 vagas.
Na verdade, a FIFA é até parcimoniosa em relação a vagas de estacionamento, já que, em média, para estádios de futebol, vão quatro pessoas em cada veículo, o que daria um afluxo veicular de 12.608 carros num jogo de casa cheia. Mas, supondo que só iriam 8.405 veículos, onde ficariam estacionados os outros 6.457 que não teriam vaga na Nova Fonte Nova???????? O entorno da Nova Fonte é basicamente histórico e não se antevê, olhando a área de helicóptero, onde poderiam ser construídas as 6.457 vagas que estão FALTANDO...
E se você não tem dinheiro pra pagar um vôo de helicóptero, apenas acesse o Google Earth em seu computador e digite lá: "Salvador, Bahia, Brasil, Fonte Nova" e você terá imagens aéreas gratuitamente e verá do que estou falando.
Ou seja, vai ser o maior tumulto em dias de jogo em Nazaré, Jardim Bahiano, Saúde, Brotas, Tororó e Mouraria, durante várias e várias horas, pois sem ter onde estacionar, os carros vão ser parados nas faixas de trânsito das vias, em cima dos jardins, isto é, UM MANGUE.
Este é o momento de a imprensa forçar a barra para que o Governo do Estado da Bahia seja OBRIGADO a obedecer às EXIGÊNCIAS DA FIFA.
Mas, hoje em dia, uma coisa difícil de encontrar é jornalista que se importe...

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

A Ditadura Abortada

Sem Total Liberdade de Expressão não há democracia
Ricardo Líper
Eu disse, ontem, a alguns amigos: iniciou-se, de forma explícita, a ditadura no País. O motivo de minha revolta foi a proibição de os humoristas fazerem humor sobre os políticos. Qualquer imposição contra a liberdade de expressão pelo poder, seja lá qual for, é fascismo e ditadura. Não existe aí nenhum meio termo. Eu apóio qualquer expressão de opinião, seja em que forma for. Só excluo a ofensa pessoal, citando o nome da pessoa, a foto da pessoa, a injuriando. Aí sim a lei deve intervir. Quanto ao resto, basta o direito de resposta garantido e levado a sério. Reparem que multar é o mesmo que prender. É punir de forma torpe o indivíduo para o impedir de falar. É fascismo também. Já o direito de resposta atinge o autor, mas sem atingir a liberdade de expressão. Sei que os grandes jornais são financiados por capitalistas. Que eles, jornais fascistoódes, têm uma censura interna feroz. Entretanto, isso não justifica uma lei impedindo isso ou aquilo, porque atingiria os jornais capitalistas e fascistas, muitos do quais já desacreditados, mas também atingiriatos independentes, como esse blog e outros veículos. Acho a crítica a tudo e a todos, seja de que forma ocorra, o principal motor da civilização. Sem isso só reina a estupidez, a tirania e a ditadura. É difícil eu me entusiasmar com alguma coisa neste País de miseráveis governado por elites inconsequentes. Mas, hoje, ao saber que o Supremo Tribunal desta terra abandonada pelos deuses impediu de fascistas estabelecerem o início de uma ditadura, me fez r um fiel estusiasta dos juízes que decidiram pela liberdade de expressão. Peço ao Tony, pois não tive tempo ainda de ler a notícia na íntegra, que cite o nome de todos os juízes, para sabermos o nomes desses heróis. Os inimigos dos reis vos saúdam pelo imenso serviço feito ao Brasil e ao Povo Brasileiro!

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

E a Bolseteria de Jajá? Vai pra aonde?

Por Jah! Sem bolsas, agora vão restar poucos lugares para os homens colocarem o seu batom Garoto.

toNy pacHeco


Falou-se tanto em demolição das barracas da orla de Salvador, que ia causar desemprego e prejuízos para o turismo, mas não se falou em algo que cala fundo na alma do baiano do sexo masculino: a compra de bolsas na Bolseteria de Jajá.
Entre Piatã e Placaford existia uma "pussy store", oooooops!!!, quero dizer, uma "purse store" que, certos dias, ficava aberta 24 horas, com atendimento por meninas de finíssimo trato: negras, morenas, loiraças belzebu, índias, caboclas. Todas gentilíssimas com a clientela formada de homens com H maiúsculo.
E, aí, um parêntese: quando falo homens com H, falo de homens cujo maior prazer na vida é deliciar-se com comprar uma bolsa, e não aqueles que abriram mão do prazer (e, aí, lembro Sigmund Freud - o homem é um ser que veio a este planeta só para buscar o prazer). Homenzinhos que se contentam em amealhar alguns dólares, euros ou reais para depois deixar o Ricardão gozar seu dinheiro com a patroa depois que eles se vão cedo demais por causa do ataque cardíaco não estão na categoria do H...
Voltando à vaca fria. No paraíso chamado Bolseteria de Jajá, muitos amores foram construídos, muitos encontros memoráveis aconteceram e quem não comprou uma bolsa na Bolseteria de Jajá que atire a primeira pedra (como diria o presidente Lula a respeito da mulher que será apedrejada por Ahimadinejad no Irã).
Eu me diverti enormemente por ali, quando nosso instrutor de karatê nos levava para uma aula de katás e kumitê ao ar livre, aos sábados pela manhã. As atendentes nos tratavam bem, mesmo a gente com nossos quimonos alvos como as flores de cerejeira. Elas tinham a esperança de que a gente largasse aquele negócio de homem atracado com homem e dedicasse uns minutos para apreciar as bolsas. Só não entendiam que nem todo homem gosta de bolsa e, como diria Milton Nascimento, "qualquer maneira de amor vale a pena" kkkkkkkkkk
Pois é, com a demolição da bolseteria, a pergunta que não quer calar é: onde, pelo amor de Jah, se encontrará bolsas como da Bolseteria de Jajá?
E moças tão atraentes e delicadas como as atendentes que tinham o sorriso da cor do sol da manhã, onde se encontrará?

Este é um assunto seriíssimo ao qual deve ser dada resposta imediata, pelo Ministério Público da União e pela Justiça Federal, que, dizem, estão por trás da demolição.
Acabaram com o 63, com a maravilhosa Montanha e, agora, com a Bolseteria de Jajá.
Só falta colocar "burka" nas mulheres de Salvador, a continuar neste ritmo...
Agora, fala sério: esta cidade só tem homem que não gosta de mulher?
Pois esta indiferença com a derrubada de tal patrimônio só pode ser explicada por uma misoginia pra lá de suspeita.
Huuuuummmmmmmm!!!!
Huuuuuummmmmmmmmmm!!!

* para os libidinosos de plantão, que não levaram a sério o meu post, só digo o que está no escudo da Rainha da Inglaterra - "Honi soit qui mal y pense" (Mal haja a quem nisso põe malícia).

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Hitler só queria ser pintor

Quadro pintado por Hitler. Ele era tão ruim assim?

Ricardo Líper


É, se você ler a biografia de Hitler, com cuidado, percebe isso. Ele, inclusive, viveu muito tempo dos cartões que pintava. Depois, impedido por quem controlava o mercado de artes, as academias, não precisa dizer quem, ele ficou na marginalidade e foi ser um dos que se agregaram às idéias nazistas. Estou aliviando o fascismo dele? Não. Mas é preciso que quando resolvermos perseguir o semelhante de forma autoritária e fascista nos lembremos desse emblemático episódio. Viu acadêmicos e funcionariozinhos autoritários... Esse é um assunto tabu na reflexão sobre a maldade humana, não só de Hitler, mas dessas criaturas anônimas atrás das instituições que perseguem os outros.

TSE permitiu que Lula participe da campanha

tony Pacheco

A melhor resposta ao meu post anterior ("Lula se desincompatibilizou?"), deram-me pessoalmente: saiu nos jornais que o TSE permitiu que Lula participe da campanha de Dilma Ducheff e de outros candidatos petistas e não-petistas "FORA DO HORÁRIO DE EXPEDIENTE".
Eu pergunto a vocês: o principal cargo público de um país, que é de suprema autoridade e supremo funcionário do povo, do eleitorado, que é o cargo de Presidente da República, tem horário de expediente ou se é Presidente da República full time, o tempo todo?
O Presidente da República, seja Lula ou Mariazinha do Bole-Bole, viaja em pleno mandato para fazer campanha com seu PRÓPRIO DINHEIRO ou com o DINHEIRO PÚBLICO?
Se estamos plantando esta florzinha delicada chamada democracia há apenas 25 anos, não temos que ter em mente que as condições de disputa eleitoral DEVEM SER IGUAIS PARA TODOS? Ou não? Uns têm que ter mais direitos na hora da disputa que outros?
Ora, o Presidente da República, com todo o poder que tem, podendo escolher e TRABALHAR por seu candidato não está PENDENDO A BALANÇA ELEITORAL para um lado só?
Ou não?
Usando a MÁQUINA ADMINISTRATIVA, INAUGURANDO EM PLENA CAMPANHA, não estaria favorecendo um lado em detrimento dos demais? Ou não?
E se isto tudo que Lula está fazendo para DISTORCER O PROCESSO ELEITORAL é LEGAL, não seria o caso de MUDAR AS LEIS URGENTEMENTE, pois as nossas leis eleitorais, portanto, SÃO UMA DESGRAÇA, pois são "DEMOCRATICIDAS", pois abrem caminho para um poder caudilhesco, autoritário, que é o que vimos Chavez construir na Venezuela??? Quando posso colocar todo o APARATO DO ESTADO a favor de mim mesmo, então, a democracia está no fim. Ou não?

E O PSDB É UMA DESGRAÇA

E para que os idiotas (no sentido que Freud dá à palavra, isto é, OLIGOFRENIA) não pensem que estou defendendo o PSDB de Serra ou qualquer outro partido, saibam quantos lerem este blog: considero, pessoalmente, como cidadão com capacidade de análise da realidade, que o PSDB de Fernando Henrique foi simplesmente a PIOR DESGRAÇA QUE ACONTECEU AO BRASIL.
Primeiro, vendeu boa parte da infraestrutura nacional para estrangeiros ou, pior, para grupos nacionais de aves de rapina. As estatais que nossos avós e pais criaram com seus impostos foram vendidas num processo tortuoso e eivado de desconfianças. Quando você tenta fazer uma ligação do seu celular e não consegue ("Este número não existe"...) ou quando os telefones orelhões são desativados, foi FCH que fez isso, como foi FHC que liberou o preço dos combustíveis e hoje você paga a GASOLINA MAIS CARA DO MUNDO.
Segundo, através das idéias de D. Ruth Cardoso, falecida esposa de FHC, criaram-se os programas sociais que hoje são englobados para efeito de mídia como Bolsa Família. Foi FHC quem inventou de dar dinheiro para as pessoas sem que elas trabalhem para merecê-lo, origem de todos os males de imbecilização da população pobre e do aumento demográfico que vai nos levar a ficarmos SEM ESPERANÇAS como Nigéria, Paquistão, Indonésia, China, Índia e outras plagas INGOVERNÁVEIS, a não ser por ditaduras (China, Nigéria e Paquistão) ou pela manipulação escancarada das massas, mantidas na ignorância (Índia e Indonésia).
Terceiro e pior dos males: FOI FERNANDO HENRIQUE QUEM INVENTOU A REELEIÇÃO, a pior doença do nosso ordenamento jurídico-eleitoral. FHC manipulou o Congresso, num muitas vezes denunciado sistema de pagamento de votos para que o Congresso aprovasse a sua reeleição (que até o seu governo não existia para a Presidência). Com isso, abriu o caminho para o que está acontecendo agora. Não foi Lula nem o PT quem inventou a reeleição. Foi Fernando Henrique e o PSDB, colocando uma pá de cal na nossa experiência democrática. Quem viver, verá.

domingo, 22 de agosto de 2010

Tiririca cai bem no hilário eleitoral

Alex Ferraz

Discordo completamente dos metidinhos a sério que se revoltam contra a presença de humoristas e analfabetos no hilário eleitoral, ops, horário eleitoral na TV.

Acho que não há lugar mais apropriado para um Tiririca ou um Maguila, o ex-lutador de boxe em cuja ficha, no partido, no item "grau de instrução", se resume: "Lê e escreve."

Está tudo nos conformes e dentro do atual culto à ignorância que assola o País.

PRIMEIRO MUNDO?

Entre os cerca de 600 hóspedes que foram feitos reféns por um bando de 60 bandidos no Hotel Transcontinental, um dos mais luxuosos do Rio de Janeiro, estava uma equipe de filmagem estrangeira.
Ela veio ao País fazer uma documentário sobre "O Ingresso do Brasil no Primeiro Mundo". Quiá-quiá-quiá...

Fala sério! Lula se desincompatibilizou?


O quê que o Presidente da República está fazendo neste tipo de propaganda?


tony pacheCo

Não sou especialista em legislação eleitoral e gostaria que algum dos advogados que seguem este blog me esclarecesse: para um presidente da República que está no exercício do seu mandato poder participar do processo eleitoral ele não precisaria se desincompatibilizar?
O presidente Lula não se desincompatibilizou, mas está em tudo quanto é propaganda eleitoral como se fosse candidato a alguma coisa. Deita falação sobre tudo. Participa ativamente de uma cacetada de campanhas em mais de 5 mil municípios e ainda diz claramente que vai se meter num possível governo de sua candidata (Dilma Ducheff).
Legalmente isso é possível? Um presidente em exercício que não é candidato a nada participar ativamente da propaganda eleitoral?

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Três Bombons e uma Bomba



toNy PaCheco

Três bombons

1. “Assassinato em Presídio” (Murder at the Presidio), com Lou Diamond Phillips, Victoria Pratt e Martin Cummins.
Ladrões matam mulher de sargento na base Presidio, em San Francisco, Califórnia, dias antes de a base fechar. A personagem de Lou Diamond é impedida de investigar o crime e isso só faz, claro, aguçar a curiosidade dele.
Suspense, ação e a infinita capacidade do ser humano ser mau.
Cotação: **** (4 estrelas)

2. “Aniversário de Casamento” (The Anniversary Party), com Jennifer Beals, Phoebe Cates, Kevin Kline e Gwyneth Paltrow.
Casal de diretor/escritor de cinema em ascensão e atriz fracassada reúne amigos e vizinhos para comemorar seis anos de casamento e o retorno do marido depois de um ano de separação.
Drama psicológico inteligente, com várias viradas interessantes e uma certeza: ninguém conhece a verdadeira personalidade de ninguém.
Cotação: ****

3. “Adorável Júlia” (Being Julia), baseado em W. Summerset Maugham, com Annette Bening e Jeremy Irons.
Este é ótimo para artistas, políticos, empresários e gays enrustidos que são “obrigados” a se meter num casamento de fachada. As crises daí decorrentes são dramáticas e mostram como é burrice perder tanto tempo na vida que poderia ser utilizado em simplesmente ser o que se é e ter o que se quer.
Cotação: ***

Uma bomba

“O Escolhido” (The Drop), com John Savage, Sean Young e Michael Bondies.
Um indivíduo tem a chave de destruição ou salvação do mundo. O Diabo é uma das estrelas deste filme “thrash” que prova, mais uma vez, que Hollywood perde tempo e dinheiro com porcaria.
Cotação: * (1 estrela por causa de Sean Young, a belíssima replicante de “Blade Runner”, o melhor filme de todos os tempos).

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

O poder não tem cor nem sexo

Rainha Vitória


Ricardo Líper

O poder não tem sexo. Que me perdoem as feministas e os politicamente corretos. A rainha Vitória e outras mulheres ditatoriais o exerceram como qualquer homem fascista. O poder não tem cor. Idi Amim Dada e Hitler demonstraram bem isso para só lembrar alguns deles. O poder tem diversidade de comportamento sexual. E o que é o poder? É um indivíduo mandar. Fazer sua vontade prevalecer sobre os infelizes subjugados por ele usando, para isso, todo tipo de artimanhas ou a força bruta.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Eu gosto de democracia burguesa


Esta maquininha não resolve nada, mas corta as asas dos candidatos a ditador.

tony PACheco

Um certo tipo de patrulha ideológica sempre se manifesta nos períodos eleitorais. Estou sendo vítima dela em alguns e-mails mal-educados.

Vou deixar bem claro a meus críticos: eu não acredito que a burguesia brasileira vai levar o povo brasileiro para nenhum paraíso de felicidade eterna. É uma classe dominante colonialista (tanto a de direita quanto a de "esquerda", "progressista"): ela explora os recursos naturais e o povo, depois vai investir e gastar nas metrópoles da América do Norte e da Europa Ocidental. Isso há 510 anos.

Posto isso, passo à crítica de que eu "acredito em democracia burguesa" e em "processo eleitoral".

Existe uma diferença entre acreditar, participar e simplesmente querer ser feliz.

Minha relação com a democracia burguesa aqui reinstalada em 1985 é que eu vivi a minha juventude justamente durante a ditadura militar que aqui se instalou em 1964, com seus generais, brigadeiros e almirantes que instauraram o terror durante 21 anos. Quem não viveu este período de obscurantismo, perseguição política e completa falta de liberdade de pensamento e expressão deste pensamento, não tem idéia do que é comprar um livro e ficar com medo de alguém dedurar você à Polícia Federal e você ser preso só por ter comprado aquele livro. Para quem tem menos de 30 anos e se criou no ambiente democrático do pós-1985, só os livros podem dar uma idéia do que é viver sob uma ditadura militar com um aparato de repressão como era o da ditadura brasileira, onde a tortura era tão desumana que era descarada: os ditadores nem escondiam que torturavam seus inimigos políticos. Era escancarado, como o é, hoje em dia, a ditadura do Irã, por exemplo.

Uma vez, aos 15 anos, escrevi para a embaixada da União Soviética, pedindo material sobre aquele extinto e magnífico país. Não sei porque, os infelizes me mandaram livros de "Sociologia Marxista-Leninista" (em espanhol, com o título assim mesmo), em vez de folhetos sobre os países que formavam a URSS, seu povo, suas atrações turísticas, que foi o que eu pedi.

Com isso, o pacote chegou às minhas mãos aberto, rasgado e relacrado . Para meu espanto, meu professor de Educação Física, que era major do Exército, sabia o que eu tinha recebido e me perguntou o que "você quer com este tipo de material subversivo". Como, segundo ele próprio, ele me admirava, aconselhou-me a me afastar deste "tipo de coisa"...

E isto não é nada diante das torturas físicas e psicológicas que um companheiro jornalista, como Emiliano José, sofreu nas mãos do aparelho repressivo da ditadura militar, que ele conta em obras que podem ser compradas em qualquer livraria ou, se estiver sem grana (como 70% dos brasileiros), acesse o Google e leia pela Internet mesmo.

QUE FIQUE CLARO

Eu prefiro viver numa democracia corrupta, injusta socialmente, incompetente em termos gerenciais e povoada de idiotas no poder, como a democracia brasileira atual, do que viver na melhor ditadura que se possa imaginar.

DITADURA É INTOLERÁVEL. Democracia, por mais ineficiente e incompetente que seja, lhe permite pelo menos sonhar que você pode alterar alguma coisa, mesmo que, na prática, acabe não podendo.

Mas só de poder ler o que quiser, ver o que quiser, discutir qualquer tema, viajar para onde quiser, ter os amigos que quiser e poder defender qualquer ideal, por mais esdrúxulo que pareça ao Estado, só isso já é mais do que suficiente para eu gostar de democracia burguesa.

NÃO TENHO DUAS VIDAS, para, nesta, ficar planejando uma sociedade do futuro perfeita e, na próxima, eu viver nesta sociedade. Minha vida é agora e, agora, eu quero liberdade. Liberdade para tudo e se esta liberdade só é possível numa democracia burguesa, sim, então eu gosto de democracia burguesa.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Resignados perante a guerra urbana

Alex Ferraz

Cerca de 2.300 pessoas já foram assassinadas na capital baiana e sua região metropolitana, somente em 2009. Não é à toa que, entre os 84 países mais violentos do mundo, conforme dados da ONU, o Brasil está na quarta posição do ranking, com uma taxa total em torno de 30 homicídios em 100.000 habitantes. Só perde para a Colômbia (a campeã mundial), Rússia e Venezuela. As taxas brasileiras são ainda 30 ou 40 vezes superiores às de países como Inglaterra, França, Alemanha, Áustria, Japão ou Egito. Em tempo: esses dados são de 2007, mas nem alimentem a esperança de que tenham melhorado, pois, para voltar a citar Salvador e RMS, tivemos um aumento de 90% no número de assassinatos em 2009...

O estudo da ONU mostrou ainda que 70 brasileiros entre 100 se sentem inseguros. Em relação a esta sensação de absoluta insegurança entre os países pesquisados, o Brasil ficou em primeiro, ganhando inclusive de países africanos como África do Sul, Botsuana, Zimbábue e sul americanos - Bolívia e Colômbia.

E agora vem o pior: estamos anestesiados, calejados do noticiário diário de mortes, e não se faz a indispensável mobilização nacional que tais números exigem. Seria necessário, diante de tal quadro, que TODAS as forças da sociedade - muitas delas hoje cooptadas pelo governo e mais preocupadas em censurar a imprensa, por exemplo - se unissem para uma movimento nacional, uma vigília que só terminaria quando, efetivamente, se adotassem medidas que tivessem algum resultado prático. Seria pedir demais? Ou seria ter esperanças vãs em relação às possibilidades concretas de controle da carnificina?

O Irã e a universal natureza humana

Ricardo Líper

Quando as bestas feras resolvem perseguir o semelhante sob qualquer pretexto, religião, política etc., não calculam que, igual a elas, existem aqueles que se aproveitam da situação para dar vazão à sua absoluta falta de caráter. Antes dessa infeliz, atualmente condenada à morte por apedrejamento, foi divulgado na imprensa uma pesquisa de outra que os fatos foram mais ou menos assim: um espertalhão queria se divorciar da mulher e ela nao queria. Ele queria se casar com uma de 14 anos. A outra já era muito mais velha. Acusou a esposa mais velha de traição. Ela foi apedrejada. Virou filme e livro essa aberração. Qualquer lei repressiva gera não só a injustiça ,mas atrai toda gente sem caráter para chantagear, extorquir, ameaçar os semelhantes. E gente safada e sem caráter todos sabemos que forma a imensa maioria. Ou você duvida?

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Marcos Mendes foi a novidade

tony Pacheco

Fala sério: neguim quer que a gente comente sobre o processo eleitoral de qualquer jeito.
Então, vamos lá.
Novidade, novidade mesmo. Oposição, oposição mesmo, foi o Marcos Mendes do PSOL.
Ele se comportou, agora, em 2010, exatamente como a turma do PT se comportou em 2006. O PT de Wagner desceu de cacete na turma do falecido senador ACM. Denunciou com humor cáustico as "panelinhas" dos carlistas, as falhas, os desmandos e não foi maldade não. Fizeram o que oposição de verdade deve fazer e, aí, GANHOU.
Se os candidatos que querem chegar em Ondina e ficar no lugar de Wagner querem virar este jogo, peguem os programas eleitorais do PT de 2006 e aprendam: oposição tem que ser oposição, MESMO.
Ir no calcanhar do governante que está no posto. E, isso, pelo que se viu no debate da Band, só o candidato do PSOL fez.
Ainda tem muito tempo de campanha. Tá na hora de os outros candidatos resolverem se querem ser EDUCADINHOS ou se querem GANHAR A ELEIÇÃO.

Pronto. Falei.

Acompanhem os comentários. Estão ficando ótimos.

É sério! Tem gente que acompanha este blog escrevendo melhor que os próprios blogueiros.
Veja os mais recentes comentários nos últimos posts. Estão MUITO BONS.

E, depois de ler os comentários, ANIME-SE E COMECE A COMENTAR TAMBÉM. Não há limite de tamanho nem de tema. Meta os peitos! E os braços, e as pernas, e o pé na lama hehehehehhee

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Três Bombons e uma Bomba – II

Meryl Streep se transforma em amante do próprio marido que casou com outra muito mais jovem


Tony Pacheco



Três Bombons

Será que conseguiremos estabelecer uma tradição? Então vamos lá, indicando sempre filme de catálogo. Primeiro, porque na locadora é metade do preço do lançamento e, segundo, porque no pirateiro já está disponível em cópia de qualidade hehehehehehehhehe.

1. “Simplesmente Complicado”/It’s Complicated, direção de Nancy Myers. Gosto muito de filme de redenção, isto é, que a personagem começa mal e dá a volta por cima. Aqui, Meryl Streep está nos 50 anos e é abandonada pelo marido Alec Baldwin por causa de uma gata de 25 anos que já veio com um moleque chatinho no “pacote”.
Daí por diante, Meryl se torna amante do próprio marido, já casado com a outra, arranja um ficante (o ótimo Steve Martin) e ainda toca a vida como dona de restaurante. O desfecho é totalmente moderno e digno. Divertido, inteligente, como nós hehehehe.
Cotação: ***** (5 de 5 estrelas possíveis)

2. “O Clube dos Sobreviventes”/The Survivors’Club, direção de Christopher Leitch, com Roma Downey e Jacqueline Bisset. Serial killer continua comandando estupros de dentro da prisão e um inocente está pagando pelos crimes. Não é assim, uma Brastemp, mas mostra que com marginais o importante para nós, vítimas, é sobreviver.
Cotação: *** (3 de 5 estrelas possíveis)

3. “O Dia em que o Mundo Acabou”/The Day the World Ended, direção de Terence Gross, com Randy Quaid e Nastassja Kinski. Uma psicóloga de Nova York aceita emprego numa escola do interior. Ali ela trava amizade com um garoto filho de um alienígena e tem que enfrentar os cidadãos que mataram a mãe do menino. Bem mais ou menos, mas instigante.
Cotação: *** (3 das 5 estrelas)

UMA BOMBA

“Após a Morte”/Ghost Watcher, direção de David Cross, com Jillian Byrnes e Marianne Hayden.Terror barato, mal-feito, tosco mesmo, mas imperdível para quem, como meu sobrinho Lucas Gomes, adora tosqueira pra dar risada de como é ruim.
Cotação: nenhuma estrela de 5 possíveis.

* Se você não concorda com nossas avaliações: escreva um comentário ajudando os outros internautas. Esculhambe, elogie, xingue.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Quem acredita no governo nazista do Irã?

tony PacHeco

Vejam essa: o governo do Irã levou uma mulher coberta dos pés à cabeça na TV, ontem, só aparecendo os olhos, falando na língua do Azerbaijão, confessando que cometeu não só adultério como ajudou a matar o marido. É mole? Leiam a notícia e formem uma opinião:

O advogado da iraniana condenada à morte por apedrejamento por adultério afirmou a um jornal britânico que sua cliente foi agredida violentamente e torturada para que aceitasse admitir a culpa na televisão iranaiana.
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Em uma entrevista exibida na noite de quarta-feira no Irã, em um programa político que denunciou a "propaganda dos meios de comunicação ocidentais", uma mulher apresentada como Sakineh Mohamadi Ashtiani, 43 anos, afirmou que um homem com o qual tinha uma relação propôs a morte de seu marido, e que ela permitiu que ele cometesse o crime na sua presença.

A mulher, que falava em azeri (dialeto turco) e que teve as palavras traduzidas ao persa, estava coberta por um xador negro que permitia ver apenas o nariz e um dos olhos.

"Ela foi agredida violentamente e torturada até aceitar aparecer diante das câmeras", afirmou Hutan Kian, advogado da mulher, em uma entrevista publicada no site do jornal britânico The Guardian.



Eu, como acredito em Papai Noel e Saci Pererê, também acredito no governo do Irã. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Os candidatos não falam de superpopulação. Huuuummmm!!!

Serra, Dilma, Marina e Plínio não tocam no assunto superpopulação. É que chateia empresários e religiosos. Huuuuummmmmm!!!


tonY pacheco


Alguns amigos dizem que minha insistência com o setor demográfico da análise política do Brasil é “tendenciosa”. Aceito o argumento, mas coloco outros: o principal deles é a igualdade absurda das propostas dos três principais candidatos à Presidência da República, Dilma Rousseff, José Serra e Marina Silva.

Acompanhando (e isso, qualquer pessoa que acesse este blog também pode fazer pela Internet, nem precisa ficar assistindo debate até meia-noite...) os debates, entrevistas e pronunciamentos dos candidatos, há uma excessiva preocupação em dizer que vão “aumentar” as “políticas sociais”, vão atacar os problemas na educação, na saúde, na habitação, no saneamento básico.

Ora, o que não dizem é que o Brasil tem 510 anos de existência como nação ocidental (ocupado por Portugal desde 1500) e os tais “problemas sociais” nunca deixaram de ser problemas. E por que? Porque nossa população cresce de maneira assustadora: mais de 2 milhões ao ano. O que Serra, Marina e Dilma não dizem é que NÃO HÁ PLANO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL que possa atender a 2 milhões de novos necessitados por ano.

Um país que tinha 90 milhões de pessoas em 1970 (a época do “Pra Frente Brasil” dos ditadores militares) e hoje já esbarra nos 200 milhões, NÃO TEM COMO resolver problemas de infraestrutura e inclusão social lançando 2 milhões de novos cidadãos (a maioria paupérrima) nas ruas.

Você planeja construir “x” casas populares, por exemplo, mas, quando consegue construir “x” casas, já há uma demanda adicional de “2x” casas. Se você planeja criar 100 mil vagas de ensino superior, em um ano já surgiu um déficit de 2 milhões de vagas.

Vamos comparar com um país europeu que há 200 anos tinha esgoto nas ruas correndo a céu aberto como os das nossas favelas atuais, a Alemanha.


POPULAÇÃO DIMINUINDO


A Alemanha de 1970 (então, dividida em duas, Ocidental e Oriental) tinha 67 milhões de habitantes.

Hoje, são 81 milhões e a previsão do governo federal de Berlim é que em 2050, serão apenas 69 ou 74 milhões (a depender da política de migração que adotem até lá).

Isto é, 80 anos depois de 1970, a Alemanha poderá voltar a ter a mesma população de... 1970.

Já, o Brasil, a previsão projetada para 2050 pela ONU, é de...233 milhões de habitantes.

Nenhum país do mundo tem condições de atender as necessidades de saúde, educação, lazer, transporte, habitação, alimentação desta quantidade de gente em condições ideais.

Os próprios Estados Unidos da América, país mais rico do planeta há quase um século, tem 300 milhões de habitantes e, destes, 50 milhões estão na miséria. E, olhem, os EUA têm um Produto Interno Bruto de mais de 14 trilhões de dólares, enquanto o Brasil ainda não chegou aos 2 trilhões de dólares de PIB...

Mas, voltemos à Alemanha, nosso objeto de comparação.

Numa área que equivale a apenas à de São Paulo + Sergipe, e com uma população de 81 milhões, o PIB é de quase 4 trilhões de dólares, com uma renda per capita de 36 mil dólares.

Já o Brasil, aceitando-se as projeções otimistas, deve fechar 2010 com 2 trilhões de dólares de PIB, o que equivale a uma renda por cidadão de 10 mil dólares. Só que, em 2009, o PIB brasileiro decresceu, ficou abaixo de zero e, no entanto, os 2 milhões de brasileiros a mais foram acrescentados e serão mais 2 milhões de novos cidadãos no final de 2010.

Ou seja, andamos como siris, para trás, pois a economia cresce de vez em quando, mas a população cresce sempre.

E tem mais, enquanto na Alemanha a economia cresce e a população decresce, aumentando ainda mais a renda das pessoas, no Brasil acontece o contrário, pois ainda há o problema gravíssimo dos desníveis de renda: a renda na Alemanha é infinitamente melhor dividida que no Brasil. Aqui, há um grupo de supermilionários que vive com mais de 1 milhão e 200 mil reais por ano e uma grande parte vive com renda familiar (eu disse, familiar) abaixo de 1.500 reais por ano. Por ano... E outro tanto com menos de 3 mil reais POR ANO. É muita miséria.


BRASIL SEM FUTURO


Nenhum dos candidatos, por serem envolvidos umbilicalmente com empresários e religiosos, fala em políticas de ESTABILIDADE DEMOGRÁFICA, isto é, desestímulo ao nascimento descontrolado de crianças.

Marina, Serra e Dilma querem que nasçam mais brasileiros para que os empresários possam demitir sem justa causa seus funcionários que ganham 1 mil reais afim de admitir outros para fazer o mesmo trabalho por 500 reais. Este é o plano das classes dominantes brasileiras e das religiões, que têm mais “dizimistas” quanto mais miseráveis houver.

Até o candidato do PSOL, Plínio Arruda Sampaio, cuja ideologia marxista em todos os países que foi experimentada (inclusive, em Cuba, onde há um violento controle da natalidade – uma das poucas coisas boas do regime de Fidel), controlou a natalidade, no Brasil não fala no assunto, pois a líder máxima do seu partido socialista, D. Heloísa Helena, é fundamentalista cristã e quer que “cresçamos e multipliquemo-nos”.


RESUMO DA ÓPERA


Não há futuro de felicidade geral da nação com a política demográfica atual do Brasil. Mesmo que tivéssemos um PIB de 14 trilhões, como os Estados Unidos, nosso povo não viveria bem como os povos da Alemanha, Noruega, Suécia, França, Holanda, Bélgica, Suíça, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Finlândia, Dinamarca etc. etc. etc.

E, afinal de contas, como diria Caetano Veloso, “gente é para brilhar” ou para morrer de fome?

terça-feira, 10 de agosto de 2010

A ditadura dos aiatolás atômicos

Alex Ferraz


Dedico este comentário a todos os que se aliam, defendem ou simplesmente se calam diante da postura do neonazista Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã e defensor de Hitler (disse que o holocausto não exisitu), em relação à liberdade de expressão e aos direitos humanos. Começo transcrevendo as mais recentes notícias vindas do país que uma leva de empresários brasileiros visitou recentemente, para fazer negócios:

1. O Irã condenou mais uma pessoa à morte neste fim de semana. Segundo o advogado Mohammad Mostafaei, um de seus clientes, Ebrahim Hamidi, de 18 anos, foi sentenciado por ser homossexual. A condenação, segundo o ativista, foi anunciada no domingo, mesmo sem ter na Corte um advogado para o defender.
Hamidi insistiu perante os juízes por meses que não era gay (e se for?, pergunto eu) e sua defesa alertou que simplesmente não haveria prova que indicasse sua orientação sexual (e se houver?, pergunto eu). Mas os juízes se utilizaram de uma brecha na lei que permite à corte interpretar atitudes e fatos em uma condenação. O jovem não tem mais direito de apresentar uma apelação, ainda que ativistas na Europa voltem a se mobilizar para tentar evitar a execução, que seria iminente.

2. A mulher do advogado de defesa da iraniana que está para ser executada por ter cometido adultério foi presa e colocada numa solitária, para aterrorizar o defensor, mas acabou sendo solta por pressão de um país civilizado, a Noruega.

3. O advogado em questão, Mohammad Mostafaei,
que defende a condenada Sakineh Asthiani, teve que fugir para a Turquia e pediu asilo à Noruega, pois teme até ser morto pelos simples fato de defender Sakineh.
Por fim, questiono: quem, em sã consciência, vai defender que um regime medieval desse tenha uma bomba atômica? Vade retro, Satanás!

NOTÍCIA DE ÚLTIMA HORA!

Enquanto publico este comentário, eis que surge uma luz no fim do túnel, eis que constato que a esperança é a última que morre, eis que me vem uma prova incontestável da existência de Deus, eis que, enfim, acredito que Jesus salva:

O Irã anuncia oficialmente que não vai mais permitir o apedrejamento da mulher adúltera. Ela será humana e civilizadamente ENFORCADA!

Assassinato consentido

Simulação feita em Bruxelas

Ricardo Líper

Pena de morte é assassinato consentido pelo Estado. Abolir a pena de morte é condição sine qua non de civilização. As celebridades mandatárias de vários povos sempre inventaram maneiras, todas elas bárbaras, de execução. Os judeus, pois é, os judeus que foram supliciados pelos nazistas nos campos de concentração, assim como outros povos religiosos, matavam os que condenavam à morte por apedrejamento. Jogavam pedras até matar. No caso do Irã, agora, por infelidade conjugal. No meu entender resolvido apenas com o marido traído abandonando a mulher infiel ou a perdoando. Em sociedades que praticam o respeito ao ser humano e querem uma sociedade humana, com pouca diferença de renda, leia-se socialista e democrática, assim seria conduzido. Lamentável que a elite atual governante e os chiquitos da vida gostem tanto de ditadores sanguinários, perversos, que trucidam a população sob seu jugo. Deviam ir morar lá. Serem autênticos. Abriu a boquinha inconsequente para defender essas bestas feras devia haver uma campanha forte de todo mundo para o cretino ir morar no país ditatorial que defendeu. Defender monstros tomando uisque no seu apartamento e lendo o que quer e gosta é impostura e hipocrisia.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Três bombons e uma bomba – I




ToNy PacHeco


Tem umas amigas e uns amigos meus que acham (tolinhos!) que eu sou bom para indicar filmes. Já fiz isso em TV, rádio, jornal e num site. Agora, volto, porque o que gosto mesmo é de escrever (já deu pra notar?).

Então, toda semana, na sexta-feira, confiram aqui as dicas de filmes pra locar ou, por que não?, comprar no pirateiro.

Agora, um aviso: não me atenho a lançamentos. Geralmente alugo filmes que estão no catálogo, pois, normalmente, custam a metade da locação dos lançamentos.

Vamos lá:

1) “O Livro de Eli”, direção de Albert e Allen Hughes, com Denzel Washington e Gary Oldman, que dispensam apresentações. A história gira em torno de um livro que pode ajudar a reedificar o nosso mundo que foi devastado por um conflito nuclear neste nosso século XXI. Você que é inteligente, já deduziu que livro é. O problema central do filme é que todos os livros do mundo foram destruídos e só um resta e está nas mãos de Eli, a personagem de Denzel. O final é surpreendente, mas dá para antevê-lo nos últimos 20 minutos do filme.

Quem for ateu vai achar o filme uma babaquice. Mas eu, que sou um ateu que me benzo e acredito em anjos e orixás, gostei da mensagem que permeia o filme: o homem, realmente, tende a destruir o planeta ou morrer tentando e só a cultura pode salvar-nos do desastre total.

Cotação: **** (quatro de possíveis cinco estrelas).

2) “Os Guerreiros”, é um filme espanhol e você vai se surpreender, porque apesar de parecer uma cópia de “Guerra ao Terror”, que ganhou o Oscar 2010, é “Guerra ao Terror” que copiou a idéia básica de “Os Guerreiros”, que é um filme de 2002. A mensagem central é sobre o “non sense” de todas as guerras. No caso do conflito do filme, um grupo de soldados do Exército Espanhol está em Kossovo, na antiga Iugoslávia, enfrentando o genocídio de albaneses muçulmanos por sérvios cristãos ortodoxos e vice-versa. Não é diversão hollywoodiana. É reflexão pra gente inteligente como você.

Cotação: **** (4 de 5 estrelas possíveis)

3) “Crimes em Oxford” (“The Oxford Murders”), 2008, direção de Alex de la Iglesia, com Elijah Wood e John Hurt. O menino de “O Senhor dos Anéis” (Elijah) mostra que já não é mais um menino e, sim, um grande ator. Hurt vive um professor-cientista-filósofo que tem como primado provar que não há esperança para nossa espécie nem para o mundo num pano de fundo que tem as lutas acadêmicas numa universidade inglesa. Aliás, prestem atenção, pois a guerra de vaidades entre acadêmicos é pior que briga de lavadeiras. É pura baixaria, mas com verniz intelectual. Thriller inteligente, instigante, fascinante.

Cotação: ***** (5 de cinco estrelas possíveis)

UMA BOMBA

“Vício Frenético” (“Bad Lieutenant”, que é, “Tenente Mal”), direção equivocada de Werner Herzog, que só agrada uma minoria de gente que gosta de filme chato. No elenco, Nicolas Cage e Eva Mendes, perdidos numa trama que mostra um tenente da Polícia de Nova Orleans, no sul dos EUA, que usa mais cocaína do que os traficantes que procura para prender. Como nada no mundo é totalmente imperfeito (nem perfeito), o filme só vale como denúncia de como podem ser, na realidade, os “agentes da lei”.

Cotação: ** (2 de 5 estrelas possíveis)

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

México e Brasil são colombizados

Alex Ferraz

Em recente declarações, especialistas em violência urbana apontam que há no México, atualmente, mais de 920 "focos de ingovernabilidade", ou seja, regiões, em várias cidades e no campo, onde o governo perdeu para o crime organizado. Nesses locais, manda, agora, o traficante. A este processo, que tem tudo a ver com a rota do tráfico de cocaína da Colômbia para os EUA, via México (inclusive utilizado pequenos submergíveis artesanais, apelidados de "narco submarinos"), chama-se "colombização."E a violência gerada pelo tráfico, que já matou cerca de 25 mil pessoas de janeiro de 2007 até agora (número que ainda fica bem atrás dos assassinatos no Brasil), está gerando pânico entre empresários locais, inclusive de turismo (maior fonte de recursos do México), investidores estrangeiros e o próprio governo. E a previsão, sombria, é que a situação será ainda mais grave nos próximos dias, devido à morte do chefão do tráfico Ignacio "Nacho" Coronel, fuzilado pela Polícia na cidade de Guadalajara, na semana passada.

Eis aí um quadro para que os brasileiros responsáveis olhem com muito cuidado. Sim, porque se o México é a principal porta de entrada da cocaína para os Estados Unidos, o Brasil tem sido o maior entreposto da droga que, vinda principalmente da Colômbia, sai daqui para breve escala na África, de onde segue para consumidores europeus.

Nas principais cidades brasileiras, Salvador incluída, já existem ou se delineiam "focos de ingovernabilidade", como classificou com exatidão um especialista mexicano a respeito do seu país. Na capital baiana, ainda são áreas de alguns bairros e invasões que se enquadram nesta categoria de território do crime organizado. No Rio, são morros inteiros, com até um milhão de habitantes.Está aberta a porta para, em alguns anos, lembrar os dias de hoje e lamentarmos: "Bons tempos aqueles de 2010, hein?" Quem sobreviver, verá.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Recessão

Ricardo Líper


O governo começou vorazmente aumentando as taxas de juros. Dizem que é para conter a inflação. Na realidade, promove a recessão, com desemprego em massa, como já vivemos durante todos esses anos. Mas isso pouco importa. As elites políticas dos partidos da ex-esquerda brasileira se engalfinham por cargos e dinheiro e isso é o que importa. E esse modelo fernandista veio para ficar. Nesse ponto as duas elites, a da burguesia nacional e a da classe média, dita intelectual e de esquerda, concordam. Aliás, concordam em quase tudo. Nunca vi duas elites tão parecidas. As grandes construtoras que o digam...

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Agosto e a infância da Humanidade


Este é o meu "agosto", o único medo: superpopulação.

tony paCheco

Entrevistado pelo programa de Dina Rachid na Rádio Cruzeiro na segunda-feira (02/08/2010), fiquei fascinado com o tipo de angústia que ainda assola o ser humano. O tema foi “Agosto, mês do desgosto” e os ouvintes perguntavam sobre por quê se deve evitar casamentos, negócios e outras coisas mais sérias neste mês (?).
Relato isso para mostrar que enquanto nós (vocês, internautas, e nós, aqui, postando), uma minoria de Homo sapiens sapiens, vivemos discutindo temas filosóficos, antropológicos, sociológicos, políticos, uma maioria da população mundial (maioria esmagadora, mesmo, tanto aqui quanto nos EUA ou na China), vive ainda na INFÂNCIA da Humanidade.
Rápido e caceteiro, como é de minha natureza, comecei falando no programa de Dina Rachid que o preconceito contra o mês de agosto é pura e absoluta IGNORÂNCIA.
Expliquei, ainda, aos ouvintes que o mês de agosto, tal qual o conhecemos, é uma invenção do Império Romano, tendo sido criado há cerca de 1960 anos pelo Senado (ô racinha servil!) para, literalmente, puxar o saco do imperador Augusto (daí o nome agosto, Augustus, em latim...). Como seu antecessor, Júlio César, foi “homenageado” pelo mesmo rebanho de puxa-sacos dando o nome de julho (Julius, em latim) ao mês Quintilis, o mês Sextilis tomou o nome do imperador Augusto.
Quer dizer, a primeira prova de que este negócio de agosto ser um mês aziago, é, na verdade, uma ignorância brutal, é que este mês sequer existia como tal.
A segunda prova é que havia tantos calendários há dois mil anos como existem estrelas no céu. Com a dificuldade de comunicação naquela época, cada rei em seu pequeno ou grande território, encarregava um bando de sacerdotes ou estudiosos leigos, de estabelecer um calendário. Uns baseados no movimento da Lua em torno da Terra, outros no movimento da Terra em torno do Sol, outros baseados em nada, a não ser em crendices.
A terceira prova é que se você der um pequeno passeio pelo Google, verá que coisas maravilhosas aconteceram em agosto e coisas terríveis também, como ocorre com janeiro ou outubro, abril ou dezembro. Lembremos que a namorada de Bruno não foi mastigada pelos cães em Belo Horizonte no mês de agosto kkkkkkkkkkkkkkkkkkk.

SUPERSTIÇÃO E IGNORÂNCIA

Na verdade, indo mais fundo, vivemos a infância de nossa espécie (ou subespécie, o Homo sapiens sapiens). Nosso gênero Homo surgiu entre 10 e 8 milhões de anos, separando-nos dos gorilas e chimpanzés. Mas este homem anatomicamente moderno que conhecemos, com as nossas feições, surgiu na África há apenas entre 200 e 180 mil anos. Fugimos da África em direção aos outros continentes há não mais que 70 mil anos, colonizamos Europa e Ásia há não mais que 40 mil anos.
Mas, o mais extraordinário, é que só conseguimos nos organizar em sociedades hierarquizadas, com exércitos, burocracias administrativas, ensinamento de língua comum a todos os habitantes de uma área, há não mais que 6 mil anos, entre o Iraque e o Egito atuais. Estamos engatinhando como espécie como os bebês...
Ou seja, há 10 mil anos ainda estávamos caçando bichos nas matas, colhendo frutas e raízes aleatoriamente, vivendo em cavernas.
O Prêmio Nobel Jacques Monod nos informa em “O Acaso e a Necessidade” que o excessivo desenvolvimento do nosso córtex cerebral, que nos levou a nos últimos poucos milênios a dar um salto incrível em nossa evolução, aconteceu por puro acaso, se não estaríamos ainda pulando pelos galhos feito nossos primos chimpanzés.
É esta situação de RECENTÍSSIMO desenvolvimento de nossa capacidade cerebral, que explica sermos tão infantis a ponto de acreditar que um mês, criado por um imperador de um reino europeu há menos de 2 mil anos, pode ter influência sobre nossas vidas.
Temos medo de barata, até hoje, porque, nas cavernas em que habitávamos há menos de 10 mil anos, as baratas e outros insetos assombravam nossos bebês.
Mantemos, até hoje, por ainda não termos universalizado a educação superior, científica, vários medos: de insetos, de tempestades, de fome, de abandono, de raios, de trovões (no interior onde nasci em Minas Gerais, a gente ainda se benze quando os raios começam a cair entre novembro e março). E não pense que é só nós, os brasileiros do Bolsa Família, que temos esta ignorância crônica. Os idiotas habitantes da maior potência da Terra, os Estados Unidos da América, não usam o número 13, por exemplo, em nada: eles não têm décimo terceiro andar nos elevadores dos prédios, não têm décima terceira avenida nas cidades, se recolhem como gorilas na selva africana quando o dia 13 cai numa sexta-feira, tão infantis quanto os membros de minha pequena comunidade mineira quando via raios caindo do céu. Já, para os chineses, o 13 é um número da sorte, de bem-aventurança, vá entender...

Resumo da ópera: agosto é um mês ótimo para quem está bem. É um mês péssimo para quem está mal. E estar bem, consigo mesmo e com as pessoas, depende de nós e... das pessoas, pois, como resumiu Sartre, “o inferno são os outros”.
Uma coisa é certa: ao chegarmos perto dos 7 bilhões de habitantes humanos deste pequenino planeta da terceira órbita do Sol, fica cada hora mais distante o dia em que viveremos numa sociedade farta, culta, sem ignorância, sem medos ou superstições, pois o perigoso não é o mês de agosto, é viver num planeta superpopuloso e em franco processo de autodestruição.